quinta-feira, 5 de março de 2009

Dieta Vegetariana: Receita para uma Alimentação Saudável

Dieta Vegetariana: Receita para uma Alimentação Saudável


No curso da história humana, sociedades desenvolveram uma grande variedade de padrões alimentares em que se utilizam alimentos tanto de origem vegetal como de origem animal baseados em sua disponibilidade geográfica, climática e econômica. Mas estes padrões alimentares eram saudáveis? Se pensarmos em dietas ancestrais de sociedades que evoluíram e sobreviveram até a era atual, fica claro que estas forneceram energia e nutrientes suficientes para promover crescimento e reprodução. Mas foram adequadas para promover a saúde adulta? Difícil de se determinar, mas parece improvável se levarmos em conta o aumento da expectativa de vida de homens e mulheres que observamos neste último século. E mesmo assim vivemos num processo de mudanças nos padrões de doenças, de deficiências nutricionais para doenças crônicas relacionadas às dietas.
A alimentação quando adequada e variada, previne as deficiências nutricionais e protege contra as doenças infecciosas, porque é rica em nutrientes que podem melhorar a função imunológica. Uma alimentação saudável contribui também para a proteção contra as doenças crônicas e potencialmente fatais como diabetes, hipertensão, AVC (acidente vascular cerebral), doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, as quais, em conjunto, estão entre as principais causas de incapacidade e morte no Brasil e em vários outros países. Ainda não se sabe a composição de uma dieta ótima, porém, achados científicos recentes sugerem que dietas baseadas em alimentos de origem vegetal, contendo nenhuma ou pouca carne, como algumas dietas vegetarianas, mediterrâneas ou asiáticas, podem ser consideradas as melhores para se prevenir deficiências nutricionais assim como doenças crônicas relacionadas à dieta.
As dietas vegetarianas são capazes de promover crescimento e desenvolvimento adequados e atingir necessidades nutricionais de pessoas saudáveis em qualquer fase do curso da vida. Quando planejadas corretamente, as dietas vegetarianas são saudáveis, nutricionalmente adequadas, e promovem benefícios à saúde na prevenção e tratamento de certas doenças. O padrão alimentar dos vegetarianos varia muito, mas basicamente as dietas vegetarianas são definidas como àquelas que excluem quaisquer tipos de carnes, peixe ou produtos que contenham esses alimentos, e enfatizam o uso de produtos integrais. Porém dietas vegetarianas muito restritas e desbalanceadas, como a frutariana, podem levar a deficiências nutricionais, principalmente em crianças, gestantes e lactantes. Por isso é muito importante o acompanhamento com nutricionistas, médicos e outros profissionais para garantir saúde, bem-estar e qualidade de vida sem risco de desenvolver deficiências nutricionais.

E quais são os principais tipos de dietas vegetarianas?

As dietas vegetarianas variam, não somente pela preocupação dos vegetarianos com sua saúde, mas também pelos seus valores éticos, filosóficos e suas crenças religiosas. Para muitos se trata da adoção de uma filosofia de vida. Abaixo segue as denominações de cada dieta:

Vegetariana restrita (Vegetarianos Puros ou Veganos): Excluem todos os alimentos e produtos de origem animal de sua dieta, desde as carnes vermelhas, de aves, peixes e crustáceos, aos ovos, leites e derivados, e o mel. Mas o estilo de vida dos indivíduos que optam por essa dieta, não se restringe à sua alimentação. Os veganos recusam também o uso de qualquer tecido animal em seu vestuário – peles de animais, pêlo, lã ou seda – ou o uso de produtos testados em animais, buscando a preservação da vida animal. Consomem cereais, legumes, verduras, leguminosas, frutas, sementes, castanhas (oleaginosas), fungos e algas. Para estes indivíduos, devido à exclusão total de produtos de origem animal e derivados, recomenda-se a suplementação de cálcio e vitamina B12.

Ovo-lacto-vegetariana: Também excluem todos os tipos de carnes (carnes vermelhas, aves, peixes e crustáceos) de sua dieta. Consomem cereais, legumes, verduras, leguminosas, frutas, sementes, castanhas (oleaginosas). Porém, incluem os ovos, leite e derivados, assim como o mel à sua dieta.

Ovo-vegetariana: Excluem todos os tipos de carnes (carnes vermelhas, aves, peixes e crustáceos), assim como leite e derivados de sua dieta. Consomem cereais, legumes, verduras, leguminosas, frutas, sementes, castanhas (oleaginosas) e ovos.

Lacto-vegetariana: Excluem todos os tipos de carnes (carnes vermelhas, aves, peixes e crustáceos), assim como os ovos de sua dieta. Consomem cereais, legumes, verduras, leguminosas, frutas, sementes, castanhas (oleaginosas), leites e derivados.

Alguns ovo-lacto-vegetarianos, ovo-vegetarianos e lacto-vegetarianos excluem o mel de sua dieta, enquanto outros aceitam seu consumo.

Crudivorismo: É um tipo de dieta vegetariana onde o indivíduo não consome nenhum produto de origem animal e, além disso, seus alimentos não são cozidos, nem preparados ao fogo para evitar a perda de nutrientes. Processos como desidratação dos alimentos é permitido. Os grãos devem ser germinados antes do consumo para aumentar o potencial nutricional (“comida viva”). Os crudivoristas acreditam que o aquecimento a mais de 40ºC destrói as suas enzimas, causando um déficit nutricional. Ainda não existem provas de sua eficiência nutricional.

Frugivorismo é uma forma mais restrita da dieta vegetariana, em que se ingerem apenas frutas. Ainda não existem provas de sua eficiência nutricional.

Observação: A dieta macrobiótica não é vegetariana. Ela enfatiza cereais integrais cultivadas localmente, legumes e produtos fermentados de soja, combinados em refeições, baseado no princípio da propriedade yin e yang. A filosofia macrobiótica orienta a mudança da dieta de forma gradual, a fim de excluir produtos refinados como farinha refinada, o açúcar, assim como os laticínios e as carnes de vertebrados. O peixe é considerado aceitável. Além das frutas naturais, o único adoçante incluído na dieta macrobiótica é o xarope de malte de cevada.

As dietas vegetarianas atingem as Recomendações Nutricionais?

O Ministério da Saúde do Brasil define uma alimentação saudável como aquela composta por refeições coloridas e saborosas que incluam alimentos variados, com tipos e quantidades adequadas às fases da vida.
Então, quais são as necessidades nutricionais para a população brasileira em cada fase da vida, levando-se em conta diferentes fatores como sexo e idade?
Há mais de 65 anos, cientistas nutricionistas formularam tabelas com informações sobre recomendações de energia e nutrientes como a RDA (Recommended Dietary Allowances) ou Quota Diária Recomendada. As mais conhecidas, e que utilizamos no Brasil, são aquelas publicadas por comitês científicos do Canadá e dos Estados Unidos. Em 1997, a décima edição da RDA passou a se chamar DRI (Dietary Reference Intakes) ou Ingestão Dietética de Referência, e nos dias de hoje, é o principal instrumento dos nutricionistas para se planejar e avaliar as dietas para grupos saudáveis. As DRIs contêm valores de referências para todos os nutrientes separados em grupos – homens, mulheres, crianças – e divididos pelas idades, incluindo recomendações para gestantes e mulheres que amamentam. Lembre-se que estas recomendações, apesar de serem estabelecidas de acordo com a idade e o sexo, devem ser adequadas às atividades diárias dos indivíduos. Por isso, para se planejar uma dieta ideal, individualizada, existem profissionais especializados, os nutricionistas, capazes de calcular e prescrever as recomendações nutricionais de acordo com suas necessidades e escolhas de estilo de vida.
Para saber mais sobre as DRIs você pode acessar o website do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (http://fnic.nal.usda.gov/n) e adquirir os textos originais contendo as DRIs. Porém, se você preferir acesse o website da Scielo Brasil (www.scielo.br), uma biblioteca online de artigos científicos, e adquira o artigo “Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais”, publicado em 2006 na Revista de Nutrição, por Padovani et al., que contém as tabelas dessas recomendações já traduzidas em português. Ainda, para ajudá-lo a interpretar e aplicar essas novas recomendações, você pode adquirir o texto “Uso e Aplicações das ‘Dietary Reference Intakes - DRIs’, disponível no website da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (http://www.sban.com.br/).
Um vegetariano, por deixar de ingerir parcial ou totalmente produtos de origem animal, tem que estar atendo ao consumo de alguns nutrientes específicos que podem estar abaixo das recomendações. Cientistas americanos preocupados em orientar corretamente os vegetarianos na escolha dos alimentos para que atinjam suas necessidades nutricionais elaboraram um Guia Alimentar para Vegetarianos (MESSINA et al., 2003). Esse guia foi ilustrado de duas formas, pirâmide e arco-íris, mas aqui citamos a forma mais comum utilizada em outros guias alimentares a Pirâmide Alimentar (Figura 1). Os grupos de alimentos foram divididos em 5 categorias, com as quantidades MÍNIMAS de porções diárias a serem consumidos e as medidas caseiras dos alimentos que representam 1 porção:

1) GRUPO DOS CEREAIS
Consumir 6 porções/dia:
- 1 fatia de pão integral ou rosca
- ½ xícara de chá (125ml) de cereal integral cozido ou massa
- 28g de cereal pronto para comer
Tipos de cereais integrais: Arroz, trigo, quinoa, centeio, cevada, aveia e milho.

2) GRUPO DAS LEGUMINOSAS, SEMENTES E CASTANHAS, E ALIMENTOS RICOS EM PROTEÍNAS
Consumir 5 porções/dia:
- ½ xícara de chá (125ml) de leguminosas cozidas
- ½ xícara de chá (125ml) de tofu ou tempeh
- 30ml de pasta de nozes ou sementes
- ¼ de xícara de chá (60ml) de castanhas
- ¼ de xícara de chá (60ml) de leite de soja
- 30g de carne vegetal
Tipos de leguminosas: Feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha, soja, fava e amendoim.
Tipos de castanhas: nozes, amêndoas, avelãs, castanha-do-pará, castanha de caju.
Tipos de sementes: linhaça, sálvia.

3) GRUPO DAS VERDURAS E LEGUMES
Consumir 4 porções/dia:
- ½ xícara de chá (125ml) de vegetais cozidos
- 1 xícara de chá (250ml) de vegetais crus
- ½ xícara de chá (125ml) de suco de vegetais
Exemplos: tubérculos ou raízes (cenoura, batata, beterraba), folhas (alface, rúcula, couve, espinafre), flores (couve-flor, rosa, alcachofra).

4) GRUPO DAS FRUTAS
Consumir 2 porções/dia:
- 1 fruta inteira e crua
- ½ xícara de chá (125ml) de suco de fruta
- ¼ xícara de chá (60ml) de frutas secas
Exemplos: laranja, maçã, banana, berinjela, tomate.

5) GRUPO DOS DOCES, ÓLEOS E GORDURAS
Consumir 2 porções/dia:
- 1 colher de sopa (15ml) de óleos (oliva, canola, girassol, soja, linhaça) e gorduras vegetais (margarinas).
- 1 colher de sopa (15 ml) de maionese e molhos de salada
- doces e frituras (evitar)

Em cada um desses grupos, foram incluídas fontes ricas em cálcio. Ainda, foram dadas 8 dicas para auxiliar o planejamento das dietas saudáveis, assim como as quantidades de porções necessárias para cada fase da vida (Tabela 1).

Figura 1. Pirâmide Alimentar para Vegetarianos.
Fonte: MESSINA, V.; MELINA, V.; MANGELS, A.R. A new guide for North American Vegetarians. Journal of the American Dietetic Association, 2003, 103 (6): 771-775.



Tabela 1. Porções diárias recomendadas de alimentos ricos em vitamina B12, em proteínas e em cálcio para crianças, adolescentes, gestantes e lactantes.
Lembre-se: As dietas vegetarianas, quando desbalanceadas, podem levar às deficiências nutricionais. Portanto, é muito importante que pessoas que adotam dietas vegetarianas conheçam as melhores fontes daqueles nutrientes que podem estar deficientes em sua dieta:

Vitamina B12: (recomendado: para crianças ~ 0,7 mg/dia e para adultos ~ 2,5 mg/dia)
Cereais enriquecidos com vitamina B12 (como NesfitÒ, All BranÒ, Farinha LácteaÒ, MucilonÒ, Cereal de arroz com amido de milho, Corn FlakesÒ etc.). Como fontes secundárias, temos os ovos, leites e derivados. Tempeh, shitake, shimeji e alga marinha não são fontes confiáveis.

Vitamina D (recomendado: para crianças ~ 5 mg/dia e para adultos ~ 10 mg/dia)
Devemos lembrar que o nosso próprio corpo possui a capacidade de sintetizar quase toda a necessidade de vitamina D na pele através da exposição solar. As principais fontes são gema de ovo e alimentos enriquecidos como AdesÒ, cereais, alimentos infantis, leite enriquecido e manteiga.

Zinco (recomendado: para crianças ~ 5 mg/dia e para adultos ~ 10 mg/dia)
Amêndoa, aveia, banana, gengibre, arroz integral, espinafre, cenoura, farelo de trigo, algas, soja, feijão, aipo, gérmen de trigo, pão integral, semente de abóbora, semente de girassol e semente de papoula.

Ferro (recomendado: para criança e homens ~ 10 mg/dia e para mulheres ~ 15 mg/dia)
Principais fontes: Melado de cana, açaí, talos e folhas brócolis. Também constituem uma fonte importante: semente de abóbora, acelga, açúcar mascavo, folhas de mandioca, aveia, ervilha seca, feijão, flocos de cereais enriquecidos, gema de ovo, repolho, damasco seco, hortaliças verdes escuras (espinafre, couve, agrião, bertalha, cheiro verde, e etc), castanha de caju, castanha-do-pará, farinha de grão de bico, fava, semente de girassol, gergelim, lentilha, missô, tahine, tofu, soja, farelo de trigo, cereais enriquecidos e algas.

Cálcio (recomendado: para crianças ~ 700 mg/dia e para adultos ~ 1200 mg/dia)
Principais fontes: Feijão, tofu, tempeh, proteína vegetal texturizada, leite de soja, soja tostada, amêndoas, couve, brócolis, nabo, figos secos e melado.
Dietas baseadas em alimentos de origem vegetal trazem inúmeros benefícios à saúde

Segundo o Ministério da Saúde, em geral, a alimentação saudável é sempre constituída por três tipos de alimentos básicos, alimentos com alta concentração de carboidratos, como os grãos, pães, massas, tubérculos e raízes; as frutas, legumes e verduras; e os alimentos vegetais ricos em proteínas, como os cereais integrais, as leguminosas, e também as sementes e castanhas. Inclui alimentos de origem animal, como leites e derivados, carnes, peixes e ovos, porém sua quantidade é bem menor. O Guia alimentar para a População Brasileira recomenda 12 porções de alimentos de origem vegetal em oposição a 4 de alimentos de origem animal divididas em 5-6 refeições por dia. Essa proporção reflete claramente a visão de comitês científicos, não só do Brasil, mas de vários países, de que o consumo de dietas baseadas em produtos vegetais promove saúde à população.
Os alimentos de origem vegetal podem ser separados em 4 grupos:
1. Cereais, tubérculos e raízes, e derivados;
2. Verduras e legumes;
3. Leguminosas ou feijões;
4. Frutas e sucos de frutas naturais.
O grupo de cereais, tubérculos, raízes e derivados compreende alimentos como arroz, milho, farinhas, pães, massas, flocos de cereais (cereais matinais), batata, mandioca, aipim, farinhas entre outros. São ricos em carboidratos ou glicídios que fornecem maior parte das calorias para o dia a dia. Os cereais integrais, além de fonte de energia, são ricos em fibras, vitaminas do complexo B, zinco e ácidos graxos essenciais, e dessa forma, auxiliam no controle de doenças crônicas como diabetes, hipercolesterolemia (colesterol alto no sangue), cânceres, e doenças do sistema nervoso, e ajudam a proteger o organismo contra infecções.
Uma das características das dietas vegetarianas é a exclusão de produtos refinados, que no processo de fabricação e refinação perdem esses nutrientes essenciais. O consumo regular de fibras (30g/dia) tem inúmeros benefícios à saúde. As fibras auxiliam na função intestinal, protegendo contra constipação intestinal (prisão de ventre), a doença diverticular e o câncer de cólon. Além disso, aumentam a perda fecal de calorias e de colesterol e retardam a absorção da glicose, ajudando no controle da obesidade, hiperlipidemias (taxas altas de colesterol e/ou triglicérides no sangue) e diabetes. As fibras chamadas solúveis são digeridas por bactérias no intestino que liberam ácidos graxos de cadeia curta (acetato, butirato e proprionato), protegendo a parede intestinal e aumentando a imunidade. Mas como qualquer nutriente seu consumo excessivo pode trazer alguns malefícios. Por eliminar metais tóxicos, as fibras podem levar junto outros minerais essenciais, como o zinco – um nutriente essencial, necessário para o crescimento e desenvolvimento dos músculos, e muito importante na infância e na adolescência. Uma dica para melhorar a absorção de zinco e evitar sua ligação com outras substâncias como os fitatos, é deixar de molho e fazer germinar os feijões, cereais e sementes.
O grupo de verduras e legumes é fonte de várias vitaminas e minerais. Fornecem vitamina C, beta-caroteno, riboflavina, ferro, cálcio, fibras, dentre outros. Folhas verdes escuras e caules de brócolis, mostarda, beterraba, chicória e repolho chinês são boas fontes desses nutrientes. Já os alimentos de cor amarelo-alaranjado como cenoura, abóbora, moranga e batata-doce são ricos em beta-caroteno. Devem estar presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para a proteção à saúde e na prevenção de várias doenças. A vitamina C e o beta-caroteno são substâncias antioxidantes e previnem o dano celular, e dessa forma o consumo de alimentos ricos nestas vitaminas não só aumentam a imunidade do organismo contra infecções, como previnem o envelhecimento, doenças cardíacas e cânceres. A vitamina C ainda aumenta a absorção do ferro de origem vegetal, ajudando a prevenir a anemia ferropriva.
O ferro presente nos alimentos encontra-se em duas formas, a heme e a não-heme, porém alimentos de origem vegetal contêm somente a segunda forma, que é mais sensível a substâncias capazes de diminuir ou aumentar sua absorção. Fitatos, cálcio, chás mate e preto, refrigerantes de cola, café e fibras são alguns inibidores do ferro não-heme, e para reduzir os efeitos dessas substâncias, principalmente fitatos, aconselha-se o consumo ao mesmo tempo de alimentos ricos em vitamina C e outros ácidos orgânicos encontrados em frutas, verduras e legumes. Outra dica é deixar de molho e germinar feijões, cereais e sementes, o que ajuda a hidrolisar os fitatos e, consequentemte, melhorar a absorção de ferro. A fermentação dos pães, assim como a fermentação da soja para a fabricação do missô (massa de soja) e o tempeh também facilitam a quebra da molécula de fitato e assim a absorção de ferro.
O cálcio é um mineral essencial para a transmissão nervosa, coagulação do sangue, contração muscular, atua também na respiração celular, além de garantir uma boa formação e manutenção de ossos e dentes. Seu consumo adequado ajuda a prevenir doenças como osteoporose e hipertensão e reduz o risco de fraturas. Em algumas dietas vegetarianas, como a vegana, o consumo desse mineral pode estar abaixo do recomendado, por isso se devem escolher boas fontes de cálcio. Hoje no mercado estão disponíveis alimentos enriquecidos com cálcio que podem ser fontes adicionais desse mineral como leite de soja, tofu, sucos de frutas e cereais matinais. Mas alguns cuidados dever ser tomados, alimentos ricos em oxalatos e fitatos podem reduzir a absorção de cálcio. Alguns estudos demonstraram que dietas ricas em aminoácidos contendo enxofre podem aumentar a perda de cálcio de ossos, porém seu impacto é mais importante em ingestão abaixo do recomendado. Os fatores que aumentam a absorção de cálcio incluem o adequado teor de proteínas e de vitamina D da dieta. Além do consumo de alimentos ricos e/ou enriquecidos com vitamina D, como leite de vaca, leite de soja, cereais matinais e margarinas, também se recomenda a exposição ao sol por 5 a 15 minutos todos os dias para que forneça quantidades adequadas dessa vitamina.

Alimentos ricos em oxalato: ameixa, amora, uva-passa, agrião, espinafre, beterraba, ruibarbo, chocolate, café, chá mate, refrigerantes de cola.

Alimentos ricos em aminoácidos contendo enxofre: carnes, peixe, aves, ovos, leites e derivados, nozes, alho, cebola.

Alimentos ricos em Vitamina C: laranja, abacaxi, limão, tangerina, acerola, maracujá, uva, kiwi, melancia, manga, goiaba e morango.

O grupo de leguminosas que inclui todos os tipos de feijões, grão de bico, lentinha, soja e derivados também são fontes de proteínas, ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B. Neste grupo incluem-se as sementes oleaginosas, como nozes, amêndoas, castanha-do-pará e avelãs, que são fontes de proteínas e ácidos graxos essenciais.
Diferente dos produtos animais, maior parte dos produtos vegetais não possuem todos os aminoácidos essenciais (não produzidos no organismo e que precisam ser ingeridos por alimento) em um só alimento. Enquanto, cereais têm pequenas quantidades de lisina (aminoácido essencial), as leguminosas têm menos metionina (outro aminoácido essencial). Mas, se ingerirmos a combinação desses alimentos, somada a proteína de soja e seus derivados, conseguiremos atingir as recomendações diárias de proteína e dos aminoácidos que necessitamos facilmente.

As vitaminas do complexo B possuem uma variedade de funções no organismo: ajudam na liberação de energia, possuem função vital no funcionamento do sistema nervoso, na formação das células sangüíneas e ajudam na construção e reparo de tecidos.
Uma das maiores preocupações de se seguir uma dieta vegetariana restrita ou vegana é a ingestão adequada de vitamina B12. Alimentos de origem vegetal não contêm vitamina B12 e, dessa forma, as únicas fontes disponíveis para os vegetarianos dessa vitamina em sua forma ativa são leite e derivados, ovos, alimentos fortificados, como pães, leite de soja, e suplementos nutricionais. Têm-se sugerido que alguns produtos vegetais como algas e tempeh possam fornecer vitamina B12 ativa, mas até o momento isso não foi comprovado. Alguns estudos mostraram que parte, senão todo, material encontrado nesses alimentos são análogos da vitamina B12 não ativos e que podem diminuir a absorção da vitamina ativa. Um consumo abaixo do recomendado de vitamina B12 pode levar a um aumento nos níveis de homocisteína do sangue, fator considerado hoje fator de risco para doenças cardíacas. É fundamental uma fonte regular de vitamina B12 para mulheres grávidas e em lactação, assim como bebês amamentando no peito, caso a dieta da mãe mão seja suplementada.

Os ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 (ácido linoléico) e 6 (ácido linolênico) são os únicos ácidos graxos considerados essenciais. São necessários para o crescimento e desenvolvimento normal do sistema nervoso. Possuem propriedades antiinflamatórias, reduzem os lipídeos no sangue, auxiliam na regulação da coagulação e pressão sanguínea e da imunidade, e assim seu consumo está associado a menor risco de desenvolver doenças cardíacas e cânceres.
Embora as dietas vegetarianas sejam ricas em ácidos graxos ômega 6 por conterem sementes, castanhas e óleos vegetais, podem ser pobres em ácidos graxos ômega 3 que são encontrados principalmente em peixes, óleo de peixes e animais marinhos, levando a um desequilíbrio na produção de ácidos graxos ômega 3 ativos como o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosaheixanóico (DHA). Assim, aconselha-se aos vegetarianos que incluam boas fontes de ácido ômega 3 como óleos e sementes de linhaça e de sálvia. Pessoas com maiores necessidades desses ácidos, como mulheres gestantes e que amamentam, ou pessoas que sofrem de doenças de baixos níveis sanguíneos ou que correm risco de conversão inadequada, como os diabéticos, podem fazer uso de fontes diretas de DHA como suplementos sem gelatina derivados de microalgas.
O grupo de frutas é fonte de fibras, vitamina C e beta-caroteno, e ainda água. Devem-se incluir ao menos uma porção de frutas ricas em vitamina C, como laranja, abacaxi, acerola, tangerina, morango, uva, kiwi, melão, melancia, manga, maçã, pêra, dentre outras, todos os dias. A água desempenha papel essencial em quase todas as funções do organismo. É utilizada para o transporte de nutrientes no sangue e excreção de toxinas pela transpiração e urina, ajuda a manter a temperatura do corpo estável, além de participar de inúmeros processos químicos. Todos os alimentos possuem água, e ao consumirmos a adquirimos também, porém deve-se incluir de 3-4 copos de água (~ 2L) por dia para cobrir todas as perdas corporais.



Quais os efeitos à saúde de uma dieta rica em carnes vermelhas e outros produtos de origem animal?


Comer carne em muitas sociedades é um prestígio. Garantida em quase todas as refeições, as carnes são consideradas de alto valor nutritivo, não só para a sociedade, mas também para a comunidade científica. Apesar do número crescente de pessoas que optam por uma dieta vegetariana e se alimentam adequadamente, a inclusão de alimentos de origem animal assegura mais facilmente uma dieta adequada. São fontes de proteínas, com todos os aminoácidos essenciais, possuem ferro de melhor absorção (ferro-heme) e são fontes naturais de vitamina B12, e por isso há uma grande pressão para se aumentar o consumo desses alimentos. Entretanto, cada vez mais estudos apontam riscos de desenvolver doenças crônicas relacionados ao consumo excessivo de carnes e derivados.
A ingestão de proteína animal, que é rica em aminoácidos contendo enxofre, exige uma ação de amortecimento dos efeitos desses aminoácidos por parte do nosso organismo. Isso é conseguido pela liberação de cálcio dos ossos, com eliminação desses aminoácidos pela urina. Entretanto, o consumo excessivo de proteínas causa um desequilíbrio nesse processo, elevando o risco de fraturas e desenvolvimento de osteoporose. Um estudo realizado na Universidade da Califórnia mostrou que mulheres pós-menopausa que consumiam mais proteínas animais e menos proteínas vegetais apresentaram aproximadamente 3 vezes mais risco de fraturas que aquelas que consumiam menos proteínas animais e mais proteínas vegetais.
Todos os produtos animais, principalmente carnes, salsichas e peixes, contêm grandes quantidades de ácido araquidônico. Dois dos produtos desse ácido são os chamados leucotrienos e prostraglandinas, que estão envolvidos nos processos inflamatórios. O consumo excessivo do ácido araquidônico pode elevar a produção dessas substâncias que causam a destruição progressiva da cartilagem e do osso, causando doenças como a artrite reumatóide.
Estudos demonstraram que quanto maior for o consumo de carnes vermelhas, maior o risco de se desenvolver câncer de intestino. A Fundação Mundial de Pesquisa para o Câncer adverte que o consumo diário de 150g de carne processada, equivalente a 2 salsichas e 3 fatias de bacon frito, pode elevar em 63% o risco de câncer de intestino.
Os processos de fritar, ferver ou grelhar carnes e peixes produzem aminas heterocíclicas. Essas substâncias são formadas da reação entre aminoácidos e creatina presente nos músculos ao serem submetidos à alta temperatura, e possuem ação tóxica às células. Ainda, a digestão das proteínas pela flora intestinal produz outras substâncias tóxicas ao organismo como amônia, aminas, compostos nitrosos (nitritos e nitratos). Os nitritos e nitratos são utilizados para conservar carnes e embutidos (salsichas, mortadela, lingüiças, salames) mantendo a cor e inibindo o crescimento de microorganismo, no entanto, podem se ligar as aminas e formar as nitrosaminas. Assim como as aminas heterocíclicas, as nitrosaminas causam danos às células, e dessa forma, podem aumentar o risco de cânceres, principalmente o do intestino.
Em geral, os produtos de origem animal são ricos em gorduras, principalmente gorduras saturadas, e colesterol. As dietas ricas em gorduras são altamente energéticas. Quando não há equilíbrio entre o consumo e o gasto de energia, o nosso organismo a armazena na forma de gordura, principalmente na região abdominal, levando assim ao ganho de peso e à obesidade. Muitos estudos demonstraram que a obesidade abdominal é um importante fator de risco para doenças cardíacas, diabetes, e mais recentemente descoberto, para demência. O colesterol da dieta influencia diretamente os níveis sanguíneos de colesterol, porém possui menor efeito quando comparado às gorduras saturadas. As gorduras saturadas elevam o colesterol de LDL ou “colesterol ruim” no sangue, que pode sofrer modificações na circulação, como oxidação, e ser depositado nos vasos e artérias. Esse processo crônico pode levar as doenças cardíacas como infarto e derrame.

Como planejar uma dieta vegetariana

Seguindo as recomendações das necessidades energéticas e de nutrientes para uma pessoa do sexo masculino com idade entre 25-50 anos e que pratica atividade leve, elaboramos um cardápio de 2000 Kcal dividido em 6 refeições por dia. Orientando-se pelo Guia Alimentar para Vegetarianos (MESSINA et al., 2003), teremos que incluir no cardápio os 5 grupos alimentares e no MÍNIMO as porções de alimentos que se seguem:

· Grupo de cereais, tubérculos, raízes e derivados: 6 porções;
· Grupo de leguminosas, sementes e castanhas, e alimentos ricos em proteínas: 5 porções;
· Grupo de verduras e legumes: 4 porções;
· Grupo de frutas e suco de frutas naturais: 2 porções;
· Grupo de óleos e gorduras: 2 porções.

Observação: Dentre todas essas porções, 8 devem ser de alimentos ricos ou fortificados com cálcio.
Para saber mais consulte:

Livros

· FEDERMAN, S. Alimentação que evita o câncer e outras doenças. 9 ed. São Paulo: Editora Minuano Ltda., 2000.
· PACKER, M. L. G. Vegetarianismo sustentando a vida. Joinville: Editora Letradágua, 2007.
· SLYWITCH, E. Alimentação sem carne. 2 ed. São Paulo: Editora Palavra Impressa, 2006.

Artigos científicos

· HADDAD, E. H.; SABATÉ, J; WHITTEN, C. Vegetarian Food guide pyramid: a conceptual framework. American Journal of Clinical Nutrition, 1999, 70 (suppl): 615S-619S.
· KEY, T. J; APPLEBY, P. N.; ROSELL, M. S. Health effects of vegetarian and vegan diets. Proceedings of the Nutrition Society, 2006, 65:35-41.
· MESSINA, V.; MELINA, V.; MANGELS, A.R. A new guide for North American Vegetarians. Journal of the American Dietetic Association, 2003, 103 (6): 771-775.
· NESTLE, M. Animal vs. plant foods in human diets and health: is the historical record unequivocal? Proceedings of the Nutrition Society, 1999, 58:211-218.
· SABATÉ, J. The contribution of vegetarian diets to health and disease: a paradigm shift? American journal of Clinical Nutrition, 2003, 78 (suppl): 502S-507S.

Outros artigos e documentos

· BENDER, A. Meat and meat products in human nutrition in developing countries. Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), Rome, 1992 (http://www.fao.org/docrep/t0562e/T0562E00.htm#Contents).
· MANARA, J. U.S. Physicians say meat not necessary, actually harmful. http://flex.com/~jai/articles/nonmeatht.html
· Posição da Associação Dietética Americana (ADA) sobre dietas vegetarianas. www.vegetarianismo.com.br (Versão completa em inglês: Position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canada: Vegetarians diets. Journal of the American Dietetic Association, 2003, 103 (6): 748-765. http://www.adajournal.org/article/S0002-8223(03)00294-3/abstract).

Sites
www.alimentacaosemcarne.com.br
www.sbv.org.br
www.vegetarianismo.com.br


ESTE ARTIGO FOI ESCRITO POR:
Dra. Amanda Felippe Padoveze
Nutricionista – CRN 13689
Doutora em Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor-HC-FMUSP)

A Nutrição e seus Efeitos para o Cérebro

A Nutrição e seus Efeitos para o Cérebro

Os neurônios se reproduzem ao longo de toda vida, através da neurogênese.
As refeições podem estimular esse processo.

Uma dieta rica em colina, nutriente que aparece em alimentos como couve-flor, pistache e ovo permite a produção de acetilcolina, envolvido na formação da memória.

A glutamina é importante para compor o DNA dos neurônios, e o ômega-3 favorece o nascimento das células nervosas e as protege.

O ômega-3, presente em linhaça, azeite e frutos do mar, reduz os riscos do mal de Parkinson e dispara mecanismos antioxidativos que protege os neurônios, além de melhorar a função cognitiva, afastar o mau humor e diminuir a ansiedade.

É importante ingerir fontes de antioxidantes, como nozes, morango, maçã, brócolis, espinafre, rúcula, soja, cebola, frutas cítricas e legumes amarelo-alaranjados, para que se possa combater os radicais livres.

O ácido fólico das verduras verde-escuras e dos cereais integrais diminui o declínio cognitivo que vem com a idade.
A vitamina D atua na renovação dos neurônios.

Para fabricar a serotonina, responsável pela sensação de bem estar, o organismo precisa de um aminoácido chamado triptofano, comum em feijão e grão de bico.

Alimentos como carnes branca e vermelha podem ser uma ameaça devido a compostos químicos formados durante o seu cozimento – as aminas heterocíclicas.
As aminas se unem ao cromossomo do neurônio e “desligam” alguns genes fundamentais para a célula, que se degenera. A degradação dos neurônios afeta a capacidade de pensar e recordar as coisas mais simples.
Quanto maior for o tempo em que a carne fica exposta às altas temperaturas, maior a quantidade das nefastas aminas.
O churrasco é a forma mais ameaçadora de consumo de carne (que gera mais aminas), seguida da fritura, do forno e da panela de pressão.


PS: Estas informações são retiradas da Revista "Saúde é Vital" - fevereiro de 2008.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Trabalhos Científicos que Evidenciam os Malefícios da Ingesta de Carne na Dieta

Trabalhos Científicos que Evidenciam os Malefícios da Ingesta de Carne na Dieta:

As proteínas obtidas das carnes vêm acompanhadas de muitas gorduras. A parte magra da carne bovina tem 29% de gorduras, o frango “sem pele” tem 20%. O atum tem 40% do colesterol da carne, o Haddock tem 80%. O camarão e lagosta tem o dobro do colesterol da carne.
Arroz integral e feijão, que têm as mesmas proteínas que a carne, têm 4% de gorduras, com zero de colesterol, pois o colesterol só é encontrado no reino animal.
Além disto, as proteínas obtidas destes grãos, particularmente as proteínas da soja, abaixam os níveis de colesterol.
Fonte: Messina, M and V Messina -1994- “The simple soy bean and your health”.Garden City Park. N.Y. Avery Publishing Group.

Manteiga tem 60% de gordura saturada e Óleo de oliva tem 13%. É preferível óleo de oliva, mas mesmo assim, deve ser usado o mínimo. De preferência, aprender a cozinhar sem acréscimo de óleo.
Fonte Barnard, Neal MD - “Eat right, live longer” Harmony Books Crown Publishers Inc.

A gordura da margarina, que é o óleo vegetal hidrogenado ou solidificado, (trans fats) aumenta o LDL e abaixa o HDL promovendo obstruções coronarianas.
Fonte: Willett, WC et al – “Intake of trans fatty acids and risk of coronary heart disease among women” – The Lancet – 1993 – 341: 581-85

O uso de alho (1 dente de alho por dia) como tempero da alimentação, abaixa os níveis de colesterol e triglicérides.
Fonte: Bordia, A – “Effect of garlic on blood lipids in patients with coronary heart disease”- American Journal of Clinical Nutrition – 1981 – 34: 2100-103

O cigarro acelera as obstruções coronarianas que culminam com o Infarto.
Fonte: Castelli – “Epidemiology of Coronary heart disease”

A prática de esportes ou exercícios físicos não compensam uma alimentação errada. Como demonstra o fato de que praticantes de exercícios físicos vigorosos (diários) morrerem de Infarto. A prática de esportes é benéfica, associada à alimentação correta.
Isto ficou comprovado ao se fazer necrópsia em jovens que morreram em combate na Guerra da Coréia, que praticavam ginástica diariamente, mas que tinham alimentação com excesso de carne, uso de leite, queijo, ovos e poucas fibras, por terem suas artérias coronárias com estenoses significativas em 77%, de 300 necrópsias realizadas em jovens com idade média de 23 anos.
Fonte: Enos, WF et al –“Coronary disease among United States soldiers killed in action in korea”- Journal of the American Medical Association -1953 – 152: 1090-93

Em Chesapeake, Virginia, a Penitenciária Tidewater Detention Center fez uma alimentação com cereais, leguminosas, legumes e verduras, pouca carne, sem açúcar e enlatados aos detentos, constatando 45% em diminuição das ocorrências agressivas, sugerindo que o uso de açúcar e carne, relacionam-se com o comportamento agressivo.
Fonte: Stephen S Schoenthaler, PhD – “The Effect of Sugar on the treatment and control of Antisocial Behavior” –International Journal of Biosocial Research 3, 1982 nº 1-1-9

Na Tailândia, após a introdução do arroz “branco” e dos pães “brancos”, de farinha de trigo refinada, em substituição ao milho, inhame e batatas como alimentos básicos da ilha, os casos de Trombose cerebral subiram 52% entre 1952 e 1975, constituindo em 1981 a principal causa de morte.
Fonte: Trowell HC and DP Burkitt – “Western diseases: Their emergence and prevention” – Cambridge, Mass;Harvard University Press, 1981 – 352-58

No Japão, com a introdução generalizada do arroz refinado, açúcar, refrigerantes, leite, derivados lácteos e carne, a Trombose cerebral tornou-se a principal causa de morte.
Fonte: Trowell HC and DP Burkitt – “Western diseases:Their emergence and prevention” – Cambridge, Mass Harvard University Press, 1981- 352-58

Na Índia, a incidência de Infarto do miocárdio tornou-se sete vezes maior no Sul, com o uso do arroz refinado, em relação ao Norte onde o alimento principal permaneceu “chapati” feito com farinha de trigo integral.
Fonte: TL Cleave MRCP “The Saccharine Disease-Bristol, England – John Wright e Sons – 1997 – 111-12

Em 1984, morreram 550 mil pessoas de Infarto do miocárdio nos EUA. Em 1994 morreram 734 mil pessoas de Infarto do miocárdio nos EUA.
Fonte: American Heart Association

Nos EUA, 1 em cada 3 homens terá Infarto do miocárdio, Trombose cerebral ou Obstrução arterial nos membros inferiores, entre 40 e 50 anos de idade.
Fonte: Dietary Goals for the United States – Washington DC – Select Committee on Nutrition and Human Needs, US Senate, US Government Printing Office – 1977 – 10

Crianças de 6 anos de idade nos EUA têm níveis de colesterol médio de 190 mg/dL, nas quais a alimentação ocasiona alto risco de Infarto futuro.
Fonte: Crawford P et al –“Serum cholesterol of six year olds in relation to environmental factors” – Journal of the American Dietetic Association – 78 (1981): 41-46

Na China, onde é raro o Infarto, em áreas menos desenvolvidas, o nível de colesterol médio das crianças é 100 mg/dL.
Fonte: Redaskie, V – “Coronary Heart Disease in China” – South African Medical Journal – 47 (1973): 1485

A necrópsia realizada em jovens de 22 anos, em média, mortos na Guerra do Vietnã, revelou que 45% deles já tinham Ateroesclerose coronariana.
Fonte: McNamara, J – “Coronary Artery Disease in Combat Casualites in Vietnam” – Journal of American Medical Association – 216(1971): 1185-87

Em 1876, as causas de morte na cidade de New York eram: tuberculose 26%, outras doenças pulmonares 19%, desinteria 19%, difteria 15%, tifo 4%, varíola 4%, infecção puerperal 1, 5%, ...
As maiores causas de morte nos dias de hoje são: Infarto do miocárdio, Trombose cerebral e Câncer, naquela época não eram nem citados.
Fonte: Scientific American – 1876

Durante 10 anos praticando medicina em Montreal, Sir Willian Osher não viu 1 caso de Infarto do miocárdio, na Filadélfia em Bochley também não viu 1 caso desta rara afecção, na época.
Fonte: Osler, W – “Lectures on Angina pectoris and Allied States” – New York –D Appleton e Co – 1897 – 20

Até meados do século passado, os cereais eram integrais, comia-se mais do que o dobro da quantidade de cereais que se come hoje, o dobro da quantidade de legumes, verduras, feijões, nozes, produtos de soja, frutas e metade da quantidade de produtos animais que se comem hoje, incluindo carne, frango, peixe e derivados lácteos.
Fonte: National Research Concil – “Diet, Nutrition and Cancer” – National Academy Press – 1982 – Washington, DC

Em 1915, dobrou o consumo de açúcar nos EUA, como também aumentou o consumo de carne, aumentando o consumo de gorduras com o desenvolvimento das margarinas. Desde 1880, pelas técnicas de moagem, conseguiu se separar o gérmen e o farelo do endosperma do trigo, conseguindo-se uma farinha mais branca e refinada. Em 1890 surgiu o leite pasteurizado, inventou-se o separador de creme e a refrigeração comercial propiciou condições para a moderna industrial láctea.
Fonte: Brewster, L;M Jacobson – “The Changing American Diet” – Washington DC Center for Science in the Public Interest – 46

Osler escreveu que a Angina e o Infarto ocorriam em homens que comiam carne sem restrições, referindo-se à morte proveniente “da cozinha”. Em 1904 criou-se o termo Arterioesclerose e, em 1912 foi descrito pela primeira vez em uma revista médica um caso de Infarto do miocárdio.
Fonte: Osler W – “Lectures on Angina pectoris and Allied States” – New York – D Appleton e Co – 1897 – 20 Kushi, M – “La dieta para um Corazón fuerte” – Maldonado, Uruguay

Em 1920, 11% das pessoas morriam de Infarto do miocárdio. Em 1940, 45% das mortes foram devido a Infarto do miocárdio nos EUA.
Fonte: US Bureau of the Census;Mortality Statistics

Durante a II Guerra Mundial, as mortes por Infarto do miocárdio na Noruega e em outros Países ocupados pelos nazistas, diminuiu em aproximadamente 30%, coincidindo com a escassez de alimentos e com o aumento no anterior, rica em alimentos animais, as taxas de mortalidade por Infarto voltaram aos níveis anteriores. O mesmo ocorreu com a incidência do Câncer.
Fonte: Strom, A;R Adilson Jenson”Mortality from Circulatory Diseases in Norway – 1940 – 45 – The Lancet – (1) (1951): 126-29

O Infarto do miocárdio era desconhecido entre os Esquimós, antes de seu contato com a civilização. Comiam peixe, baleia, mariscos, plantas, raízes e algas. Nos últimos 50 anos, passando a usar farinha de trigo refinada, açúcar, refrigerantes, laticínios, surgiam a Hipertensão arterial, o Infarto do miocárdio e a Trombose cerebral.
Fonte: Trowell and Burkitt – “Western Diseases” 113-28

Entre os Tarahumaras, população que tem hábitos de vida tradicionais, isolados em Sierra Madre Ocidental, México, são desconhecidos:o Infarto do miocárdio e a Hipertensão arterial.Sua alimentação consiste de milho, feijão, legumes e verduras.Raramente usam carne e ovos.São agricultores com intenso trabalho físico e têm competições de correr longas distâncias, uma tradição.
Fonte: Connor WE et al – “The Plasma lipids, lipoproteins, and diet of the Tarahumare Indians of México”- American Journal of Clinical Nutrition – 31 (1978):1131-42

Na década de 70, a incidência de Doenças cardiovasculares era baixa no Japão.Ao imigrar para o Hawai, assimilando parcialmente a dieta moderna, os japoneses dobravam a incidência de Doenças cardiovasculares.Quando imigravam para a Califórnia assimilando completamente a dieta moderna, a incidência tornava-se igual ao americano, comprovando que a genética não influía na incidência de Doenças cardiovasculares, mas sim à dieta.
Fonte: Kato, H et al: - “Epidemiologic Studies of Coronary Hearty Disease and Stroke in Japanese men living in Japan, Hawaii and Califórnia:Serum Lipids and Diet” – American Journal of Epidemiology – 97(1973): 372-85

No alto Xingú, na década de 70, os índios não tinham Infarto do miocárdio, Trombose cerebral, Enfermidades vasculares periféricas e Hipertensão arterial.Sua dieta consistia de milho, mandioca, batata, frutas e peixe (não todos os dias).Este fato contrastava com a população de áreas urbanas no Brasil, com dieta moderna, com alta incidência de Doenças cardiovasculares.
Fonte:Trowell and Burkitt: - “Western diseases”, 138-53

Mulheres com maior poder aquisitivos, no Japão, que passaram a comer carne diariamente, passaram a ter 9 vezes mais Câncer de mama, comparadas com as mulheres que raramente ou nunca comeram carne.
Fonte: Hirayama, T – “Epidemiology of breast cancer with special reference to the role of diet” – Preventive medicine – 1978 7: 173-95

Na Itália mulheres com câncer de mama, comiam mais carne, queijo, manteiga e leite, do que as mulheres que não o tinham.
Fonte: Toniolo, P et al: -“Calorie-providing nutrients and risk of breast cancer” – Journal of the National Cancer Institute – 1985 81: 278

O fato de mudar-se de carne para frango e peixe, de leite integral para desnatado, retirar a pele do frango, etc., muda o teor de gorduras da dieta de 40% das calorias totais ingeridas para 30%.Isto não previne o Câncer de mama.Na década de 50, quando a incidência de Câncer de mama no Japão era muito baixa, o teor de gorduras na dieta era de 7%.Na década de 80, com a modernização parcial da dieta no Japão, o teor de gorduras subiu para 25% e a incidência de Câncer de mama tornou-se elevada.
Fonte:Wellet, WC- “Dietary fat and risk of breast cancer”- 1987- New England Journal of Medicine – 316: 22-28

Na China, em províncias interioranas, a alimentação consiste de arroz integral, feijões, legumes, verduras e produtos de soja, sendo a incidência de câncer de mama baixíssima. Nas províncias onde a carne é acrescentada à dieta, embora em menor quantidade que a dieta moderna, a incidência de Câncer de mama aumenta. Comparando-se à alimentação em várias províncias, quanto maior o consumo de proteínas animais, maior a incidência de Câncer de mama.
Fonte:Howe, GR et al – “Dietary factors and risk of breast cancer: combined analysis of 12 case-control studies” – 1990 – Journal of the National Cancer Institute – 82: 561-69

O uso de produtos alimentares provenientes da soja, ao invés da carne, leite, queijo e manteiga, pode ser o motivo pelo qual as mulheres japonesas têm baixa incidência de Câncer.
Fonte:Messina, MJ – “The role of soy products in reducing Cancer” – 1991 – Journal of the National Cancer Institute 83: 541-43

Fatores hereditários são responsáveis por somente 5% dos casos de Câncer de mama.
Fonte:Linch, HT et al – “Genetics, biomarkers and control of breast cancer: a review” – 1984 – Cancer, Genetics and Cytogenetics – 13: 43-92

Os alimentos derivados da soja, como tofu, missô, shoyu, têm grande quantidade de fitoestrógenos, que têm leve ação no organismo semelhante ao hormônio feminino.A concentração destes fitoestrógenos foi medida na urina de mulheres japonesas, sendo 1000 vezes maior do que os estrógenos normais.Embora não interfira quando a produção de estrógenos é normal, por ter fraco mais de estrógenos, que evitam a secura e alterações tróficas na mucosa vaginal nas mulheres em menopausa.
Fonte: Adlercrentz, H et al – “Dietary phyto-estrogens and the menopause in Japan” – 1992 – The Lancet -339: 1233

Meio milhão de americanos têm Trombose cerebral por ano.Cento e setenta mil morreram e o restante fica com deficiência neurológicas.Várias pequenas tromboses cerebrais podem causar demência, que caracteriza o mal de Alzheimer.A mesma dieta que previne o Infarto do miocárdio previne a Trombose cerebral.Em pessoas com a dieta comum, o fumo é um fator importante, quem fuma vinte e cinco ou mais cigarros por dia, tem dez vezes maior risco de Trombose cerebral do que os não fumantes.Portanto, a dieta, atividades físicas e não fumar, são essenciais.
Fonte: Colditz, GA et al – “Cigarette smoking and risk of stoke in middle-aged women” – 1988 – New England Journal of Medicine – 318: 937-41

Cafeína é um diurético fraco, que causa perdas de cálcio via urinária.Quanto mais café e refrigerantes com cafeína se usa, mais cálcio se perde.Este efeito é significativo em mulheres na menopausa, acelerando a Osteoporose.
Fonte: Massey, LK et al: - “Caffeine, urinary calcium, calcium metabolism and bone” –Journal of Nutrition -123:1611-14

Os alimentos acrescidos de sal, pelos fabricantes, devem ser evitados, porque o excesso de sal é eliminado na urina, levando o cálcio com ele. O limite para a ingestão diária de sódio é de 1.000 a 2.000 mg/dia.A dieta composta de cereais, feijões, legumes, verduras, sementes e frutas, estará muito longe de chegar a este nível.A dieta com carnes, derivados lácteos, ”salgadinhos”, alimentos salgados em excesso, facilmente chegará a este nível e o ultrapassará, sendo uma causa de perdas de cálcio e Osteoporose.
Fonte:Nordin, BEC et al – “The nature and significance of the relationship between urinary sodium and urinary calcium in women” – 1983 – Journal of Nutrition – 123: 1615-22

Os alimentos de origem vegetal têm mais potássio do que sódio, o qual evita perdas de cálcio via urinária.
Fonte:Lemans, F et al – “Potassium causes calcium retention in health adults” – Journal of Nutrition – 123: 1623-26

Alimentando-se macacos com ovos, manteiga, carne e cremes, resultou alto níveis de colesterol e obstruções arteroscleróticas nas coronárias.Mudando-se a alimentação para cereais, legumes, verduras, leguminosas e frutas, houve redução drástica no colesterol e foi documentada reversão nas lesões arteroescleróticas coronarianas de 60% para 20% da oclusão.
Fonte: Armstrong, ML et al – “Regression of coronary atheromatosis in rhesus monkeis” – Circ.Res. – 1970, 27: 59-67

Para se prevenir as Doenças cardiovasculares deve-se reduzir substancialmente manteiga, queijo, margarina e aumentar o consumo de frutas, vegetais, cereais integrais e praticar grande atividade física.
Fonte:Katan, MB –“Should a low fat hight carbohidrate diet be recommended for everyone?” – The New England Journal of Medicine – 1977: 162-66

Baseado em uma pesquisa publicada pelo National Cancer Institute, em 1985 que a quimioterapia e radioterapia não aumentam a sobrevida dos pacientes após ressecção cirúrgica de Adenocarcinoma de cólon, mama, próstata, pulmão, útero, bexiga, pâncreas e rim, o Dr. Steven A. Rosemberg, autor da pesquisa e Cirurgião chefe do National Cancer Institute, após ressecção de Câncer (Adenocarcinoma) de cólon do ex-Presidente Ronald Regan, instituiu ao invés de quimioterapia, uma dieta de cereais integrais, leguminosas, legumes, veduras, sementes, frutas e produtos de soja em 1985.Hoje, após 13 anos, o ex-Presidente não tem sinais da doença.
Fonte: Rosemberg, S – “Combined-modality therapy of Cancer” – New England Journal of Medicine – 1985 – 7 – 312: 1512-14

Em análise de 37 estudos, envolvendo 10.000 pessoas em 15 Países, concluiu-se que quanto mais cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras e frutas se comer, menor o risco de Câncer de cólon, caindo o risco em cerca de 40% de adquirir a doença.
Fonte: Tock, B et al –“Dietary fiber, vegetables and colon Cancer:critical Review and meta-analisys of the Epidemiologic evidence” – Journal of the National Cancer Institute – 82: 650-661 – 1990

Quanto maior o consumo de lentilhas, legumes, verduras e cereais, menor a incidência de Câncer de esôfago, no Litoral do Irã.
Fonte:Hormozdiari et al –“Dietary factors and Esophageal Cancer in Caspian Littoral of Iran” – Cancer Research – 35: 3493-98 – 1975

Durante 19 anos, 1954 homens estudados, concluiu-se que quanto maior o consumo de legumes e verduras, menor a ocorrência de Câncer de pulmão.
Fonte:Shekelle, RB – “Dietary Vitamin A and risk of Cancer in Western Eletric Study – the Lancet – 2: 1185-90 – 1981

Um estudo realizado em cerca de 10 Países, comprovou que quanto maior o consumo de gorduras (carnes-derivados lácteos) maior a incidência de Câncer de pulmão.Esta doenças também relaciona-se com a dieta.
Fonte: Wynder, EL et al – “Association of Dietary fat and Lung Cancer” – Journal of the National Cancer Institute – 79: 631-37 – 1987

A alimentação composta regularmente de cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras, sementes e nozes, diminuem a incidência de Linfoma e Doenças de Hodgkin.
Fonte: Cunninghan, AS – “Lymphomas and animal-protein consuption”- the Lancet – 2: 1184-86

Cogumelos shiitake tem forte efeito anti-tumoral, inibindo o crescimento de Sarcomas induzidos em ratos, resultando em quase completa regressão de tumores.
Fonte: Chihara, G et al – “Fractionation and purification of the polysaccharides with marked antitumor activity, especially lentinan from lentinus edodes (Berk) sing.(An edible mushroom)”- Cancer Research – 30: 2776-81 – 1970

Obs:Não será um alimento que irá prevenir ou colaborar na remissão ou cura do Câncer, mas sim a alimentação balanceada, composta de quantidades adequadas de todos estes alimentos de origem vegetal, que tem perto de 20 substâncias com potente efeito anti-tumoral conhecidas, sem ter os fatores promotores ou estimulantes do desenvolvimento do Câncer, que são as gorduras e produtos animais usados regularmente, principalmente carnes e derivados lácteos.

Vegetais marinhos (algas do tipo Kombu e mojaban) provocaram a regressão de 95% de Sarcomas implantados em ratos, tendo havido regressão completa em metade dos casos.
Fonte: Yamamoto et al – “Antitumor effects of Seaweeds” –Japanese Journal of Experimental Medicine – 44: 543-46 – 1974

Treze anos de pesquisa envolvendo 265.000 homens e mulheres, com mais de 40 anos, revelou que o uso diário de sopa com missô diminuiu 33% a incidência de Câncer de estômago na população japonesa.A população que nunca usou sopa com missô teve 43% mais mortes por Infarto e 29% mais mortes por Trombose cerebral.
Fonte: Hirayama, T – “Relationship of soybean paste soup intake to gastric Cancer risk” – Nutrition and Cancer – 3: 223-33 -1981

Obs: sopa com missô é tomada em pequena quantidade, servida em um pequeno pratinho, no final de cada refeição, composta de legumes, algas e tofu.Após pronta é acrescida de cebolinhas picada e missô a gosto.Missô é uma pasta de soja crua fermentada.Como é salgada é ela que irá salgar a sopa.
Como percebemos, a sopa contém várias substâncias anti-câncer, contida nos legumes, nas algas, no tofu e no missô.Nestes 2 últimos, inibidores da protease e isoflavonóides.O missô não se cozinha para não destruir os inibidores da protease.
As algas também podem ser comidas independentemente da sopa.
Os cogumelos shiitake devem ser acrescentados à sopa aumentando o seu efeito antitumoral.

Mastigar bem os alimentos, com calma, diminuiu o risco de Câncer, provavelmente porque a saliva misturada com os alimentos ativa mecanismos de proteção.
Fonte: Malhotra, SL – “Dietary factors in a study of Cancer colon from Cancer registry, with special reference to the role of saliva, milk, fermented milk products and vegetable fibre” – Medical Hypotheses – 3:122-26 – 1977

Homens que ingerem 500mg ou mais de colesterol por dia, têm duas vezes mais risco de Câncer de pulmão.O uso diário de ovos foi a causa principal.
Fonte: Shekelle et al – “Dietary cholesterol and incidence of Lung Cancer” – American Journal of Epidemiology – 134:480-84 – 1992

Brócoli, gengibre, cebola e outros vegetais contêm sulforafane, com poderosa ação anti-câncer em experimentos laboratoriais que aumentam a produção de uma enzima que neutraliza cancerígenos antes que eles provoquem o câncer.
Fonte: Talalay, P* - “Proceedings of the National Academy of Sciences” -1992(march) – 16

O consumo diário de brócoli, espinafre, repolho e laranjas, diminui a incidência de Câncer de bexiga em mulheres no Hawaí.
Fonte: Nomura, AMY – “Dietary factors in Cancer of the lower urinary tract” – International Journal of Cancer – 48:199-205

O consumo regular de cereais, leguminosas, legumes, verduras e frutas protegeram eficientemente contra o câncer de pulmão, depois de deixar o fumo, e, 24 das 25 publicações, contra câncer de esôfago em 28 dos 29 estudos, contra câncer de pâncreas e estômago em 26 dos 30 estudos, contra câncer colonretal e de bexiga em 23 dos 38 estudos, contra câncer de colo de útero, ovário e endométrio em 11 dos 13 estudos, contra câncer de mama em todos os estudos.
Fonte: Block, G et al – “Fruits, vegtables and Cancer prevention: a review of the Epidemiological evidence” – Nutrition na Cancer – 18: 1-19 – 1992

A mortalidade por Câncer de pâncreas está associada com aumento no consumo de carne, cigarros e bebidas alcoólicas.
Fonte: Zheng, W – “A cohort study of smoking, alcohol consuption and dietary factors for Pancreatic Cancer” – Cancer Causes and Control – 4: 477-82 – 1993

Um jovem de 14 anos desenvolveu severa anemia, por centralizar sua alimentação por 10 anos em batatas fritas, sorvetes, frutas e coca-cola, causando deficiência de vitamina B12.Corrigindo a dieta houve rápida melhora, normalizando a hemoglobina.
Fonte:Donaldson, D – “ Lessons to be learned: a case study approach.Vitamin B12 deficiency of nutritional origin” – JR Soc Health – 1997 – oct – 117: 5 310-2

Analisando 46.693 pessoas a partir dos 15 anos de idade, concluiu-se que quanto mais freqüente e maior o consumo de alimentos de origem vegetal menor incidência de Infarto do miocárdio, Bronquite, Asma brônquica, Úlcera péptica, Cálculos de vesícula, Cirrose hepática, Cálculos nos rins e Artrite.
*Johns Hopkins University School of Medicine
Fonte: La Vecchia, C et al – “Vegetable consumption and risk of chronic disease” – Epidemiology – 1998 (march) 9: 2 208-10

O óleo de oliva tem 14g de gorduras totais e 2, 25g de gorduras saturadas por colher de sopa.Três colheres de sopa de óleo de oliva, adicionadas a um prato de macarrão ou a uma salada, equivalem a 3 bolas de sorvetes em gorduras.Contribuem para a obesidade e sob o ponto de vista de prevenção de Infarto, quanto mais óleo de oliva se consumir, maior a quantidade de gorduras saturadas.O óleo de oliva é a melhor escolha que a manteiga ou a gordura de porco, mas melhor escolha ainda é eliminá-los a todos juntos.
Fonte: Ornish, D – “Low fat diets” – the New England Journal of Medicine – vol338 – nº2 – pag. 127 – jan 1998

As evidências epidemiológicas são fortemente sugestivas que o uso de peixe mais deu uma vez por semana, reduz significativamente o risco de crise asmática em crianças.
Fonte: Hodge, L et al – “Consumption of oily fish and childhood asthma risk” –Med J Aust – 1996 (Feb) 164: 3 137-40

Analisando vegetarianos e não vegetarianos, adventistas do 7º dia na Nova Zelândia, constatou-se:peso equivalente , pressão arterial maior nos não vegetarianos, mesmos níveis sanguíneos de vitamina B12 (embora os vegetarianos ingerissem quantidade menor), níveis de hemoglobina similar, ingestão de ferro maior nos vegetarianos (ferro não-heme) , consumo de vitamina C maior nos vegetarianos, menor risco, em ambos os grupos de doenças crônico degenerativas, que a média da população e níveis de ferro e vitamina B12 satisfatórios.
Fonte: Harman, SK et al – “The nutritional health of New Zealand vegetarian and non vegetarian Seventh-day Adventists: select vitamin, mineral and lipid levels” – NZ Med J – 1988(March) – 111: 1062 91-4

Analisando 54 casos de Retocolite ulcerativa e 33 casos de Doença de Crohn, comparados com 144 controles, constatou-se maior risco, com alto consumo de açúcar e gorduras, principalmente gorduras animais (queijo, manteiga, carne, ovos) e margarinas.A ingestão de alimentos de origem vegetal, principalmente frutas, foram associados com menor risco (Tel Aviv Sowrasky Medical Center).
Fonte: Rey, S et al – “Pre-illness dietary factors in inflammatory bowel disease” – GUT – 40 (6): 754-60 – 1997 (Jun)

Entre Hindus, o alto consumo de açúcar é associado com Doenças de Crohn.
Fonte: Probert, CS – “Diet of South Asians with Inflammatory bowel disease” – Arq. Gastroenterol. – 33(3): 132-5 – 1996 Jun-Sept

Na Itália, o alto consumo de açúcar aumenta o risco para Retocolite ulcerativa e Doenças de Crohn e os produtos animais aumentam significativamente o risco para Retocolite ulcerativa.
Fonte: Tragnone, A et al – “Dietary habits as risk factors for inflammatory bowel disease” – Eur J Gastroenterol Hepatol – 7(1): 45-51 – 1995 Jan

No Japão analisando 10.819 pacientes com Retocolite ulcerativa, constatou-se aumento na incidência a partir de 1975, coincidindo com o aumento no consumo diário de leite, queijo, manteiga e carne. Concluiu-se que a alimentação, não só fatores genéticos, origina o desenvolvimento da Retocolite ulcerativa.
Fonte: Kitahora, T et al – “Epidemiology study of ulcerative colites in Japan: incidence and familial occurrence.The Epidemiology Group of the Research Committe of Inflammatory Bowel Disease in Japan” – J Gastroenterol 30 Suppl – 8: 5-8 – 1995 Nov
No Japão, estudando 101 pacientes com Retocolite ulcerativa em 20 Hospitais e 143 controles, todos entre 10 e 39 anos, constatou-se que alimentos ocidentais para o desjejum, pão, manteiga, margarina, queijo, carnes, presunto, salsinha, eram significativamente relacionados com aumento no risco de Retocolite ulcerativa. Dos 6 itens, a margarina foi a mais positivamente e significativamente associada.Não houve associação com o consumo de comida japonesa, vegetais e frutas.Este estudo sugere que margarina e gorduras de alimentos animais, são fatores etiológicos no desenvolvimento da Retocolite ulcerativa.
Fonte: “A case-control study of ulcerative colites in relation to dietary and others factors in Japan.The Epidemiologic Group of the Research Committe of Inflammatory Bowel Disease in Japan” – J Gastroenterol – 30 Suppl – 8: 9-12 – 1995 Nov

O risco da Doença de Crohn, aumenta com uso excessivo de alimentos feitos com farinha refinada, pouco uso de legumes, verduras, grãos e frutas, uso de leite e derivados lácteos, excesso de açúcar e tabagismo.
Fonte: Prinazk, M et al – “Vyziva a Crohnova choroba (Nutrition and Crohn disease)” – Bratisl Lek Listy – 98(2): 107-10 – 1997 Feb

A incidência de Doenças de Crohn, aumentou no Japão entre 1966 e 1985, fortemente relacionada com o aumento no consumo de gorduras proveniente de produtos animais, margarinas, proteínas animais e proteínas do leite.Não foi relacionada com proteína do peixe e foi inversamente relacionada com proteínas vegetais.O aumento no consumo de proteína animal foi o fator isolado mais fortemente relacionada, sendo o segundo fator: o aumento no consumo de margarina.
Fonte: Shoda, R et al – “Epidemiologic analisys of Crohn disease in Japan: increased dietary intake of n-6 polyunsaturated fatty acids and animal protein relates to the increased incidence of Crohn disease in Japan” – Am J Clin Nutr – 63 (5): 741-5 – 1996 May

Na Itália a incidência de Doenças de Crohn e Retocolite ulcerativa, ocorre em pessoas com alto consumo de açúcar e proteína animal.
Fonte: Tragnone, A et al – “Dietary habits as risk factors for inflammatory bowel disease” – Eur J Gatroenterol Hepatol – 7(1): 47-51

Pessoas que sofrem de depressão consomem mais açúcar, o que pode estar relacionado com a manutenção da depressão.
Fonte: Christensen, L et al – “Comparison of nutrient intake among depressed and nondepressed individuals” – Int J Eat Disord – 20(1): 105-9 – 1996 Jul

Intolerância à lactose do leite está relacionada com Síndrome do cólon irritável, em pesquisa realizada em Roma, Itália.
Fonte: Vernia P;et al – “Lactose malabsorption and Irritable bowel syndrome: Effect of a long-term lactose-free diet” – Ital J Gastroenterol; 27 (3): 117-21 – 1995 Apr

O uso de cereais integrais diminui o risco de adquirirem-se Diabetes tipo II em mulheres, em estudo realizado em 65.173 mulheres entre 40 e 65 anos de idade, os autores recomendam o uso de cereais integrais para reduzir a incidência de Diabetes.
Fonte: Salmercn J;et al – “Dietary fiber, glycemic load, and risk of non-insuline-dependent diabetes mellitus in women” – JAMA;277(6): 472-7, 1997 Feb -12

Embora haja evidência de predisposição genética ao Câncer Cólon-retal, a alta incidência está relacionada com hábitos alimentares.As pesquisas revelam que alimentos vegetais diminuem o risco, carne aumenta o risco, não só pelo seu teor em gorduras, mas pelas aminas heterocíclicas produzidas pelo cozimento.Fitoquímicos de vários tipos são relevantes na proteção.A prática de esportes tem forte relação inversa com Câncer de Cólon.Pólipos adenomatosos têm os mesmos fatores de risco associando-se ao tabagismo.
Fonte: Potter J D – “Nutrition and Colorectal Cancer” – Cancer Causes Control; 7(1): 127-46, 1996 Jan

A prevenção de Pólipos intestinais consegue-se com o uso de cereais integrais, feijões, legumes, verduras e frutas, reduzindo-se também a recorrência de pólipos adenomatosos do intestino grosso, devendo-se também evitar produtos animais por seu teor em gorduras.
Fonte: Murphy P A; et al – “Monthly calendars as a tall for improving dietary record keeping” – J Am Diet Assoc; 97 (5): 536-8, 1997 May

Os mesmos fatores causais do Câncer Cólon-retal estão relacionados com polipos adenomatosos e hiperplásticos.A dieta é o principal fator de risco associado com o alcolismos e o tagismos.
Fonte: Kearney J; et al – “Diet, alcohol and smoking and the occorence of hyperplastic polyps of the Colon and Rectum” – Cancer Causes Control;6(1): 45-56, 1995 Jan

A ingestão de produtos animais é alta entre portadores de pólipos intestinais na Noruega, sendo sua dieta rica em colesterol associada com o tamanho dos pólipos e baixa em cereais integrais, legumes, verduras e feijões.
Fonte: Almendingen K; et al – “Dietary factors and Colorectal polyps: a case-control study” – Eur J Cancer Prev, 4(3): 239-46 – 1995 Jun

Uma relação muito forte existe entre o consumo de excesso de ovos e o risco de Câncer Cólon-retal em estudos epidemiológicos.
Fonte: Matthew J A; et al – “Egg consumption and risk markers for Colorectal neoplasia” – Eur J Cancer Prev, 4 (5): 425-8, 1995 Oct

Quando existem mecanismos genéticos que predispõem ao Câncer Cólon-retal, a dieta constitui importante fator na redução do risco.
Fonte: Zinbalat E H; Plummer A R – “Genetic and environmental factors in Colorectal carcinogenesis” – Dig Dis; 13(6): 365-78, 1995 Nov-Dez

Pessoas que sofrem de Demência, têm uma grande preferência por alimentos doces, os quais comem em excesso.
Fonte: Keene J M; et al – “Hyperphagia in Dementia: food choices and their macronutrients contents in hyperphagia Dementia and ageing” – Appetite – 28(2):167-75, 1997 Apr

Adolescentes cujos pais sofrem de Depressão e comportamento agressivo, têm em sua casa baixo consumo de vegetais e alto consumo de produtos animais, utilizando freqüentemente restaurantes “fast-food” e alimentos aperitivos.Estudo realizado em 841 adolescentes provenientes de lares nos quais haviam maus tratos.
Fonte: Su L J; et al – “Effects of parental mental health status on adolescents dietary behaviors” – J Adolesc Health; 20(6):426-33, 1997 Jun

Um alto consumo de alimentos doces, mostrou associação com Demência e Doenças de Alzheimer, bem como excesso de ingestão de alimentos.
Fonte: Cullen P; et al – “Eating disorders in Dementia” – Int J Geriatr Psychiatry; 12(5): 559-62, 1997 May

Dieta de alto teor em gorduras (produtos animais) e alto teor em açúcar, são fatores que podem aumentar o conteúdo lipídico dos micróbios, que produzem toxinas que provocam encefalopatia em doentes portadores de AIDS.
Fonte: Sood F H; et al – “Bartonellosis and human immunodeficiency disease (AIDS): L form persisters activating factors and mechanisms of disease” – Med Hypothesis; 48(6): 511-5, 1997 Jun

Uma diminuição no consumo de cereais, feijões, legumes e frutas, na Grã-Bretanha nos últimos 25 anos é um fator relacionado à prevalência de Asma neste período. O baixo consumo de produtos vegetais aumenta em 5 vezes o risco.
Fonte: Soutar A; et al – “Bronchial reactivity and dietary antioxidants” – Thorax 52(2): 166-70, 1997 Feb

A Diabete insulino dependente do lactente é desencadeada pela proteína do leite de vaca.Pode-se diminuir a incidência de Diabete insulino dependente, substituindo o leite de vaca em crianças de alto risco genético de adquirir esta doença.
Fonte: Carges W; et al – Universidade de Toronto – Canadá – “Immunological aspects of nutritional Diabete prevention in NOD mice”- Diabetes; 46(4): 557-64, 1995 Apr

A prevenção nutricional da Diabete, deve começar na vida fetal através da alimentação da mãe. Evitar alimentos refinados (arroz branco, farinha de trigo branca), gorduras saturadas (carne, queijo e manteiga) e vida sedentária. Comer pequenas quantidades, com maior freqüência, evitando grandes quantidades de alimentos, com menor freqüência. Utilizar cereais integrais.
Fonte: Wahiqvist M L – “Nutrition and Diabete” – Aust Fun Physician; 26(4): 384-9, 1997 Apr

A Diabete que é uma das doenças não comunicáveis, mais comum do mundo é produto da colisão entre herança genética e alimentação da sociedade moderna.A ingestão de açúcar que produz uma alta resposta glicêmica, de farinha de trigo refinada que aumenta a absorção de glicose e a falta de cereais integrais, feijões, legumes e verdura, que diminuem a absorção de glicose pelo seu teor em fibras e o excesso de gorduras (produtos animais) que aumenta a resistência à insulina, são os fatores causais.A correção destes fatores reduzirá incidência de Diabetes.
Fonte: Salmercn J; et al – “Dietary fiber, glicemic load and risk of NIDDM in men” – Diabetes Care; 20(4): 545-50, 1997 Apr

Existe uma estreita relação entre a proteína do leite de vaca e o desenvolvimento de Diabetes mellitus insulino dependente.
Fonte: Fachtembusch M; et al – “Antibodies to bovines serum albumine in type I Diabetes and other auto immune diseases” – Comment in Esp Clin Endocrinol Diabetes – 105(2): 86-91, 1997

A proteína do leite é o gatilho para o aparecimento de Diabetes mellitus insulino dependente em crianças.
Fonte: Malkani; et al – “Dietary Cow’s Milk protein does not altern the frequency of Diabetes in the BB rat” – Diabetes 46(7): 1136-40, 1997 Jul

A proteína da soja pode diminuir a resistência à insulina, atuando melhor quando faz parte de uma dieta baixa em gorduras.
Fonte: Iritani M; et al – “Dietary soy-bean protein increases insuline receptor gen expression in wistar fatty rat, when dietary poliunsatured fatty acids level is low” – J Nutr 127(6): 1077-83, 1987 Jun

A dieta atual está associada com Infarto do miocárdio, “Derrame” cerebral, Câncer de estômago, Cólon, Pâncreas, Próstata, Ovário e Endométrio. Tem ação fortemente promotora para o Câncer de cólon e mama devido ao seu teor de 40% em gorduras. Reduzindo-se o teor de gorduras para 10%, a ação promotora é baixa. As gorduraas que têm maior efeito promotor são as N-6-poli-não-saturadas (margarinas). As gorduras ômega-3 encontradas no peixe e óleo de peixe, tem um pronunciado efeito para o Câncer de cólon e mama. A incidência aumentada dessas doenças no Japão, coincidiu com a ocidentalização dos hábitos alimentares.
Fonte: Weisburger J H – “Dietary fat and risk of chronic disease; mechanistic insights from experimental studies” – J Am Diet Assoc; 97(7Suppl): S16-23, 1997 Jul

Grande consumo de proteínas animais, mas não de proteínas vegetais, foi associado com elevado risco de Linfoma não-Hodgkin. Isto deve-se ao consumo de carne vermelha, hambúrger em particular. Houve um baixo risco deste tipo de Câncer com grande consumo de frutas e vegetais. Concluiu-se neste estudo, da Universidade de Iowa, que a alimentação com alto consumo de carne e gorduras animais está associada com alto risco de Linfoma não-Hodgkin em mulheres idosas.
Fonte: Chiu B C; et al – “Diet and risk of non Hodgkin Lymphoma in older women” – JAMA; 275(17): 1315-21, 1996 May 1

O alto consumo de proteína animal e leite foi associado com Linfoma não-Hodgkin. O alto consumo de legumes, verduras e frutas, foi inversa e significamente relacionado com Linfoma não-Hodgkin em homens. Pessoas com história familiar de Câncer, particularmente Câncer linfático ou no sangue, têm maior risco quando comem menor quantidade de alimentos vegetais como cereais, leguminosas, legumes, verduras e frutas.
Fonte: Ward M H; et al – “Dietary factors and non-Hodgkin’s Lymphoma in Nebraska (United States)” – Cancer Causes Control; 5 (5):422-32, 1994 Sep

O consumo de alimentos de origem vegetal tem um consistente efeito protetor para todos os Cânceres de origem epitelial, como: de esôfago, fígado, laringe, mama, trato digestivo alto e respiratório alto, cavidade oral e faringe.
Fonte: Negri E;et al – “Vegetable and fruit comsumption and cancer risk” – Int J Cancer; 48(3): 350-4, 1991 May 30

Homens não fumantes com baixos níveis sangüíneos de vitaminas E, betacaroteno, retinol e selênio têm um risco 12 vezes maior de adquirir Câncer de pulmão.
Fonte: Knekt P –“Vitamin E, smoking and risk of Lung cancer” – Ann N Y Acad Sci 686:280-7, 1993 May 28

O consumo de cereais integrais reduz o risco de Câncer e Doenças cardiovasculares, especialmente Câncer de estômago e cólon. Os componentes dos cereais integrais que têm ação protetora contra o Câncer, são diversos, como: fibra alimentar, anti-oxidantes como: minerais traço, compostos fenólicos e compostos fitoestrógenos.Muitos dos fatores protetores dos cereais integrais são também encontrados nos legumes, verduras, frutas e leguminosas, mas alguns compostos protetores são mais concentrados nos cereais aderem em substâncias cancerígenas, eliminando-as e tem efeito modular na absorção de glicose.
Fonte: Slavin J; et al – “Whole-grain comsumption and chronic disease: protective mechanisms” – Nutr Cancer, 27(1): 14-21, 1997

Uma dieta, de alto risco para se adquirir Câncer, contém alto teor de carnes e deficiência de cereais, legumes e frutas. Nestes alimentos existem vários micronutrientes e substâncias com propriedades de inibir o aparecimento do Câncer.
Fonte: Lee H P – “Diet and Cancer: a short review” – Ann Acad Med Singapore; 22(3): 355-9, 1993 May

Uma dieta composta de cereais integrais, legumes, verduras, sementes e frutas, substituindo-se carne por feijão, reduz o risco de Infarto, Diabetes, Obesidade e Câncer. O feijão é o substituto ideal da carne. Os feijões fornecem proteínas, carboidratos complexos, fibras, vitaminas e sair minerais essenciais, tem baixo teor de gorduras, sódio e não contém colesterol.
Fonte: Geil P B et al – “Nutrition and health implications of dry beans a review” – J Am Coll Nutr; 13 (6): 549-58, 1994 Dec

A dieta moderna aumenta significativamente o risco de Câncer de cólon e de reto.O consumo de arroz tem efeito protetor contra o Câncer de cólon e de reto.A constipação intestinal aumenta o risco de Câncer de cólon.O consumo de café aumenta o risco de Câncer de reto.
Fonte: Kotake K; et al – “Relation of family history of cancer and environmental factors to the risk of colorectal cancer: a case-control study” – Jpn J Clin Oncol; 25(5): 195-202, 1995 Oct

A dieta com ácidos graxos poli-não-saturados ômega-3, encontrados no peixe e nos vegetais, aumentou a proporção de linfócitos T-helper e T-supressor 40 dias após o seu início, tendo efeito benéfico em aumentar a imunidade em pacientes sofrendo de tumores sólidos.
Fonte: Gogos C A; et al – “The effect of dietary omega-3 polyunsaturated fatty acids on T-lymphocite subsets of patients with solid tumors” – Cancer Detect Prev; 19 (5): 415-7, 1995

O uso de leite, queijo, manteiga, ovos e/ou carne vermelha aumenta o risco de Câncer de pulmão em não-fumantes, 23% dos casos de Câncer de pulmão nos EUA poderiam ser evitados ou prevenidos se aqueles alimentos fossem evitados.
Fonte: Alavanja M C; et al – “Estimating the effect of dietary fat on the risk of lung cancer in nonsmoking women” – Lung Cancer; 14Suppl 1: S63-74, 1996 Mar

Um estudo dos hábitos alimentares mostrou que em homens o risco de Câncer de pulmão foi reduzido pelo consumo de legumes, verduras e frutas. O risco foi significativamente aumentado com o consumo de alimentos fritos.
Fonte: Lei Y X; et al – “Some lifestyles factors in human lung cancer: a case-control study of 792 lung cancer cases” – Lung Cancer; 14Suppl 1: S121-36, 1996 Mar

Derivados lácteos como o queijo e manteiga foram associados com alto risco de Câncer de rim para mulheres. O risco foi maior em mulheres que bebiam mais de um copo de leite por dia, comparado com as que nunca bebiam leite. Os derivados lácteos estão associados com o risco de Câncer de rim.
Fonte: Mellengard A; et al – “Dietary risk factors for renal cell carcinoma in Denmark” – Eur J Cancer; 32A (4): 673-82, 1996 Apr

Dietas ricas em anti-oxidantes, de cereais, leguminosas, legumes, verduras, frutas e óleos vegetais, reduzem o risco de morte prematura por Doença cardiovascular e Câncer.O uso isolado de multivitaminas não reduz o risco.Os benefícios para a saúde dos anti-oxidantes dependem da interação com outros anti-oxidantes e não-oxidantes, contidos dos alimentos.
Fonte: Gey K F – “Cardiovascular disease and vitamins.Concurrent correction of ‘suboptimal’ nutrition, help to prevent early stages of cardiovascular disease and cancer, respectively” – Bibl Nutr Dieta; (52): 75-91, 1995

Os cereais integrais, legumes, verduras, sementes e frutas secas, contém uma apreciável quantidade de fenóis, estando associados com uma baixa incidência de Câncer em seres humanos e, experimentalmente em animais.
Fonte: Newmark H L – “Plant phenolics as pontetial cancer prevention agents” Adv Exp Med Biol; 401: 25-34, 1996

O uso do açúcar aumenta o riso de Câncer de vesícula biliar, por influir na composição da bile. O consumo dos alimentos de origem vegetal diminui o risco.
Fonte: Moerman C J; et al – “Consumption of foods and micronutrients and the risk of cancer in the billiary tract” – Prev Med; 24(6): 591-602, 1995 Nov

Em 200 estudos realizados, houve a conclusão que o baixo risco de Câncer relaciona-se com o alto consumo de cereais integrais, legumes, verduras, sementes, frutas e o baixo consumo de alimentos animais.
Fonte: Potter J D – “Cancer prevention: epidemiology and experiment” – Cancer Lett; 114(1-2): 7-9, 1997 Mar

Tabagismo e alcoolismo são altamente associados com o risco de Câncer oral. Cerveja e bebidas fortes ocasionam maior risco do que saquê. O fumo com bebidas alcoólicas ocasiona três vezes maior risco do que somente o fumo. A ingestão diária de legumes, isto é, vegetais de raízes e frutas estão inversamente associados com o risco de Câncer oral.
Fonte: Takezaki T; et al – “Tobaco, alcohol and dietary factors associated with the risk of oral cancer among Japanese” – Jpn J Cancer Res; 87(6): 555-62, 1996 Jun

A alimentação é o maior e mais importante fator ambiental para o aparecimento do Câncer. O Câncer de mama, útero e ovário na mulher e próstata no homem, são positivamente correlacionados com o alto consumo de alimentos animais, alto consumo de gorduras e excesso de peso. O tecido adiposo é a maior fonte de estrógeno extra-glandular, aumentando o risco de Câncer em tecidos hormonais. A fibra alimentar dos cereais integrais, feijões, legumes e verduras, diminuem o risco desses Cânceres, por influenciar o metabolismo dos estrógenos, sua recirculação e excreção. O beta-caroteno diminui o risco de Câncer de próstata. A deficiência de iodo aumenta o risco de Câncer de tireóide em seres humanos e animais de experimentação. O excesso de proteínas induz o aparecimento de tumores.
Fonte: Rao G N – “Influence of diet on tumors of hormonal tissues” – Prog Clin Biol Res; 394: 41-56, 1996

O consumo de alimentos de origem vegetal, fortemente, sugere uma ação preventiva para o Câncer, sendo que o seu consumo é baixo nos pacientes que desenvolvem Câncer. Tem efeito preventivo: os vegetais de raízes, folhas verdes, crucíferos, cenouras, brócoli, repolho, pepino, tomate, frutas frescas e outros. Alimentos concentrados em fitoestrógenos, particularmente a soja, que contém isoflavonas e outros grãos, estão associados com baixos riscos de Cânceres relacionados com hormônios, como o de mama, ovário e próstata. Os compostos contidos nas folhas, raízes, grãos e sementes, que têm potente efeito anticâncer, são os carotenóides, vitamina C, vitamina E, selênio, fibras, dithioltiones, isotiocianatos, indóis, fenóis, inibidores da protease e compostos do alho. O consumo de dietas baixas nestes alimentos de origem vegetal resulta em uma reduzida ingestão destes compostos, o que aumenta o risco de Câncer. Na presença de uma dieta e estilo de vida alto em cancerígenos derivados de contaminação por: fungos, cozimento, cigarro, sal e álcool, o risco de Câncer de origem epitelial é muito alto.
Fonte: Potter J D – “Vegetables, fruit and phytoestrogens as preventive agents” – IARC Sci Publ; (136): 61-90, 1996

O flavonóide quercetina inibe a carcinogênese química em roedores e têm ação protetora em seres humanos. Quercetina é altamente concentrada em maçãs, cebolas e chás.
Fonte: Gross M; et al – “The quantitation of metabolites of quercetin flavonols in human urine” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 5(9): 711-21, 1996 Sep

Carnes, ovos e derivados lácteos, com alto teor em gorduras saturadas, aumentam o colesterol e o risco de arteriosclerose, são a maior causa de Obesidade e Hipertensão, Diabetes e Cálculo de vesícula biliar, aumentam o riso de Câncer de mama por aumentar os estrógenos no sangue. Dietas com baixo teor em gorduras e em produtos animais, com cereais integrais têm o potencial de diminuir a morbidade e a mortalidade substancialmente.
Fonte: Kuller L H – “Dietary fat and chronic diseases: epidemiologic overview” – J Am Diet Assoc; 97(7 Suppl): S9-15, 1997 Jul

A microalga azul e verde ‘Spirulina’ é uma fonte rica de proteínas, carotenóides e tem efeito inibidor contra o Câncer da cavidade oral.
Fonte: Mathew B; et al – “Evaluation of chemoprevention of oral cancer with Spirulina fusiforms” – Nutr Cancer; 24 (2): 197-202, 1995

O selênio tem atividade protetora contra o Câncer em seres humanos. Deve ser proveniente de alimentos naturais e não de suplementação farmacêutica, que pode ocasionar selenose. Sua deficiência, por outro lado, causa efeitos deletérios no sistema imunológico, permitindo infecções a vírus.
Fonte: Patterson B H; et al – “Natturaly occuring selenium compounds in cancer chemoprevention trials: a workshop summary” – Cancer Epidemiol Ciomarkers Prev; 6(1): 63-9, 1997 Jan

A prevenção do Câncer através dos alimentos pode ser eficiente, mas através de componentes isolados destes alimentos mostrou-se ineficiente.
Fonte: Mettlin C – “Chemoprevention: will it work?” – Int J Cancer; Suppl 10P: 18-21, 1997

Os micronutrientes quimiopreventivos dos alimentos de origem vegetal inibem a iniciação, promoção e progressão do Câncer, prevenindo, retardando ou revertendo o processo da carcinogênese.
Fonte: Reddy B S – “Micronutrients as chemopreventive agents” – IARC Sci Publ; (139): 221-35, 1996

Aproximadamente 5.000 mortes por Câncer de bexiga, na Itália, poderiam ser prevenidas pela eliminação do cigarro, café e pela maior ingestão de alimentos de origem vegetal.
Fonte: D’ Avanzo B; et al – “Attributble risks (Ars) for bladder cancer in northern Italy” – Ann Epidemiol; 5(6): 427-31, 1995 Nov

A mortalidade por Câncer de mama e cólon-retal, em 24 países europeus, foi relacionada com o consumo de alimentos animais, pela gordura animal, mas não foi relacionada com a gordura vegetal.As evidências sugerem que, o óleo de peixe está relacionado com proteção contra os efeitos de promoção da gordura animal, na origem do Câncer de mama e cólon.
Fonte: Caygill C P; et al – “Fat, fish, fish oil and cancer” – Br J Cancer, 74(1): 159-64, 1996 Jul

O risco de Câncer de pulmão em mulheres não fumantes, na China foi negativamente associado com o consumo de cereais, soja, vegetais, frutas, ricos em vitamina C e beta-carotenos e foram positivamente associados com químicas voláteis, emitidas de óleos utilizados em frituras.
Fonte: Gao Y T – “Risk factors for lung cancer among nonsmokers with emphasis on lifestyle factors” – Lung Cancer; 14Suppl 1: S39-45, 1996 Mar

O beta-caroteno e o selênio da dieta, previnem o Câncer de pâncreas induzido em ratos, pelo azaserine em qualquer fase da carcinogênese.
Fonte: Appel M J; et al – “Effects of dietary beta-carotene and selenium on initiation and promotion of pancreatic carcinogenesis in azaserine-treated rats” – Carcinogenesis 17(7): 1411-6, 1996 Jul

Um estudo caso-controle, de 139 mulheres em Câncer de mama comparados com 136 controles, revelou que a ingestão de cereais, feijões, legumes e verduras, tem efeito protetor, enquanto a excessiva ingestão de carne, óleos e outras gorduras, acima de 46% das calorias totais, são fatores de risco para esta doença.
Fonte: Carbajal A; et al – “Estudio de caso-control de lar relación dieta y câncer de mama en una muestra procedente de tres poblaciones hospitalarias españolas.Repercussión del consumo de alimentos, energía y nutrientes” – Rev Clin Esp; 196(2):75-81, 1996 Feb

Um aumento no risco de Câncer de estômago foi encontrado com a ingestão de gorduras animais, açúcar, bolos, sobremesas e tortas doces.Um risco reduzido foi observado com o consumo de vegetais de raízes, frutas frescas, óleo vegetal, massas e arroz.
Fonte: Pobel D; et al –“A case-control study of gastric cancer and nutritional factors in Marseille, France” – Eur J Epidemiol;11(1): 55-65, 1995 Feb

A incidência de Câncer de estômago em japoneses, vivendo no Hawaí, é de 1/3 da população que vive no Japão;8.000 homens foram estudados por 25 anos, tendo ocorrido 250 casos de Câncer de estômago, revelando:
1.Infecção por Helicobacter pylori, aumentando o risco de Câncer de estômago;
2. Fumar cigarros foi positivamente associado com Câncer de estômago;
3. Excluindo o fumo, a ingestão de álcool não foi relacionada.
Fonte: Nomura A M; et al – “Gastric cancer among the Japanese in Hawaii” – Jpn J Cancer Res; 86(10): 916-23, 1995 Oct

Uma forte relação foi encontrada entre a ingestão de ovos e o risco de Câncer cólon-retal, em vários estudos epidemiológicos.
Fonte: Mathew J A; et al – “Egg consumption and risk-markers for colorectal neoplasia” – Eur J Cancer Prev; 4(5): 425-8, 1995 Oct

Estudos epidemiológicos e nutricionais, são consistentes de que a origem do Câncer cólon-retal é proveniente de interações entre suceptibilidade genética, fatores ambientais e fatores alimentares.Entre os fatores alimentares que reduzem o risco de Câncer de cólon, estão a alta ingestão de fibra alimentar, proveniente de cereais integrais, que reduzem a concentração e excreção dos sais biliares primários e secundários nas fezes.
Fonte: Alberts D S;et al – “Randomized, double-blinded, placebo-controlled study of effect of wheat fiber and calcium on fecal bile acids in patients with resected adenomatous polyps” – J Natl Cancer Inst; 88(2): 67-9, 1996 Jan 17

Compostos polifenóis antioxidantes, como as catequinas e flavonóides, são abundantes no chá verde e chá preto, tendo sido observado que tem propriedades anticarcinogênicas em culturas de célula e em modelos animais.
Fonte: Goldbohm RA; et al – “Consumption of black tea and cancer risk: a prospective cohort study” – J Natl Cancer Inst; 88(2):93-100, 1996 Jan 17

Ácidos graxos ômega-3 rico nos peixes, mas também encontrados no reino vegetal, estão relacionados com uma baixa incidência de Câncer.Suas propriedades anti-tumorais, os fazem importantes em combinação com terapias anticâncer.
Fonte: Jenski L J; et al – “Omega-3 fatty acids containing liposomes in cancer therapy” – Proc Soc Exp Biol Med; 210(3):227-33, 1995 Dec

Foram estudados 1185 casos histopatologicamente comprovados de Câncer renal, em comparação com 1526 controles.Uma associação significativa foi observada com excesso de alimentação, com uso de carnes fritas.Foram observados efeitos protetores, com alta ingestão de vegetais e frutas, como laranjas e vegetais verdes e amarelos.
Fonte: Wolk A; et al – “International renal cell study. VII. Role of diet”- Int J Cancer;65(1): 67-73, 1996 Jan 3

Estudos epidemiológicos revelaram que o Câncer de pulmão, mama e cólon, aumentou 3 vezes em mulheres japonesas, entre 1950 e 1955.Durante este período, o consumo de arroz diminuiu 70%, o consumo de leite aumentou 15 vezes, o consumo de carne, ovos e frango aumentou 8 vezes.Em contraste, em Okinawa, persiste alta proporção de centenários, com alimentação de baixo teor em sal e açúcar, alta proporção de alimentos e proteínas de origem vegetal.
Fonte: Kagawa, Y – “Impact of Westernzation on the Nutritional of Japan” – Prev Med;7: 205-17, 1978

Estudo de 3 gerações, de imigrantes japoneses para os EUA, revelou que a incidência de Câncer de cólon tornou-se igual ao da população americana, 4 vezes maior que a incidência de Câncer de cólon no Japão.Portanto, o Câncer de cólon depende de fatores alimentares e não genéticos, pois os imigrantes japoneses, após uma ou duas gerações, assimilando os hábitos alimentares de sua nova pátria, passam a ter o mesmo espectro de Cânceres da população local.
Fonte: Kurihara M, et al – “Studies of Japanese migrants” – J Natl Cancer Inst; 40: 43-68

Homens na Finlândia têm uma das menores incidências de Câncer de cólon, 1/3 da incidência nos EUA.Alimentam-se de grãos de cereais integrais, pão de centeio integral, tendo evacuações volumosas, 3 vezes mais pesadas dos que nos demais países ocidentais.Porém, os homens na Finlândia consomem grande quantidade de gordura, das carnes e derivados lácteos, tendo a maior incidência no mundo de Infarto de miocárdio.
Fonte: Englyst H N;et al – “Nonstarch Polyunsaccharide concentratios in four scandinavians populations” – Nutr and Cancer; 4: 50-60, 1982

Na Noruega, examinado 155 pessoas perto de 50 anos de idade, encontrou em metade, pólipos de cólon, a outra metade sem pólipos, comia mais vegetais crucíferos.Quanto menos vegetais crucíferos consumidos, maior o risco de pólipos;sendo maiores e mais anormais, quanto menor a ingestão de vegetais crucíferos.
Fonte: Hoff G; et al – Scandinavian J Gastroenterol;21:199, 1986

Alta ingestão de alimentos ricos em ácido fólico, como verduras, legumes e cereais integrais, estão associadas com baixa incidência de Câncer, em estudos de caso-controle internacionais.Deficiência de ácido fólico, em estudos experimentais, causa lesões de DNA, originando células cancerosas.O baixo nível de ácido fólico, na moderna dieta norte-americana, pode ser uma das razões da alta incidência de Câncer na América do Norte.
Fonte: Jennings E – “Folic acid as a cancer-prevent agent” – Med Hypotheses; 45(3): 297-303, 1995 Sep

O risco aumentado de Câncer de mama, está associado ao consumo de carne e derivados lácteos à gorduras saturadas.O efeito mais forte foi observado com carne vermelha, em estudos de caso-controle, realizado no Uruguai.
Fonte: Ronco A; et al – “Meat, fat and risk os breast cancer: a case-control study from Uruguay” – Int J Cancer; 65(3):328-31, 1996 Jan 26

Em 208 casos de Câncer, em várias localizações, comparados com 156 controles, os níveis de beta-caroteno, vitamina C e vitamina E no sangue, foram significativamente mais baixos nos portadores de Câncer no que nos controles.
Fonte: Torum M; et al – “Serum beta-carotene, vitamin E, vitamin C and malondialdehyde levels in several types of cancer”-J Clin Pharm Ther; 20(5):259-63, 1995 Oct

Foram estudados 911 ratos, metade alimentados ad libitum e a outra metade com restrição alimentar, sendo que a incidência de tumores foi 89% nos ratos alimentados ad libitum e 64% nos ratos com restrição alimentar.Os Linfomas incidiram em 9% dos ratos com restrição alimentar e 29% dos ratos alimentados ad libitum, os tumores de hipófise 1% versus 37%, de tireóide 0, 4% versus 8%, tumor hepatocelular 1% versus 10% (foi realizado necrópsia nos ratos após 6 meses).
Fonte: Blackwell B N;et al –“Longevity, body, weight, and neoplasia in ad libitum-fed and diet-restricted C57BL6 mice fed NIH-31 open formula diet”- Toxicol Pathol;23 (5): 570-82, 1995 Sep-Oct

O consumo de produtos rotulados ‘Sem colesterol’, em conjunto com a alimentação de alto teor em gorduras (alimentos de origem animal), não previnem as doenças cardiovasculares.
Fonte: Mc Namara D J –“Dietary cholesterol and the optimal diet for reducing risk of atherosclerosis” – Can J Cardiol; 11 Suppl G: 123G-126G, 1995 Oct

Alimentação semelhante à recomendação, efetivamente altera o nível de colesterol no sangue e previne as Doenças cardiovasculares.
Fonte: Wolfe BM –“Potential role of raising dietary protein intake for reducing risk of atherosclerosis” – Can J Cardiol; 11Suppl G: 127G-131G, 1995 Oct

Embora a natureza das doenças seja multifatorial, hábitos alimentares inapropriados sobrepostos a fatores genéticos, provocam o aparecimento das mesmas.
Fonte: Nestel P J – “Controlling coronary risk through nutrition” – Can J Cardiol; 11Suppl G: 9G-14G, 1995 Oct

A porcentagem de gorduras sendo diminuídas das calorias totais de 39% para 23%, seguindo as recomendações da ‘pirâmide dos alimentos’, em membros da Força Aérea Americana, associadas a exercícios físicos, abaixou o nível de colesterol no sangue e, de gorduras totais em comparação ao grupo controle, resultou em significativa redução no risco para Doenças cardiovasculares e aumentou a resposta a exercícios físicos.
Fonte:Gambera P J; et al – “Use of the Food Diet Pyramide and US Dietary Guidelines to improve dietary intake and reduce cardiovascular risk in active-duty Air Force members” – J am Diet Assoc;95(11):1268-73, 1995 Nov

A gordura ômega-3, encontrada no peixe e no reino vegetal, tem múltiplos benefícios antiarrítmicos, sendo testada em arritmias de pouca gravidade.
Fonte: Sellmayer A;et al – “Effects of dietary fish oil on ventricular premature complexes” – Am J Cardiol; 76(12): 974-7, 1995 Nov 1

Foram estudados 2107 homens durante 30 anos, com relação ao risco de Trombose cerebral fatal e não fatal; e a ingestão diária de peixe. Ocorreram 76 mortes por Trombose cerebral. Os homens que consumiam maior quantidade diária de peixe (35g/dia), tiveram maior índice de mortalidade, em relação ao grupo que comia 18 a 34g por dia ao terceiros grupo que comia 1 a 17g por dia. Conclui-se que o consumo excessivo de peixe, por seu teor em gorduras saturadas, aceleram a arteriosclerose, causando alto índice de Acidente vascular cerebral (23/ 10mil pessoas/ ano).
Fonte: Orencia A J; et al – “Fish consumption and stroke in men. 30 year findings of the Chicago Western Electric Study” – Stroke; 27 (2): 204-9, 1996 Feb

Foi analisado, o consumo de peixe e frutos do mar, na prevenção de Doenças cardiovasculares em 21.185 médicos do sexo masculino, durante 4 anos.Houve 281 casos de Infarto, 173 casos de Trombose cerebral e 121 mortes por estas doenças cardiovasculares.Não houve associação entre a ingestão de peixe e qualquer doença cardiovascular , incluindo Trombose cerebral e Infarto do miocárdio.
Fonte: Morris M C; et al – “Fish consumption and cardiovascular disease in the physicians health study: a prospective study” – Am J Epidemiol; 142(2): 166-75, 1995 Jul 15

Dietas com excesso de frutas, causam hipertensão arterial em ratos, aumentam a resistência à insulina, aumentam os níveis de insulina e os níveis de triglicérides, o que não ocorre em ratos com estenose de artéria renal, induzindo a hipertensão.
Fonte: Dall’ Aglio E;et al – “Comparison of the metabolic changes in rats with hypertension secundary to fructose feeding or renal artery stenosis¨- Am J Hypertens; 8(5 Pt 1): 524-7, 1995 May

Os flavonóides previnem a arterioesclerose, fazendo parte de uma dieta balanceada, com cereais integrais e poucos produtos animais (gorduras), associados a parar de fumar e a exercícios físicos e não usados isoladamente.
Fonte: Wedworth S M; et al – “Dietary flavonoides in atherosclerosis prevention” – Ann Pharmacother; 29 (6):627-8, 1995 Jun

As estimativas são: que as mortes por Câncer, podem ser evitadas entre 10 a 70% dos casos, dependendo da adesão às modificações na dieta alimentar.
Fonte: Willet W C – “Diet, nutrition, and avoidable cancer” – Environ Health Perspect; 103 Suppl 8:165-70, 1995 Nov

O câncer é largamente uma doença prevenível, devendo-se afastar os fatores de risco, como: o fumo, álcool, radioatividade, medicações, poluição ambiental e agentes infecciosos; e principalmente, corrigir a dieta, particularmente em pessoas geneticamente susceptíveis.
Fonte: Davis D L; et al – “Estimating avoidable causes of cancer” – Environ Health Perspect; 103 Suppl 8:301-6, 1995 Nov

O consumo de carne aumenta o risco de Câncer de próstata e o consumo de legumes e verduras, está associado com a diminuição do risco. Aparentemente, o consumo de pequena quantidade de peixe, não diariamente, tem efeito protetor.
Fonte: Ewings P;et al – “A case-control study of cancer of the prostate in Somerset and east Devon” – Br J Cancer, 74(4):661-6, 1996 Aug

O consumo de soja está associado com reduzida incidência de Câncer de mama, próstata e cólon, o que possivelmente está associado com a presença de isoflavonas, que têm fraco efeito estrogênicoe é anticarcinogênico.O consumo de dieta com soja, contém fitoestrógenos, que reduzem os esteróides ovarianos circulantes, os andróginos adrenais e aumentam o ciclo menstrual.Estes efeitos podem estar relacionados, em parte, com o baixo risco de Câncer de mama, constatado em populações que consomem soja regularmente.
Fonte: Lu L J; et al – “Effects of soya consumption for one month on steroids hormones in premenopausal women: implications for breast cancer risk reduction” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 5(1): 63-70, 1996 Jan

Quanto maior a ingestão de alimentos ricos em provitamina A, legumes, verduras e frutas, menor o risco de Câncer de bexiga. O risco aumenta com o aumento no consumo de frituras.
Fonte: Bruemmer B; et al – “Nutrient intake in relation to bladder cancer among midle-aged men and women” Am J Epidemiol; 144(5): 485-95, 1996 Sep 1

Quanto maior o consumo de vegetais verdes e cenouras, menor o risco de Câncer de vulva.
Fonte: Parazzini F; et al – “Selected food intake and risk of vulvar cancer” – Cancer; 76(11): 2291-6, 1995 Dec 1

Estudando os fatores causais de Câncer de mama, em 66 países, concluiu-se que existe uma forte associação entre o consumo de produtos animais, como: carnes e derivados lácteos e à mortalidade por Câncer de mama. Cereais oferecem efeitos protetores.
Fonte: Hebert J R; et al – “Nutritional, socioeconomic, and reprodutive factors in relarion to female breast cancer mortality: findings from a cross-national study” – Cancer Detect Prev; 20(3): 234-44, 1996

Quanto mais precoce a primeira menstruação, maior o risco futuro de Câncer de mama. A primeira menstruação (menarca) ocorre mais cedo, devido à alimentação de alto teor gorduroso, que causa distúrbios hormonais.
Fonte: Henderson M M – “Nutritional aspects of breast cancer” – Cancer; 76 (10Suppl): 2053-8, 1995 Nov 15

O risco de Câncer de pâncreas diminui acentuadamente com o consumo de vegetais, frutas, cereais integrais, micronutrientes, abundantes em fontes vegetais, como: vitamina C e caroteno. O risco de Câncer de pâncreas aumenta com maior freqüência no consumo de vegetais em conserva, frituras, carnes assadas, grelhadas e defumadas, fontes de nitrosaminas, hidrocarbonatos aromáticos policíclicos e aminas aromáticas heterocíclicas, todos cancerígenos.
Fonte: Ji B T;et al – “Dietary factors and the risk of pancreatic cancer: a case-control study in Shangai China” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 4(8): 885-93, 1995 Dec

Fenil isotiocianato, que é liberado ao mastigar-se o agrião, é um agente quimiopreventivo contra Câncer de pulmão, induzido pelo carcinógeno específico do cigarro, metil nitrosamino 1-3 piridil-1 butanona.Fenil isotiocianato inibe a carcinogenidadde, inibindo a ativação metabólica do cancerígeno e aumentando os níveis dos metabólitos detoxificados excretados na urina.Foram estudados 11 fumantes, sendo colhidas suas urinas, sem a ingestão do agrião.Após consumir 56g de agrião em cada refeição por 3 dias, foi novamente colhida a urina, pesquisando-se os metabólitos do cancerígeno do cigarro;7 dos 11 fumantes tiveram um aumento dos níveis do catabólito do cancerígeno na urina, durante o período de ingestão do agrião.Portanto, o fenil isotiocianato do agrião e outros vegetais crucíferos, inibem o metabolismo oxidativo do cancerígeno citado, em seres humanos, assim como havia sido constatado em roedores, impedindo sua ação em ocasionar Câncer de pulmão.
Fonte: Hecht S S; et al –“Effects of watercress consumption on metabolism of a tobacco-specific lung cancinogen in smokers” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 4(8): 877-84, 1995 Dec

O aumento no risco de Câncer de próstata, está associado com a cerveja, carne e leite. Isto parcialmente ocorre pela presença de conservantes compostos N-nitrosos na cerveja.
Fonte: De Stephani D; et al – “Tobacco, alcohol, diet and risk of prostate cancer” – Tumori; 81(5): 315-20, 1995 Sep-Oct

De acordo com recomendações da National Academy of Sciences, American Cancer Society e US Departament of Health and Human Services, para evitar o Câncer, deve-se ter uma dieta variada, incluindo cereais integrais, feijões, legumes, verduras, frutas, sementes; eliminar ou reduzir ao máximo alimentos animais, carnes e derivados lácteos, limitar o consumo de bebidas alcoólicas, conservas em sal, alimentos defumados, alimentos curados com nitritos, cuidados com aditivos alimentares, consumir alimentos ricos em vitamina E e selênio, limitar os adoçantes artificiais, reduzir o café, evitar cozimentos em altas temperaturas e frituras, eliminação de cigarro.A prevenção requer a ação combinada destes fatores.
Fonte: López Andreu J A; et al – “El pediatra y la prevención oncológica.Factores dietéticos y tabaquismo” – Na Esp Pediatr; 45 (1): 6-13, 1996 Jul

Analisando 41.837 mulheres de idade, entre 45 e 69 anos, encontrou-se 212 casos de Câncer de cólon, constatou-se que o consumo de alho diminuiu o risco de Câncer de cólon, bem como: outros vegetais e cereais integrais.
Fonte: Steinmetz K A;Kushi L H ; el al –“Vegetables, fruit and colon cancer in the Iowa Women’s Health Study” – Am J Epidemiol; 139(1): 1-15, 1994 Jan 1

No inverno forte, as necessidades nutricionais são diferentes, devidos as demandas energéticas maiores que, se não atendidas, podem causar diminuição da imunidade.Ocorre aumento nas concentrações de cortisona no sangue, em resposta ao stress do frio, que compromete a função imunológica e acelera os mecanismos catabólicos.Portanto, o padrão alimentar deve variar em função do clima.
Fonte: Nelson R J; el al –“Seasonal changes in immune function”- Q Rev Biol; 71(4):511-48, 1996 Dec

Milhões de pessoas, usualmente em áreas urbanas, estão expostas à poluição atmosférica, causada por indústrias pesadas, sem adequada tecnologia e controle de emissão de poluentes, aumentando o risco de Câncer.
Fonte: Jedrychowski W; et al –“Environmental pollution in centra and eastern European countries: a basis for cancer epidemiology” – Rev Envirom Health; 12(1):1-23, 1997 Jan-Mar

A adição de pequena quantidade de alimentos de origem animal, as crianças submetidas a uma dieta ‘macrobiótica’, melhorou o crescimento e ganho ponderal.
Fonte: Staveren W A; et al –“Catch-up growth in children fed a macrobiotic diet in early childhood” – J Nutr; 126 (12): 2977-83, 1996 Dec

O consumo de bebidas alcoólicas, está relacionada com o aumento do risco de Câncer. Relações sexuais em uma idade precoce, com múltiplos parceiros, estão associadas com o aumento no risco de Câncer de cólon de útero. O principal fator causal de Câncer de pele, incluindo os melanomas, é a radiação ultravioleta do sol.
Fonte: “What causes cancer?” – Todays OR Nurse; 17(6):28-33, 1995 Nov-Dec

Animais heterocíclicas, são substâncias cancerígenas produzidas no cozimento da carne e do peixe, as quais os seres humanos estão expostos diariamente.
Fonte:Nagao M;et al – “Human exposure to carcinogenic heterocyclic amines and their mutacional fingerprints in experimental animals” – Environ Health Perspect;104Suppl 3P: 497-501, 1996 May

Os níveis de beta caroteno no soro humano, são baixos entre fumantes e consumidores de bebidas alcoólicas. O cigarro e as bebidas alcoólicas, reduzem os níveis de beta-caroteno, independentemente.
Fonte: Fukao A; et al –“The independent association of smoking and drinking with serum beta-carotene levels among males in Miyagi, Japan” – Int J Epidemiol;25(2):300-6, 1996 Apr

A ingestão de alimentos, ricos em vitamina E, diminui o risco de morte por Doença coronariana, o mesmo não ocorrendo com a vitamina A e C.O uso de suplementos de vitamina E não têm o mesmo efeito.
Fonte: Kushi L H;et al – “Dietary antioxidants vitamins and death from coronary heart disease in postmenopausal women” – N Engl J Med; 334(18): 1156-62, 1996 May 2

O consumo de alimentos de origem vegetal, como: os cereais integrais, legumes, verduras, sementes e frutas, aumentam a expectativa de vida e causa baixa incidência de vários tipos de Câncer e Infarto do miocárdio, defeitos do tubo neural e cataratas. Em contraste, o alto consumo de leite e derivados lácteos, aumenta o risco de Infarto do miocárdio e não previne fraturas, na verdade, as conclusões de vários estudos, sugerem associações positivas entre consumo de leite e derivados, às fraturas. O abundante consumo de cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras e frutas, nos povos do Mediterrâneo e em algumas áreas da Ásia, em suas dietas tradicionais, explicam a baixa incidência destas doenças.
Fonte: Kushi L H; et al – “Health implications of Mediterranean diets in light of contemporary knowledge –1”- Am J Clin Nutr; 61(6Suppl): 1407S-15S, 1995 Jun

As evidências epidemiológicas, fortemente sugerem que o alto consumo de frutas, cereais integrais, a moderada ingestão de álcool e o baixo consumo de produtos animais (gorduras saturadas e hidrogenadas), farinhas refinadas e o uso tradicional de óleo de oliva, baixo em gordura, confere aos povos do Mediterrâneo, menor incidência de Câncer, Infarto e Diabetes.
Fonte: Kushi L H; et al – “Health implications of Mediterranean diets in light of contemporary knowledge –2”- Am J Clin Nutr; 61(6Suppl): 1416S-27S, 1995 Jun

A ingestão de 5, 5g de ômega-3 por mês, o equivalente a uma refeição de peixe por semana, foi associada com uma redução de 50% no risco de Infarto do miocárdio. O nível sanguíneo de ácidos graxos N-3 poli-não-saturado de 5% dos ácidos graxos totais, foi associado com redução de 70% no risco de Infarto do miocárdio.
Fonte: Siscovick D S;Kushi L H;et al – “Dietary intake and cell membrane levels of long-chain n-3 polyunsatureted fatty acids and the risk of primary cardiac arrest” – JAMA; 274(17): 1363-7, 1995 Nov 1

A ingestão de açúcar e a Obesidade, aumentam o risco de Câncer de cólon.
Fonte: Kushi L H; et al – “Sugar, meat, and fat intake, and non-dietary risk factors for colon cancer incidence in Iowa women” – Cancer Causes Control; 5(1): 38-52, 1994 Jan

Famílias com membros portadores de Câncer de mama, freqüentemente, também têm portadores de Câncer de próstata, havendo um risco familiar para estes tumores hormônio-dependentes, devido aos fatores ambientais e dietéticos, que são os mesmos na mesma família.
Fonte: Kushi L H; et al – “Familial clustering of breast and prostate canceres and risk of postmenopausal breast cancer” – J Natl Cancer Inst; 86(24): 1860-5, 1994 Dec 21

A ingestão de gorduras de alimentos vegetais, está relacionada com incidência 40% menor de Câncer de pulmão, prevenção mais pronunciada do risco entre fumantes, enquanto dietas ricas em colesterol com gorduras animais relacionam-se com a etiologia do Câncer em mulheres, no período de pós-menopausa.
Fonte: Kushi L H; et al – Dietary cholesterol, fat, and lung cancer incidence among older women the Iowa Women’s Health Study” – Cancer Causes Control; 5(5):395-400, 1994 Sep

Grãos integrais, vegetais e frutas, estão significativamente relacionados com menor incidência de Câncer de mama, como também, o uso de óleo de oliva em pequena quantidade.O uso de margarina está associado com elevado risco da doença.
Fonte: Trichopoulou A; et al – “Consumption of olive oil and specific food groups in relation to breast cancer risk in Greece” – J Natl Cancer Inst; 87(2): 110-6, 1995 Jan 18

O alho tem ação protetora contra o aparecimento do Câncer, devido principalmente ao seu teor em selênio.O selênio é um mineral que vem do solo, sendo absorvido pelos vegetais.Existem quantidades apreciáveis de selênio nos cereais integrais, farinha de trigo integral, alho e cebola.
Fonte: Ip C; et al – “Efficacy of cancer prevention by hight-selenium garlic is primarily dependent on the action of selenium” – Carcinogenesis; 16(11): 2649-52, 1995 Nov

A concentração de selênio no leite materno, depende da a ingestão de alimentos ricos em selênio pela mãe.Crianças amamentadas com leite materno têm maior ingestão de selênio do que as alimentadas com fórmulas.
Fonte: Sanz Alaejos M; et al – “Selenium in human lactation” – Nutr Ver; 53(6): 159-66, 1995 Jun

Diminuindo os alimentos animais, ricos em gordura e utilizando-se cereais integrais, diminuiu-se a incidência de Câncer de cólon. Deve-se usar associados a legumes, verduras, leguminosas, principalmente vegetais crucíferos, que contêm indóis e ditioltiones, que demonstraram comprovada ação anti-tumor-gênica.
Fonte: Greenwald P; et al – “Genetic and cellular changes in colorectal cancer: proposed targets of chemopreventive agents” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 4(7):691-702, 1995 Oct-Nov

Quanto maior o consumo de legumes, verduras e frutas, ricos em beta-caroteno e retinol (provitamina A), menor a incidência de displasia no cérvix uterino das mulheres, que aumenta o risco de câncer de colo uterino.
Fonte: Shimizu H; et al –“Decreased serum retinol levels in women with cervical dysplasia” – Br J Cancer; 73(12): 1600-4, 1996 Jun

A Doença de Alzheimer caracteriza-se por neurodegeneração, devido à produção de citocinas e radicais livres, com alterações morfológicas na microglia das células nervosas em placas senis.Pessoas com dieta rica em gorduras e colesterol, têm maior risco de Doenças cardiovasculares e Doenças de Alzheimer.
Fonte: Streit W J;et al – “Activation of microglia in the brains of humans with heart disease and hypercholesterolemic rabbits” – J Mol Med; 75(2): 130-8, 1997 Feb

Um grupo de homens entre 40 e 50 anos, participou de um estudo, ingerindo um dente de alho (aproximadamente 3g) diariamente, por 16 semanas. Tromboxane B2, colesterol e glicose, foram determinados no soro obtido após formação de coágulo. Após 26 semanas de consumo de alho, houve 20% na redução do colesterol e 80% na redução do tromboxane, não havendo mudanças no nível de glicose. Portanto, pequena quantidade de alho fresco, consumido por longo período, previne Trombose, a qual coincide com altos níveis de tromboxane.
Fonte: Ali M; et al – “Consumption of a garlic clove a day could be beneficial in prevent trombosis” – Prostaglandis Leukot Essent Fatty Acids; 53(3): 211-2, 1995 Sep

As propriedades antitumorais, dos cereais integrais, feijões, legumes, verduras, frutas e algas marinhas, pelo seu teor em fitoquímicos, devem ser utilizados como eficiente estratégia na prevenção do Câncer.
Fonte: Murakami A; et al – “Anti-tumor promotion with food phytochemicals: a strategy for cancer chemoprevention” – Biosci Biotechnol Biochem; 60(1): 1-8, 1996 Jan

A grande prevalência, em japoneses que migraram para os EUA, de Diabetes, Infarto de miocárdio e Trombose cerebral, deve estar relacionada com fatores ambientais, como a assimilação da dieta norte americana, assim como está ocorrendo no Japão.Cada ano, 6.000 pacientes diabéticos começam hemodiálise e a retinopatia diabética é a maior causa de cegueira no Japão.
Fonte: Akanuma Y – “Non-insuline-dependent diabetes mellitus (NIDDM) in Japan”- Diabet Med; 13 (9Supppl 6): S11-2, 1996 Sep

Uma associação entre o consumo de carne e o Câncer de intestino grosso, tem sido demonstrada em estudos epidemiológicos.
Fonte: Silvester K R; et al –“Does digestibility of meat protein help explain large bowel cancer risk?” – Nutr Cancer; 24(3): 279-88, 1995

O consumo de leite, queijo e ovos, aumenta a incidência de Câncer de pâncreas em ratos.
Fonte: Corella Piquer D; et al – “Nutritional factors and geographic differences in pancreatic cancer mortality in Spain” – Ver Sanid Hig Publica; 68(3): 361-76, 1994 May-Jun

Álcool, cigarro e fatores nutricionais, desempenham o maior papel na origem do Câncer de esôfago. As dietas ricas em cereais, feijões, legumes, verduras e frutas, estão constantemente associados com riscos reduzidos.
Fonte: Blot W J – “Esophageal cancer trends and risk factors” – Semin Oncol; 21(4): 403-10, 1994 Aug

Foram sintetizados 15 estudos, americanos e europeus, caso-controles e prospectivos, sobre o uso de cereais integrais. Existe uma forte consistência em reduzido risco de Câncer cólon-retal e Câncer gástrico, associado com o uso de cereais integrais, bem como, para o Câncer de endométrio e a Doença cardíaca coronariana. Este risco reduzido não ocorre com cereais refinados.
Fonte: Jacobs D R; et al – “Whole grain intake and cancer: a review of the literature” – Nutr Cancer; 24(3): 221-9, 1995

Restrição calórica, retarda e inibe o crescimento tumoral e aumenta a sobrevida em linfomas murinos. Inclusão de feijão de soja, durante a restrição calórica, acentua este efeito.
Fonte: Mukhopadhyay P; et al – “Influence of dietary restriction and soybean supplementation on the appers of a murine lymphoma and host immune function” – Cancer Lett; 78(1-3): 151-7, 1994 Apr 1

Uma forte associação inversa, entre a ingestão total de alimentos de origem vegetal e o Câncer de mama em mulheres pré-menopausa, foi constatado.
Fonte: Freudenheim J L; et al – “Premenopausal breast cancer risk and intake of vegetables, fruits and related nutrients”

O vinho tinto contém compostos polifenólicos na concentração de 2000 a 3000 mg/L, que são antioxidantes, antagonistas de radicais livres e inibem a peroxidação lipídica ‘in vivo’ e ‘in vitro’. Além da ação antioxidante exercida pelos tocoferóis, ácido ascórbico e carotenóides, os compostos polifenóicos de origem vegetal, exercem efeito cardioprotetor. Os compostos fenólicos do vinho tinto, que são os compostos flavonóides e não-flavonóides, inibem a oxidação das proteínas de baixa densidade, a agregação plaquetária e promovem a formação do fator de relaxamento, dependente do endotélio. Moderadíssimo consumo de vinho tinto, não diário, pode ser benéfico, na prevenção da doença cardíaca coronariana.
Fonte: Lugasi A; et al – “Cardio-protective effect of red wine as reflected in the literature” – Orv Hetil; 138(11): 673-8, 1997 Mar 16

Própolis é uma resina natural, existente no mel de abelha.É uma potente inibidor de Câncer de cólon, induzido quimicamente em ratos.
Fonte: Rao C V; et al –“Chemoprevention of colon carcinogeneses by phenylethil-3-methil caffeate” – Cancer Res; 55 (II): P2310-5, 1995 Jan 1

Caffeic acid phenethyl ester, um constituinte do própolis de mel de abelha, inibe o aparecimento de Papilomas de pele, induzidos quimicamente em ratos, aplicado topicamente.
Fonte: Huang M T; et al – “Effects of caffeic acid phenethyl Ester (CAPES) on 12-o-tetradecanoylphorbol-13-acetate-induced tumor promotion in mouse skin and the syntesis of DNA, RNA and protein in Hela cells” –Carcinogenesis; 17 (4): 761-5, 1996 Apr

Própolis é rico em flavonóides, que tem conhecidas propriedades antioxidantes, sendo demonstrado nítido efeito protetor para o coração, após a administração de tóxicos cardíacos em ratos.
Fonte: Chopra S – “Própolis protects against doxorubicin – induced myocardiopathy in rats” – Exp Mol Pathol; 62(3): 190-8, 1995 Jun

Vitamina A, sob forma de suplementos ou produtos farmacêuticos, pode causar defeitos congênitos em seres humanos, assim como em animais.Estudando 22.748 mulheres grávidas, constatou-se que o aumento da freqüência de defeitos congênitos, foi concentrada entre os bebês que nasceram de mães que tomaram vitamina A antes da 7ª semana de gestação.A ingestão de vitamina A sob a forma de suplementos, acima de 10.000 UI por dia, é teratogênica, originando defeitos neurológicos em uma criança, para cada 57, de mães que usavam o suplemento.
Fonte: Rothman K J; et al – “Teratogenicity of high vitamin A intake” – N Engl J Med; 333(21): 1369-73, 1995 Nov 23

Quanto maior a ingestão de cereais integrais, feijões, verduras, legumes e frutas, independente da quantidade de gorduras, menor o risco de Infarto do miocárdio e menor a mortalidade. Os cereais integrais, foram os mais fortemente associados com a redução no risco do Infarto do miocárdio.
Fonte: Rimm E B; et al – “Vegetable, fruit, and cereal fiber intake and risk of coronary heart disease among men” – JAMA; 275(6): 447-51, 1996 Feb 14

O consumo de couve-de-bruxelas, diminui o risco de Câncer, tendo sido demonstrado em estudos epidemiológicos e experimentais em seres humanos.
Fonte: Verhayen H; et al – “Reduction of oxidative DNA-damage in human by Brussels sproduts” – Carcinogenesis; 16 (4): P969-70, 1995 Apr

A soja é uma das maiores fontes de saponinas, que também são encontradas em outros vegetais, as quais têm pronunciadas propriedades contra o Câncer.
Fonte: Rao A V; et al – “Saponinas anticarcinogenic” – J Nutr;125(Suppl): P7175-7245, 1995 Mar

O alto consumo de cereais, vegetais e frutas, o baixo consumo de carne e o uso de óleo de oliva, ao invés de gordura animal, está associado á baixa incidência de Doenças cardiovasculares e Câncer, em 16 países que bordejam o Mediterrâneo em comparação com o Norte da Europa.
Fonte: Helsing E; et al – “Tradicional diets and diseases patterns of the Mediterranean since 1960” – Am J Clin Nutr; 61 (6Suppl): P13295S-13375S, 1995 Jan

Em 24 pacientes, submetidos à quimioterapia por Câncer de esôfago (Carcinoma de células escamosas), pós-operatória, a sobrevivência em 6 meses foi de 69%.No grupo controle, com Câncer de esôfago, operados, sem quimioterapia, a sobrevivência foi 89%.Em 3 anos, sobreviveram 31% do grupo que fez quimioterapia e 36% do grupo que não fez quimioterapia.
Fonte: Maipang T; et al – “Induction chemotherapy in the treatment of patients with carcinoma of the esophagus” – J Surg Oncol; 56(3): 191-7, 1994 Jul

O leite materno protege a criança contra diarréia, enterite necrotizante e alergias, provendo nutrientes específicos para o recém-nascido, humano. As mães que amamentam, têm 50% menor incidência de Câncer de mama.
Fonte: Short R V – “What the breast does for the baby, and what the baby does for the breast” – Austr N Z J Obstet Gynaecol; 34(3): 262-4, 1994 Jun

Pessoas com níveis altos de carotenóides no sangue, comparadas com as que têm níveis baixos, têm reduzida incidência de degeneração macular neovascular dos olhos (cegueira do idoso), relacionada com a idade, com riscos reduzidos à metade.
Fonte: “Antioxidant status and neovascular age-related macular degeneration” – Arch Ophthamol; 111(1): 104-9, 1993 Jan

No Japão, foram estudadas 5.373 pessoas, por 6 anos.Após este período, 69 tiveram Câncer de estômago, sendo que 65 tinham Gastrite atrófica.A Gastrite atrófica, aumenta o risco de Câncer de estômago.Estas pessoas tinham preferência por conservas em sal, , condimentos, mostarda, ‘raiz forte’, conservas em vinagre.O risco de câncer gástrico decresceu com a mudança na alimentação para cereais, legumes cozidos, redução na quantidade de cada refeição e redução das carnes.
Fonte: Imohe M – “Protective factors against progression from atrophic gastrites to gastric cancer – data from cohort study in Japan” – Int J Cancer; 66(3): 309-14, 1996 May 3

Legumes, verduras e frutas, consumidos regularmente, diminuem a incidência de Mesothelioma maligno, como foi demonstrado em 94 homens portadores desta doença, comparados com 64 controles.
Fonte: Muscat J E; et al – “Dietary intake and the risk of malignant mesothelioma” – Br J Cancer; 73(9): 1122-5, 1996 May

O consumo de carne e derivados lácteos diminui a sobrevida de mulheres com Câncer de mama. O consumo de alimentos de origem vegetal, cereais, leguminosas, legumes e verduras, aumenta a sobrevida.
Fonte: Zhang S – “Better breast cancer survival for post-menopausal women Who are less overweight and eat less fat” – Cancer 76(2): 275-83, 1995 Jul 15

A incidência de Câncer poderá ser reduzida, em 80 a 90%, aplicando-se os conhecimentos já existentes, em relação à dieta, fumo, álcool, atividade física, infecções, ocupação e poluição.
Fonte: Deoll R; et al – “Nature and Nurture: possibilities for cancer control” – Carcinogenesis; 17(2): 177-84, 1996 Feb

Óleo de oliva, em substituição às gorduras animais, reduz o Câncer de endométrio.
Fonte: Tzonou A; et al – “Dietary factors and the risk of Endometrial cancer: a case-control study in Greece” – Br J Cancer; 73(10): 1284-90, 1996 May

Inibidores da protease, encontrados na soja, foram administrados na dietas de ratos, para diminuir a incidência de Câncer. Foi constatada 50% de redução na incidência de Câncer de cólon e de intestino delgado.
Fonte: Kennedy A R – “Suppression of Carcinogenesis of the intestines of min mices by the soybean of derivades” – Cancer Res; 56(4): 679-82, 1996 Feb 15

Mulheres com Câncer de mama, que continuam a ingerir alimentos de origem animal (carnes e derivados lácteos), têm crescimento do tumor e disseminação mais rápida. Existe uma relação de dose resposta, entre a ingestão dessas gorduras saturadas e a sobrevivência. Esses alimentos, são os mais fortes parâmetros associados com o risco e com o fracasso do tratamento.
Fonte: Holm L E; et al – “Treatment failure and dietary habits in women with breast cancer” – J Natl Cancer Inst ; 85(1): 32-6, 1993 Jan 6

A incidência de Pólipos adenomatosos, lesões que irão se transformar em Câncer de cólon, é elevada com o consumo de carne bovina, sendo fatores de proteção, alimentos com vitamina A e peixe. A recorrência dos pólipos está associada com alimentos de origem animal, gorduras saturadas (carnes, derivados lácteos e ovos), em mulheres. Modificações dietéticas são recomendadas em pacientes com Pólipos adenomatosos.
Fonte: Neugut A I; et al – “Dietary risk factors for the incidence and recurrence of colorectal adenomatous polyps. A case-control study” – Ann Intern Med; 119(4): 343, 1993 Aug 15

Para a prevenção do Câncer, não existe solução simples sob a forma de uma pílula. Os nutrientes dos alimentos, interagem entre si e a solução está na alimentação fisiológica e balanceada, podendo-se antecipar o dia quando uma ótima alimentação e estilo de vida, adaptada a cada indivíduo, previnirá efetivamente esta doença.
Fonte: Arch Intern Med; 153(1): 50-6, 1993 Jan 11

Alto consumo de todos os alimentos de origem vegetal, incluindo cereais, feijões, verduras, frutas, sementes, principalmente folhas verdes, são associados com menor risco de Câncer de pulmão. Os alimentos protetores mais importantes são as frutas, cenouras e brócoli. O efeito protetor, em diminuir o risco, é mais forte em ex-fumantes do que em fumantes.
Fonte: Steinmetz K A; et al – “Vegetables, fruit, and lung cancer in the Iowa Women’s Health Study” – Cancer Res; 53(3): 536-43, 1993 Feb 1

O mundo está perdendo a Guerra contra o Câncer. A capacidade de tratar e curar a maioria dos cânceres, não tem melhorado materialmente. Drásticas reformas, na política e prioridade contra o Câncer, são necessárias.
Fonte: Epstein S S – “Evaluation of the national cancer program and proposed reforms” – Int J Health Serv; 23(1): 15-44, 1993

Analisando 10.055 homens, submetidos à vasectomia, comparados com 37.800 não vasectomizados, constatou-se que a vasectomia foi associada com elevação do risco de Câncer de próstata, incluindo todos os outros fatores de risco. Em homens que haviam feito vasectomia há mais de 22 anos, o risco era muito maior. A coincidência destes resultados com outros estudos epidemiológicos, as alterações fisiológicas na próstata após a vasectomia, sugere que a associação seja causal.
Fonte: Giovanucci E; et al – “A prospective cohort study of vasectomy and prostate cancer in US men” – JAMA; 269(7): 873-7, 1993 Feb 17

Analisando 60.000 noruegueses entre 1955 e 1989, constatou-se 92 casos de Câncer de tireóide, cada qual comparado com 5 controles, perfazendo 542 indivíduos.Concluiu-se que, os que consumiam regularmente óleo de fígado de peixe, fígado de peixe, sanduíche de peixe em refeições rápidas, tiveram maior incidência de Câncer de tireóide do que os que consumiam peixe irregularmente, ou os que não comiam peixe.As pessoas que comiam mais peixe por semana, tiveram maior risco de Câncer de tireóide.Concluiu-se, que estes alimentos marinhos, ingeridos regularmente, aumentam o risco de Câncer de tireóide significativamente.
Fonte: Glattre E; et al – “Norwergian case-control study testing the hyphotesis that seafood increases the risk of thyroid cancer” – Cancer Causes Control; 4 (1): 11-6, 1993 Jan

O risco de Câncer de boca e faringe, está fortemente associado ao consumo de álcool, particularmente entre fumantes.O alto consumo de alimentos de origem vegetal, legumes, verduras e frutas, tem efeito protetor.
Fonte: Day G L; et al –“Racial differences in risk of oral and pharyngeal cancer: alcohol, tobacco, and other determinants” – J Natl Cancer Inst; 85(6): 465-73, 1993 Mar 17

O baixo consumo de arroz e o alto consumo de carne, promove o crescimento de Adenomans de cólon, aumentando o risco de Câncer de cólon.
Fonte: Kono S; et al – “Relationship of diet to small and large adenomas of the sigmoid colon” – Jpn J Cancer Res; 84(1): 13-9, 1993 Jan

Associações de gorduras e proteínas com o risco de Câncer de endométrio, está restrita com alimentos de origem animal.O alto consumo de carne, ovos, peixe, está associado com elevados riscos.Frutas e alho, estão associados com pequena redução no risco.Proteínas animais e gorduras animais, têm importante papel no etiologia do Câncer do endométrio.
Fonte: Shu X O; et al – “A population-based case-control study of dietary factors and endometrial cancer in Shangai” – Am J Epidemiol; 137 (2): 155-65, 1993 Jan

São atribuídas ao cigarro, 123.000 mortes por Câncer de pulmão, por anos nos EUA.
Fonte: Szabo E; et al – “Epidemiology, prognostic factors, and prevention of lung cancer” – Curr Opin Oncol; 5(2): 302-9, 1993 Mar

Mais de 1 milhão de americanos adquirem Câncer, por ano, sendo que mais de 500 mil, morrem por ano.Aplicando-se o que já se sabe, pode-se salvar, no mínimo, 100 mil vidas atualmente.
Fonte: Broder S – “The challenge of cancer research” – Steam Cells; 11(1): 3-8, 1993 Jan

Organoclorados, como: DDT e PCB, que são usados extensivamente como inseticidas;e fluidos isolantes de componentes elétricos, são encontrados em tecidos humanos, devido a sua solubilidade em gordura, sendo seqüestrados no tecido adiposo ao longo da vida.Foram analisadas 14.290 participantes, entre 1985 e 1991, na cidade de Nova York.DDT e PCB foram medidos por cromatografia, em 58 mulheres que desenvolveram Câncer de mama e 71 controles que não tiveram Câncer.Os níveis médios de DDT e PCB, foram mais altos nas mulheres com câncer de mama do que nas controles.Após afastar os outros fatores de risco, análises de regressão mostraram um aumento no risco de Câncer de mama, quanto maior a concentração de DDT.Não houve associação significativa com os níveis de PCB.Nesta população de mulheres, na cidade de Nova York, o Câncer de mama foi fortemente associado aos níveis sanguíneos de DDT.Como a contaminação com inseticidas organoclorados é mais concentrada em carnes e alimentos, os quais têm gorduras que fixam o DDT, do que em legumes e verduras, consumindo-se maior proporção destes últimos alimentos , pode-se minimizar este importante fator etiológico para o Câncer de mama.
Fonte: Wolff M S; et al – “Blood levels of organochlorine residues and risk of breast cancer” – J Natl Cancer Inst; 85(8):648-52, 1993 Apr 21

O uso de açúcar no cozimento de alimentos, origina um produto químico denominado 5-hydroximethil-2-furaldeído (HMF), que age como iniciador e promotor do Câncer de cólon.
Fonte:Zhang X M; et al - “Initiation and promotion of colonic aberrant crypt foci in rats by 5-hydroxymethyl-2-furaldehyde in thermolyzed sucrose” – Carcinogenesis; 14 (4):773-5, 1993 Apr

O cancerígeno 1-2-dimetil hidrazina (DMH) provoca Câncer de cólon, sendo diretamente dependente ao conteúdo de gorduras na dieta, produzindo Câncer de cólon em alimentação com alto teor de carnes e derivados lácteos, sendo inócuos quando estes alimentos não são consumidos.
Fonte: Salim A S – “The permissive role of oxygen-derived free radicals in the development of colonic cancer in the rat. A new theory for carcinogenesis” – Int J Cancer, 53(6): 1031-5, 1993 Apr 1

A incidência de Câncer na Suiça, de 60.000 por 1 milhão de habitantes é atribuída ao excesso de alimentos de origem animal, consumidos (carcinogenicidade do excesso de macronutrientes).
Fonte: Lutz W K;et al – “The relative importance of mutagens and carcinogens in the diet” – Pharmacol Toxicol; 72Suppl 1: 104-7, 1993

Fatores de proteção contra o Câncer, presentes nos cereais, feijões, legumes, verduras, frutas, sementes e ervas, incluem os polifenóis, que inativam a iniciação de carcinógenos, os carotenóides, antioxidantes, bem como: o ácido ascórbico e os polifenóis. A inibição de enzimas das flavonas e tiaminas, a indução de oxidação e conjugação protetora dos indóis, isotiocianatos e ditiotionas e o estímulo para o reparo do DNA dos compostos sulfurosos.Mecanismos bioquímicos de antipromoção do Câncer e efeitos antioxidantes dos carotenóides , de estabilização de membrana dos polifenóis, de inibição das proteases dos compostos encontrados na soja, da estimulação das respostas imunológicas dos carotenóides, ácido ascórbico e da inibição da descarboxilase dos polifenóis e carotenóides.Muitos destes inibidores da iniciação do câncer, são também eficientes na conversão.Portanto, com todos estes inibidores da carcinogênese, que a rigor somam mais de 20 compostos e sem os promotores, que são os produtos animais, com seu alto teor em gorduras, a iniciação do que são os produtos animais, com seu alto teor em gorduras, a iniciação do Câncer, ficará na imensa maioria dos casos, sem conclusão permanentemente.
Fonte: Dragsted L O;et al – “Cancer-protective factors in fruits and vegetables: biochemical and biological background” – Pharmacol Toxicol; 72 Suppl 1: 116-35, 1993

Mulheres que consomem moderada quantidade de bebidas alcoólicas, têm 40 a 100% mais risco de ter Câncer de mama, do que aquelas que não consomem bebidas alcoólicas.As bebidas alcoólicas aumentam os níveis de estrógenos (hormônio feminino), circulantes, o que pode explicar esta associação.
Fonte: Reichman M E ; et al – “Effects of alcohol consumption on plasma and urinary hormone concentrations in premenopausal women” – J Natl Cancer Inst; 85 (9): 722-7, 1993 May 5

Foram estudados 518 casos de Câncer de rim (Carcinoma renal), comparados com 1381 controles, constatando-se que o tabagismo aumenta 2 vezes o risco de Câncer entre homens.O uso de diuréticos, está associado a um aumento de risco em mulheres.Fenacetim aumenta o risco.Infecções urinárias de repetição aumentam o risco, principalmente em mulheres.
Fonte: Kreiger N; et al – “Risk factors for renal cell carcinoma: results of a population-based case-control study” – Cancer Causes Control; 4(2):101-10, 1993 Mar

Vitamina A, de fontes animais, aumenta o risco de Câncer de esôfago, bem como as gorduras totais.Existe significativa associação entre Câncer de esôfago, cigarro e bebidas alcoólicas.
Fonte: Kabat GC;Ng SK;Wynder EL –“Tobacco, alcohol intake, and diet in relation to adenocarcinoma of the esophagus and gastric cardia” – Cancer Causes Control; 4(2): 123-32, 1993 Mar.

O consumo seminal ou mais freqüente, de carne vermelha e o consumo mensal, ou mais freqüentemente de defumados ou conservados em sal, estão associados com risco 3 vezes maior de Câncer de intestino delgado.
Fonte: Chow W H; et al – “Risk factors of small intestine cancer” – Cancer Causes Control; 4(2): 163-9, 1993 Mar

Na Bélgica, confirmou-se que dieta com alto teor em gorduras (produtos animais), aumentam a mortalidade por Câncer de mama.
Fonte: Sasaki S; et al – “Na ecological study of the relationship between dietary fat intake and breast cancer mortality” – Prev Med; 22 (2): 187-202, 1993 Mar

Sabe-se que, cálculos de vesícula biliar e obesidade, são importantes fatores de risco para o Câncer de trato biliar.Foi estudada a relação entre dieta e este tipo de Câncer.Entre 1984 e 1988, foi feito um estudo caso-controle de 111 casos de câncer do trato biliar, com 480 casos controle.O maior fator de risco para o aparecimento deste câncer, foi a ingestão de açúcar, independente de outros alimentos.Uma explicação para o fato de que, a in gestão de açúcar é um fator de risco para o Câncer de trato biliar, pode ser baseada na relação entre açúcar, gorduras no sangue e formação de cálculos de vias biliares.
Fonte:Moerman C J; et al – “Dietary sugar intake in the aetiology of biliary tract cancer” – Int J Epidemiol; 22(2): 207-14, 1993 Apr

Foram estudados 1904 alemães, que aderiram à dieta vegetariana, aqueles que aderiram á alta atividade física, tiveram metade da mortalidade por Doenças cardiovasculares, mas não por Câncer.Vegetarianismo de longa duração(maior ou igual a 20 anos), foi associado com baixo risco de Câncer, demonstrando um efeito real, protetor para os que adotaram este estilo de vida.
Fonte: Chang-Claude J; et al – “Dietary and lifestyle determinants of mortality among German vegetarians” – Int J Epidemiol; 22(2): 228-36, 1993 Apr

Existe uma significativa diminuição no risco do Câncer de pulmão e a ingestão de alimentos em vitamina E, em não-fumantes, mas não entre os fumantes.Não fumantes com baixo nível sangüíneo de vitamina E, beta-caroteno, retinol e selênio, têm risco ( 12 vezes maior) de adquirir Câncer de pulmão, em comparação com homens que tem níveis satisfatório destes nutrientes.
Fonte: Knekt P – “Vitamin E and smoking the risk of lung cancer” – Ann N Y Acad Sci;686:280-7, 1993 May 28

A incidência de Câncer de mama e cólon-retal, tem aumentado nos últimos 30 anos, na China, devido à adoção gradual da dieta ocidental.A incidência de Câncer de estômago diminuiu.Os tipos de Câncer, presumivelmente, associados a vírus como: o de fígado, nasofaringe, colo de útero, leucemia Tcell, são mais comuns na Ásia do que nos EUA.Imunização contra Hepatite B, tem sido feita para prevenir-se o Câncer de fígado.
Fonte: Liu M C; et al – “Cancer epidemiology in Far East –contrast with the United States” – Oncology (Huntingt); 7(6): 99-110, 1993 Jun

Estudos internacionais demonstram que o uso de peixe, diminui a incidência de Câncer de mama entre as mulheres.Neste estudo, realizado em 533.276 mulheres norueguesas, entre 35 e 54 anos de idade, em um período de 15 anos, as mulheres de pescadores tinham risco menor de Câncer de mama.
Fonte: Lund E; et al – “Reduced breast cancer mortality among fishermen’s wives in Norway” – Cancer Causes Control; 4(3): 283-7, 1993 May

Foram analisados 230 homens e 102 mulheres com Câncer de pulmão, comparados com 597 homens e 268 mulheres, como controles no Hawaí.Constatou-se menor risco, com maior ingestão de alimentos ricos em beta-caroteno, alfa-caroteno e luteína.Aqueles que comiam maiores proporções dos 3 nutrientes, tiveram o menor risco de Câncer de pulmão.O consumo global de vegetais, teve uma associação mais forte, com diminuição de risco de câncer de pulmão.
Fonte: Le Marchand L; et al – “Intake of specific carotenoids and lung cancer risk” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 2(3): 183-7, 1993 May-Jun

Realizadas análises estatísticas, relacionando todos os tipos de leucemia com hábitos alimentares, em 24 países, encontrou-se um denominador comum;excesso de calorias ingeridas.A associação entre excesso de calorias e leucemia, foi mais forte em homens do que em mulheres.
Fonte: Hursting S D; et al –“Diet and human leukemia: an analysis of international data” – Prev Med; 22(3): 409-22, 1993 May

Foram estudados 282 casos de Câncer de pulmão, com mesmo número de controles.Os fumantes mostraram risco maior de Câncer de pulmão, sendo que ex-fumantes apresentaram menos que a metade do risco.O risco decresceu gradualmente, quanto mais anos passavam-se desde que cessaram de fumar.Efeito protetor significativo, foi demonstrado com a ingestão de frutas, vegetais de raízes, vegetais verdes, alface e repolho.O aumento na ingestão e freqüência destes alimentos, diminuiu o risco entre os fumantes.O risco de câncer de pulmão, entre os fumantes, declinou marcadamente com o consumo de alface e de repolho.Um efeito similar foi observado entre os fumantes e não-fumantes.Em uma análise multivariada, frutas e raízes, mostraram um forte efeito protetor contra câncer de pulmão, ente os fumantes e não fumantes.
Fonte: Gao C M; et al – “Protective effects of raw vegetables and fruits against lung cancer among smokers and ex-smokers: a case-control study in the Tokai area of Japan” – Jpn J Cancer Res; 84(6): 594-600, 1993 Jun

Populações africanas de três países (Gâmbia, Mali e África do Sul), têm incidência de Câncer muito menor do que a população de raça negra nos EUA. Os tipos de Câncer comuns na África, são: esôfago, fígado, colo de útero e estômago.Entre os sulafricanos de raça negra, mudando os hábitos alimentares, os tipos de câncer dos países prósperos:próstata, pulmão, mama e cólon-retal, estão aumentando.Na população sul-africana próspera, das grandes cidades, a incidências destes tipos de Câncer está sendo igual à população de raça negra dos EUA.
Fonte: Walker A R; et al – “Cancer patterns in three Africans populations compared with the United States black population” – Eur J Cancer Prev; 2 (4): 313-20, 1993 Jul

Foram analisadas 451 mulheres australianas, constatando-se que entre as fumantes a ingestão de fibra alimentar era menor do que entre as não-fumantes, bem como era maior a ingestão de gorduras poli-não-saturadas (margarina), podendo estar relacionado com o maior risco de Infarto do miocárdio entre fumantes.
Fonte: Midgette A S ;et al – “Do cigarette smokers have diets that increase their risks of coronary heart disease and cancer?” – Am J Epidemiol; 137(5): 521-9, 1993 Mar 1

A dieta rica em carne vermelha, derivados lácteos e baixa em cereais integrais e em vegetais, aumenta o risco de Câncer de cólon e Adenomas, os quais são precursores do Câncer de cólon.
Fonte: Sandler R S; et al – “Diet and risk of colorectal adenomas: macronutrients cholesterol, and fiber” – J Natl Cancer Inst; 85(11):884-91, 1993 Jun 2

Estudos epidemiológicos revelam que o cigarro aumenta o risco de adquirir-se Câncer de pulmão e de pâncreas, porém, isto é influenciado pelo conteúdo em gorduras da dieta (carnes, ovos, derivados do leite).Em estudo experimental, em ratos, sendo administrado na água, um forte cancerígeno do cigarro (NNK), associado com alimentação rica em gorduras, após 18 meses, 16 de 60 ratos tiveram Câncer de pulmão.Na dieta com menos gorduras, 3 de 60 ratos, tiveram câncer de pulmão.No caso do Câncer de Pâncreas, após 18 meses, 11 de 60 ratos, com dieta alta em gordura, tiveram câncer de pâncreas e 1 em 60 ratos, com dieta baixa em gorduras, teve câncer de pâncreas
Fonte: Hoffmann D;et al – “A study of tobacco carcinogenesis: effect of the fat content of the diet on the carcinogenic activity of 4-(methylnitrosamino) -1- (3-pyiridyl) -1-butanone in F344 rats” – Cancer Res; 53 (12): 2758-61, 1993 Jun 15

A intervenção nutricional deve ser associada ao tratamento do Câncer de mama.
Fonte: Clifford C;et al – “Diet as risk and therapy for cancer” – Med Clin North Am; 77(4): 725-44, 1993 Jul

O consumo de produtos animais (carnes e derivados lácteos), ricos em gorduras, aumenta o risco de Câncer de mama em mulheres pós-menopausa e em modelos experimentais.
Fonte: Barret-Connor e; et al – “Dietary fat, calories, and the risk of breast cancer in postmenopausal women: a prospective population-based study” – J Am Coll Nutr; 12(4):390-9, 1993 Aug

Italianos emigrando para a Austrália e mudando parcialmente a alimentação típica do Mediterrâneo, rica em cereais, feijões, legumes e verduras, para alimentação típica da Austrália, rica em carnes e derivados lácteos, passam a ter incidência de Câncer de cólon, mama e próstata, maior do que na Itália, mas ainda menor do que os nascidos na Austrália.
Fonte: Minami Y; et al – “The incidence of colon, breast and prostate cancer in Italian migrants to Victoria, Austrália” –Eur J Cancer; 29A (12): 1735-40, 1993

A niacina é um fator protetor, que limita os efeitos carcinogênicos, tendo influência na estrutura celular. A niacina é encontrada principalmente no arroz integral, na farinha de trigo integral, no amendoim com película, em todos os alimentos do reino vegetal, mas de forma muito concentrada no pimentão e na semente de girassol. O leite tem quantidades insignificantes de niacina. A carne tem a mesma quantidade de niacina que o arroz integral.
Fonte: Jacobson E L;et al –“Niacin deficiency and cancer in women” – J Am Coll Nutr; 12(4): 412-6, 1993 Aug

Dietas ricas em gorduras ômega-6 poli-não-saturadas (margarinas), estimulam o crescimento e as metástases de câncer de mama em roedores, enquanto que óleo de peixe, rico em gordura ômega-3 poli-não-saturada, inibe o crescimento destas células de tumores de mama.
Fonte: Rose D P; et al – “Effects of dietary omega-3 fatty acids on human breast cancer growth and metastases in nude mice” – J Natl Cancer Inst; 85 (21): 1743-7, 1993 Nov 3

A etiologia do Câncer de bexiga, envolve fatores ambientais. A maioria das substâncias químicas cancerígenas, afetam as células no interior da bexiga, pela sua presença na urina. São cofatores: a infecção e a irritação por cálculos. Fatores importantes de risco, são: o cigarro e o café, consumidos em conjunto com adoçantes artificiais e a ciclosfamida, um quimioterápico imunosupressor, usado contra o Câncer.
Fonte: Shirai T – “Etiology of bladder cancer” – Semin Urol; 11(3):113-26, 1993 Aug

O carcinoma papilar de tireóide, tem incidência aumentada nas pessoas que têm baixo consumo de vegetais crucíferos, legumes, verduras e peixe.Outros fatores importantes de risco são: radiografias em consultórios odontológicos e hospitais, ocupação de operador de telefone, ou operador de terminal de vídeo e tabagismo.
Fonte: Wingren G; et al – “Determinants of papillary cancer of the thyroid” – Am J Epidemiol; 138 (7): 482-91, 1993 Oct 1

Os isotiocianatos do alho, também encontrados em outros vegetais da dieta de seres humanos, tem ações protetoras contra o desenvolvimento do Câncer cólon-retal.
Fonte: Musk S R; et al – Allyl isothiocianate is selectively toxic to transformed cells of the human colorectal tumor line HT29” – Carcinogenesis; 14(10): 2079-83, 1993 Oct

Em uma pesquisa realizada em 429 mulheres não fumantes, com Câncer de pulmão, foi constatado uma forte relação com a ingestão de gorduras saturadas (carnes, derivados lácteos e ovos). O efeito dos alimentos animais, foi mais pronunciado co, Adenocarcinoma do que para os outros tipos de Câncer de pulmão.O uso de feijões e ervilhas, foi significativamente relacionado com menor risco, enquanto o suco de laranja demonstrou significativamente, um maior risco de Câncer de pulmão.
Fonte: Alavanja M C; et al – “Satureted fat intake and lung cancer risk among nonsmoking women in Missouri” – J Natl Cancer Inst; 85(23): 1906-16, 1993 Dec 1

Em pesquisa realizada em 149 pessoas com Câncer de pâncreas, comparadas com 363 pessoas controle, sem Câncer de pâncreas, afastados outros fatores de risco, como: cigarro, café e bebidas alcoólicas, constatou-se alto risco de Câncer de pâncreas associado ao alto consumo de bacon, salsinhas e carnes.As gorduras não derivadas da carne, nem de produtos lácteos, também aumentaram o risco de Câncer de pâncreas.Em mulheres, constatou-se um efeito protetor, com o alto consumo de cereais integrais, verduras, legumes e frutas.
Fonte: Lyon J L; et al – “Dietary intake as a risk factors for cancer of the exocrine pancreas” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 2(6): 513-8, 1993 Nov-Dec

Ultimamente, a incidência de câncer cólon-retal, de ovário e de próstata, nos países próximos ao Mediterrâneo, Espanha, Itália, Grécia e Iugoslávia, têm aumentado coincidindo com o aumento do consumo de leite, carne e derivados lácteos, nestes países.Por outro lado, na Inglaterra e Wales, a incidência destes tipos de câncer, tem diminuindo substancialmente, coincidindo com o decréscimo no consumo dos alimentos citados.
Fonte: Serra-Majem L;et al –“Changes in diet and mortality from selected cancers in southern Mediterranean countries” – Eur J Cancer Nutr; 47Suppl 1:S25-34, 1993 Sep

Freqüente consumo de vegetais fritos, pickles e café aumentam o risco de Câncer de bexiga.
Fonte: Chyou P H;et al –“A prospective study of diet, smoking, and lower urinary tract cancer” – Ann Epidemiol; 3(3): 211-6, 1993 May

A contaminação nuclear em alimentos vegetais, na água e no leite, tiveram forte relação com aumento na incidência de Câncer de mama e outra formas de Câncer, especialmente entre pessoas mais idosas, em 9 regiões dos EUA, no período entre 1984 e 1988, coincidindo com o aumento na contaminação radioativa nestas regiões, entre 1970 e 1987.
Fonte: Sternglass E J; et al –“Breast cancer:evidence for a relation to fission products in the diet” – Int J Health Serv; 23(4): 783-804, 1993

A alimentação com excesso de gorduras (produtos animais), aumenta a incidência de Adenocarcinoma de esôfago, bem como a contaminação do milho por fungos com nitrosaminas, fato que tem ocorrido na China e África do Sul, países onde têm aumentado este tipo de câncer.
Fonte: Mirvish S S; et al – “Metabolism of carcinogenic nitrosamines in the rat and human esophagus and induction of esophageal adenocarcinoma in rats” – Endoscopy; 25(9): 627-31, 1993 Nov

O nível de ingestão de gorduras saturadas (produtos de origem animal), está associado com a prevalência de Infarto e Câncer.A alta mortalidade por estas doenças, em diferentes populações, não pode ser explicada por níveis de assistência médica, pelo consumo de cigarros, stress, poluição ou fatores genéticos.A nutrição é o mais importante fator determinante da mortalidade por todas as causas, entre países e dentro deles.
Fonte: Kesteloot H –“Nutrition and health: an epidemiological approach” –Verh K Acad Geneeskd Belg; 55(5): 399-421, 1993

A alta incidência de Acidente cérebro-vascular no Japão, bem como Infarto e Câncer, deve-se à adoção de alimentação e estilo de vida ocidental.
Fonte: Kodama K – “Stroke trends in Japan” – Ann Epidemiol; 3(5): 524-8, 1993 Sep

Beta-caroteno (provitamina A), tem a capacidade de inibir significativamente, a reprodução de células de Câncer de pulmão (6mg/mL).Na dose de 12 mg/mL, a inibição é completa.
Fonte: Lai B T – “Effects of beta-carotene on lung cancer” – Chung Hua Chung Liu Tsa Chih; 15(5): 351-4, 1993 Sep

Atividades com exposição à microondas e freqüência de rádio com irradiação eletromagnética, foram associadas a aumento no risco de Câncer de cérebro.Para o Câncer de pulmão, o fator mais importante é o cigarro;para o Mesotelioma é a exposição ao asbesto na indústria naval, para Câncer de pulmão, os trabalhadores com cana-de-açúcar quem fumam, têm significativamente maior risco.
Fonte:Wong O; et al – “Epidemiological factors of cancer in Louisiana” – J Environ Pathol Toxicol Oncol; 12(4): 171-83, 1993 Oct-Dec

O consumo de café, foi associado ao aumento no risco de Câncer de bexiga, entre pessoas que tomam muito café, após afastamento do cigarro e outros fatores de risco.O efeito foi mais pronunciado entre não fumantes, especificamente, entre pessoas com 65 anos, ou mais.
Fonte: Vena J E;et al – “Coffe, cigarette smoking, and bladder cancer in western New York” – Ann Epidemiol; 3(6): 586-91, 1993 Nov

O hábito de fumar cigarros foi associado com alto risco, mostrando uma significativa dose e tempo-resposta, para ambos os sexos, com Câncer de bexiga.O uso excessivo de cachimbo, também aumentou o risco.Afastado o cigarro, o risco significativo de Câncer de bexiga, foi associado com pessoas que consomem muito café, em ambos os sexos e também, em pessoas que consomem muita cerveja.Outras associações foram encontradas com infecções crônicas de trato urinário, história familiar de Câncer de bexiga e consumo freqüente, de refeições de alto teor em gorduras animais (carnes e derivados do leite).Com relação à relação com atividades profissionais, um risco significativamente elevado, foi encontrado em funcionários de fábrica de plástico, borracha, tintas, cromatos e óleos.
Fonte: Kunze E; et al – “Etiology pathogenesis and epidemiology on urothelial tumors” – Verh Dtsch Ges Pathol; 77: 147-56, 1993

O zinco acrescentado à dieta de animais portadores de Toxoplasmose, estimulou a imunidade celular, aumentando o número total de linfócitos.
Fonte: Tasci S; et al – “The effect of zinc supplementation in experimentally induced Toxoplasma gondii infection” – J Egypt Soc Parasitol; 25(3): 745-51, 1995 Dec

Foi detectado um significativo aumento na imunidade de pacientes imunodeprimidos, com o consumo de pequena quantidade de peixe, diariamente, pelo seu conteúdo em ômega-3, traduzido pela relação de linfócitos T-helper/ T-supressor.
Fonte: Gogos C A; et al – “The effect of dietary omega-3 polyunsaturated fatty acids on T-lymphocite subsets of patients with solid tumors” – Cancer Detect Prev; 19(5): 415-7, 1995

O Netherlands Cohort Study, revela evidências de uma forte associação entre consumos de cebolas e diminuição significativa no risco de Câncer de estômago.
Fonte: E; et al – “Consumption of onions and a reduced risk of stomach carcinoma” – Gastroenterology; 110(1): 12-20, 1996 Jan

Compostos polifenóis como, catequinas e flavonóides, são abundantes no chá verde e no chá preto, tendo propriedades anticarcinogênicas em culturas de células e em modelos animais.No chá preto, entretanto, a maioria das catequinas são oxidadas, para formas que reduzem suas propriedades anticarcinogênicas, O consumo de chá preto, relacionou-se a uma diminuição na incidência de Câncer de estômago e pulmão.Porém, afastando-se fatores de proteção como legumes, verduras e frutas, não houve proteção por parte do chá, contra Câncer de estômago e pulmão.
Fonte: Goldbohm R A; et al – “Consumption of black tea and cancer risk: a prospective cohort study” – J Natl Cancer Inst; 88(2): 93-100, 1996 Jan 17

A mortalidade por todas as causas, todos os tipos de Câncer e Doenças cardiovasculares é maior na Tchecoslováquia, do que na Itália.A dieta do Mediterrâneo usada na Itália, com alimentos de origem vegetal em contraste com a dieta centro-européia, rica em alimentos de origem animal (derivados lácteos e carne), utilizados na Tchecoslováquia é compatível com elevado papel da alimentação na prevenção do Câncer e Doenças cardiovasculares.
Fonte: Filiberti R; et al – “Cancer, cardiovascular mortality, and diet in Italy and the Czech Republic” – Neoplasma; 42 (5): 275-83, 1995

Em 96 homens, portadores de Câncer, constatou-se que a quantidade de alimentos de origem animal (carne, ovos, derivados lácteos) aumentou, 12 a 24 meses antes de surgir o Câncer.
Fonte: Kritchevsky S B; et al – “Changes in dietary fat intake preceding the diagnosis of cancer” – Epidemiology;6(5): 506-10, 1995 Sep

Em uma pesquisa realizada no Uruguai, após afastamento de fatores de risco, comprovou-se que um risco aumentado de Câncer de mama, foi associado com o consumo de carne, carne vermelha, gorduras totais e gorduras saturadas.
Fonte: Ronco A; et al – “Meat, fat and risk of breast cancer: a case-control study from Uruguay” – Int J Cancer; 65(3): 328-31, 1996 Jan 26

A dieta vegetariana ou semi-vegetariana, tem muitos fatores protetores contra o câncer, como encontrados na soja (isoflavonóides), nos cereais integrais, morangos e nozes (lignina).As investigações epidemiológicas, fortemente suportam a hipótese deste efeito protetor porque em países ou regiões do mundo, onde é baixa a incidência do Câncer, é alto o consumo de dieta com estes compostos.
Fonte: Adlercreutz H – “Phytoestrogens: epidemiology and a possibel role in cancer protection” – Environ Health Perspect; 103Suppl 7: 103-12, 1995 Oct

As fibras encontradas, por exemplo, no farelo de trigo, na cutícula da batata, têm a capacidade de adsorver substâncias cancerígenas, eliminando-as com as fezes, sendo importante contra o Câncer cólon-retal.
Fonte: Harris P J; et al – “The adsorption of heterocyclic aromatic amines by model dietary fibres with contrasting compositions” – Chem Biol Interact; 100 (1): 13-25, 1996 Mar 8

Estudos de caso-controle, em diversas populações ao redor do mundo, demonstraram menor risco de Câncer de mama, com o uso de dietas altas em fibra alimentar, compostas de cereais integrais, feijões, legumes e frutas.Esta dieta reduz o risco de Câncer de mama, em populações com alta incidência.
Fonte: Stoll B A ;et al – “Can supplementary dietary fiber suppress breast cancer growth?” – Br J Cancer; 73(5): 557-9, 1996 Mar

A incidência de Câncer em Ruanda é similar a outros países da África.Os Cânceres mais freqüentes, são os com possível etiologia infecciosa: fígado – 12%, colo de útero – 12%, estômago – 9%, sarcoma de Kaposi – 6%, linfoma não-Hodgkin – 3%.O consumo de cigarro é muito baixo em Ruanda e quase não existe Câncer, relacionado com tabagismo, de pulmão e de laringe.Outros tumores, associados com a alimentação moderna como a cólon-retal e a de mama, são muito freqüente.
Fonte: Newton R; et al – “Cancer in Rwanda” – Int J Cancer; 66(1): 75-81, 1996 Mar 28

Uma associação forte, foi constatada entre o consumo de alimentos vegetais e a diminuição no risco de Câncer de mama.Não existe um alimento responsável, mas sim, um efeito sinérgico de uma alimentação vegetariana ou semi-vegetariana para prevenir-se o Câncer de mama.
Fonte: Freudnheim J L; et al – ‘Premenopausal breast cancer risk and intake of vegetables, fruits, and related nutrients” – J Natl Cancer Inst; 88(6): 340-8, 1996 Mar 20

Existe uma estreita relação entre o uso de cereais integrais e uma reduzida de Câncer de cólon, reto, estômago, endométrio e Infarto do miocárdio.Este reduzido risco, não está associado com cereais refinados.
Fonte: Jacobs D R; et al – “Whole grain intake and cancer a review of the literature” – Nutr Cancer; 24(3): 221-9, 1995

Excesso de peso e consumo de álcool, são os maiores fatores para prever-se o desenvolvimento de Hipertensão arterial. Alimentos integrais (cereais, feijões legumes, verduras e frutas), estão relacionados com baixíssimo risco de desenvolver Hipertensão arterial.
Fonte: Ascherio A; et al – “Prospective study of nutritional factors, blood pressure, and hypertension among US women” – Hypertension; 27(5):1065-72, 1996 May

O uso de alimentos irritantes da mucosa do estômago, como o café, sucos cítricos, vinagre, bebidas alcoólicas, embutidos, pimenta, mostarda, excesso de sal, etc., ocasionam Gastrite atrófica, a qual aumenta o risco de Câncer de estômago.De 69 casos de Câncer de estômago, 65 tinham Gastrite atrófica e pessoas com Gastrite atrófica ainda sem Câncer, com história familiar de Câncer, corrigindo a alimentação, reverteram a Gastrite, afastando o risco do Câncer.
Fonte: Inoue M; et al – “Protective factor against progression from atrophic gastritis to gastric cancer” – Int J Cancer; 66 (3): 309-14, 1996 May 3

O Câncer de pâncreas é quase 100% fatal.Ocorrem 185.000 casos por ano, no mundo.Os fatores ambientais e variações geográficas, são pouco relacionados com a incidência.O mais significativo risco para o Câncer de pâncreas é o cigarro.Em segundo lugar, o álcool e café.A mesma dieta que aumenta o risco dos outros tipos de Câncer, tem também, significativa importância.
Fonte: Ahlgren J D – “Epidemiology and risk factors in pancreatic cancer” – Semin Oncol; 23(2): 241-50, 1996 Apr

A incidência de Câncer de mama é 7 vezes maior nos EUA, do que na China e no Japão.Quando chineses, japoneses e filipinos, migram para os EUA, as incidências de Câncer de mama, ficam iguais aos das americanas.Portanto, as modificações na dieta e atividade física, evitando o excesso de peso, pode ter um significativo e rápido impacto na incidência de Câncer de mama nos países ocidentais.A dieta tradicional no Japão e na China é composta de cereais integrais, feijões, legumes, verduras e derivados de soja, com peixe ocasionalmente (1 vez por semana) e sem alimentos lácteos.
Fonte: Ziegler R G; et al – “Relative weight, weight, weight change, height, and breast cancer risk in Asian-American women” – J Natl Cancer Inst; 88(10): 650-60, 1996 May 15

Cebolas, alho-porro e alho, pertencem a Allium genus, que contém grandes quantidades de compostos quimiopreventivos, que previnem o Câncer. Porém, para prevenir-se o Câncer é necessário uma dieta balanceada, porque as substâncias químicas dos alimentos interagem e complementam-se entre si.O simples fato de usar-se complementos de alho e de cebola, em uma alimentação incorreta, não previne Câncer.
Fonte: Dorant E; et al – “A prospective cohort study on the relationship between onion and leek consumption, garlic supplement use and the risk of colorectal carcinoma in the Netherlands” – Carcinogenesis; 17(3): 477-84, 1996 Mar

O consumo de carne vermelha, está relacionado com o risco de Câncer de cólon e reto. O aumento de ingestão de carne vermelha, provoca um significativo aumento de compostos N-nitrosos nas fezes (cancerígenos), similar aos compostos N-nitrosos do cigarro.Quando a alimentação com excesso de carne vermelha é complementada por fibras, não há redução nos níveis de compostos N-nitrosos nas fezes.O consumo de carne branca e peixe, não aumenta a concentração de compostos N-nitrosos nas fezes.Os compostos N-nitrosos aumentam ao mudar-se de carne branca para carne vermelha.O aumento na produção endógeno de compostos N-nitrosos e seus precursores, com o consumo de carne vermelha é um dos mecanismos relevantes para a etiologia do Câncer de cólon e reto.
Fonte: Bingham S A; et al –“Does increased endogenous formation of N-nitroso compounds in the human colon explain the association between red meat and colon cancer?” – Carcinogenesis; 17(3): 515-23, 1996 Mar

Suplementos farmacêuticos de vitamina A, não têm valor na prevenção de Doenças cardiovasculares e Câncer. Para conseguir-se os benefícios da vitamina A, deve-se consumir os alimentos que contêm beta-caroteno, pois eles interagem com outros fitoquímicos, em uma alimentação balanceada, exercendo seu efeito protetor.
Fonte: Mayne S T – “Beta-carotene, carotenoids, and disease prevention in humans” – FASEB J;10(7): 690-701, 1996 May

O risco de Câncer de Pâncreas, aumenta com o consumo de vegetais em conserva e carnes fritas, grelhadas, curadas ou defumadas, fontes de nitrosaminas, hidrocarbonatos aromáticos policíclicos e animais aromáticas heterocíclicas, todos cancerígenos. O risco e Câncer de pâncreas é pequeno, com o consumo de vegetais, frutas, cereais integrais, abundantes fontes de vitamina C, E e beta-caroteno.
Fonte: Ji B T;et al – “Dietary factors and the risk of pancreatic cancer: a case-control study in Shangai China” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 4(8): 885-93, 1995 Dec

O risco de Câncer de pâncreas está associado com o excesso de sal, alimentos defumados, alimentos desidratados e açúcar. Baixo risco de Câncer de pâncreas, ocorre com o consumo de alimentos sem preservativos ou aditivos, legumes, raízes e cozimento em panela de pressão, eletricidade. Cozimento com lenha, está associado significativamente com alto risco de Câncer de pâncreas.
Fonte: Ghadirian; et al – “Foods habits and pancreatic cancer: a case-control study of the Francophone community in Montreal, Canada” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 4(8): 895-9, 1995 Dec

Estudos epidemiológicos em populações e experimentos animais, sugerem fortemente que a alimentação rica em gorduras (derivados lácteos, carnes, ovos, óleos), promovem o Câncer de mama, principalmente em mulheres idosas.
Fonte: Henderson – “Nutritional aspects of breast cancer” – Cancer; 76(10Suppl): 2053-8, 1995 Nov 15

O risco de Adenoma e Câncer de cólon, aumenta com o aumento na ingestão de carne.
Fonte: Roberts-Thomson I C; et al – “Diet, acetylator phenotype, and risk of colorectal neoplasia” – Lancet; 347(9012): 1372-4, 1996 May 18

Existem fortes evidências que o consumo de cereais, feijões, legumes, verduras e frutas, protege contra o Câncer, em parte devido ao efeito de decrescer as lesões oxidativas para o DNA.
Fonte: Duthie S J; et al –“Antioxidant supplementation decreases oxidative DNA damage in human lymphocytes” – Cancer Res; 56 (6): 1291-5, 1996 Mar 15

O uso crônico de bebidas alcoólicas afeta a imunidade, diminuindo a resistência contra um grande número de doenças infecciosas, aumentando a susceptibilidade à infecção pelo vírus da imunodeficiência e o desenvolvimento da síndrome de imunodeficiência adquirida.
Fonte: Fitzpatrick E A;et al – “Ethanol as a possible cofator in the development of murine AIDS” – Alcohol Clin Exp Res; 19(4): 915-22, 1995 Aug

A síndrome do Golfo Pérsico é causada por alergia à proteína da carne, após programa de imunização do exército norte-americano.
Fonte: Hollander D H – “Beef allergy and the Persian Gulf syndrome” – Med Hypotheses; 45(3): 221-2, 1995 Sep

O uso de alimentos ricos em zinco, aumenta a imunidade, tendo sido demonstrado em casos de Toxoplasmose.
Fonte: Tasci S; et al – “The effect of zinc supplementation in experimentally induced Toxoplasma gondii infection” – J Egypt Soc Parasitol; 25(3): 745-51, 1995 Dec

A alimentação rica em cereais integrais, feijões, legumes, verduras, tem efeito protetor contra o Câncer de cólon, enquanto a alimentação rica em arroz branco, farinha de trigo refinada (pão branco, bolacha de farinha branca), ovos, queijo e carne vermelha, ocasiona um forte risco de Câncer de cólon e reto.
Fonte: Bidoli E; et al – “Food consumption and cancer of the colon and rectum in North-eastern Italy” – Int J Cancer; 50(2): 223-9, 1992 Jan 21

A dieta com alimentos gordurosos, aumenta a incidência de Câncer adenoescamoso na mama de ratos.
Fonte:Fisher S M;et al-“The effect of dietary fato n the rapid development of mammary tumors induced by 7, 12-dimethyl-benz(a)anthracene in SENCAR mice” – Cancer Res; 52(3):662-6, 1992 Feb 1

A incidência de Câncer de estômago, na Itália é baixa com o consumo regular de legumes, frutas e aumenta com o uso de sopas tradicionais, com carne, com o aumento de proteínas, colesterol e alimentos salgados.
Fonte: Palli D; et al – “A case-control study of cancer of the gastric cardia in Italy” – Br J Cancer; 65(2): 263-6, 1992 Feb

As carnes cozidas, produzem uma variedade de animais heterocíclicas que produzem Câncer de mama e Linfomas em ratos.
Fonte: Wakabayashi K; et al – “Food-derived mutagens and carcinogens” – Cancer Res;52(7Suppl): 2092S-2098S, 1992 Apr 1

O consumo de bebidas alcoólicas, em seres humanos está intimamente associado ao Câncer de boca, faringe, laringe, esôfago e fígado, na proporção típica da quantidade das bebidas alcoólicas consumidas.
Fonte:Blot – “Alcohol and cancer” –Cancer Res; 52(7Suppl): 2119S- 2123S, 1992 Apr 1

Uma dieta refinada suplementada com soja fermentada (shoyu), inibe benzo(a)pyrene, que causa Câncer de estômago em ratos.A fração solúvel do shoyu, contendo um composto aromático e antioxidante, enquanto os compostos amino-carbonil que confere a cor, são concentrados em ethil-acetato.Ambas as frações inibem benzo(a)pyrene, que induz Câncer de estômago.O principal componente aromático do shoyu, 4-hydroxy-2 ethyl-5 methyl-3 furanone, foi dado ao camundongo após a administração do cancerígeno e inibiu o conseqüente desenvolvimento do Câncer.Este componente do shoyu, foi eficiente na concentração de 4mg/kg peso/dia, indicando que é um potente anticarcinogêncico.
Fonte: Nagahara A; et al – “Inhibition of benzo[a]pyrene-induced mouse forestomach neoplasia by a principal flavor component of Japanese-style fermented soy sauce” – Cancer Res; 52(7); 1754-6, 1992 Apr 1

Ingerindo uma dieta vegetariana crua, a atividade da urease fecal diminui em 66%, na hidrolase colyglicina 55%, beta-glucorunidase 33% e beta-glucosidade 40%.Fenol e T-cresol no soro e na urina diminuiram significativamente.Estes resultados sugerem fortemente que a dieta vegetariana crua, causa um decréscimo nas enzimas bacterianas e certos produtos tóxicos, que têm sido implicados no Câncer do cólon.
Fonte: Ling W H;et al – “Shifting from a conventional diet to na uncooked vegan diet reversibly alters fecal hydrolytic activities in humans” – J Nutr; 122(4): 924-30, 1992 Apr

O risco de Câncer de pulmão em Yunnan, China, aumenta com ingestão de carne e diminui com a ingestão de vegetais verdes e legumes, provavelmente pelo seu conteúdo em beta-caroteno e outros compostos protetores, encontrados no alho.
Fonte: Swanson C A; et al – “Dietary determinants of lung-cancer risk;results from a case-control study in Yunnan Province, China” – Int J Cancer; 50(6): 876-80, 1992 Apr 1

O consumo de alimentos de origem vegetal (cereais, feijões, legumes, verduras, sementes e frutas) são fatores protetores contra o Câncer de bexiga.Carne, porco, frango e outros alimentos de gordura, são fatores de risco.O consumo de excesso de café é um fator de risco, bem como, adoçantes artificiais.
Fonte: Silverman D T; et al – “Epidemiology of bladder cancer” – Hepatol Oncol Clin North Am; 6(1): 1-30, 1992 Feb

O consumo da maioria dos vegetais cozidos ou crus de frutas frescas é fator de proteção contra o Câncer de estômago.Existe um risco aumentado com farinha de trigo refinada, incluindo pão branco e açúcar, em estudo caso-controle, realizado na Bélgica.
Fonte:Tuyns A J; et al – “Diet and gastric cancer.A case-control study in Belgium” – Int J Cancer; 51(1): 1-6, 1992 Apr 22

No passado, a incidência de Infarto de miocárdio, câncer e diabetes, era muito baixa nos habitantes do Alaska.Hoje, pela assimilação da dieta moderna, estas doenças aumentaram a incidência.
Fonte: Nobmann E D; et al – “The diet of Alaska Native adults 1987-1988” – Am J Clin Nutr; 55(5): 1024-32, 1992 May

Foram analisados 149 casos de câncer de pâncreas e 363 controles.Devido a alta mortalidade por câncer de pâncreas, todas as informações foram obtidas de parentes.Aumento no risco esteve presente em:tomadores de café, fumantes e usuários de bebidas alcoólicas.O risco aumente proporcionalmente à quantidade de xícaras de café consumidas durante a vida.O risco aumente nos usuários de café normal e descafeínado, porém é maior nos consumidores de café descafeinado.
Fonte:Lyon J L; et al – “Coffe consumption and the risk of cancer of the exocrine pâncreas a case-control study in a low-risk population” – Epidemiology; 3(2): 164-70, 1992 Mar

Durante os últimos 20 anos, houve importantes mudanças referents às mortes por Doenças cardiovasculares, com um aumento na Hungria e uma diminuição no Japão.Estas mudanças rápidas na mortalidade, não são explicadas por fatores genéticos.As evidências epidemiológicas, fortemente apontam para a nutrição e especialmente à ingestão de gorduras saturadas (carne, ovos e queijo) e sal, como maiores determinantes da mortalidade.As gorduras saturadas, também podem estar relacionadas com a mortalidade por Câncer.
Fonte: Kestellot H; et al – “Nutrition and Health” – Eur Heart J; 13(1): 120-8, 1992 Jan

O uso de cereais integrais, legumes, verduras, feijões, frutas e sementes, diminuiu o risco de Câncer de cólon, na China.O uso de carne, gorduras e derivados lácteos, aumenta o risco.
Fonte: Yang G – “Environmental and inheritive factors on large bowel cancer” – Chung Hua Liu Hsing Ping Hsueh Tsa Chih; 13(1): 30-3, 1992 Feb

O colesterol aumenta a incidência de Câncer de cólon em murinos e deve ser um importante fator etiológico no Câncer de intestino grosso, em seres humanos.
Fonte: Kendall C W; et al – “Dietary cholesterol enhances preneoplasic aberrant crypt formation and alters cell proliferation in the murine colon trated with azoxymethane” – Nutr Cancer; 17(2): 107-14, 1992

Uma dieta que evita o risco de doenças coronarianas cardíacas é a mesma dieta que evita o risco de Câncer de cólon e reto.
Fonte:Trichopoulou A; et al – “High protein, saturated fat and cholesterol diet, and low levels of serum lipids in colorectal cancer” – Int J Cancer; 51(3): 386-9, 1992 May 28

Flavonóide, ácido tânico, ácido gálico, encontrados nos alimentos vegetais, principalmente a soja, inibem o crescimento de células de Linfoma.
Fonte: Ramanathan R; et al – “Cytotoxic effect of plan polyphenols and fat-soluble vitamins on malignant human cultured cells” – Cancer Lett; 62 (3): 217-24, 1992 Mar 15

Dietas ricas em grãos, vegetais, frutas e baixa em produtos animais (gorduras), previnem o Câncer.A dieta alta em gorduras (carnes e derivados lácteos) associada ao fumo é responsável por 65% das mortes por Câncer.
Fonte: MMWR Morb Mortal Wkly Rep; 41 (24): 417-21, 1992 Jun 19

Proteínas alteradas pelo calor (caseína) cozidas com gorduras, na dieta de ratos, promovem o aparecimento de Câncer e precursores do Câncer. A promoção do Câncer, promovida por proteínas cozinhadas em altas temperaturas, associadas à alimentação de alto teor em gorduras, deve ser prevenida
Fonte: Zhang X M; et al – “Promotion of aberrant crypt foci and cancer in rat colon by thermolized protein” – J Natl Cancer Inst; 84(13): 1026-30, 1992 Jul 1

Alta concentração de nitrito e nitrato, foi encontrado na saliva de crianças e adultos, em uma área de alto risco de Câncer de esôfago e estômago.
Fonte: Siddigi M; et al – “Sallivary nitrate and nitrite concentrations from a sample population of children and adult in high risk área for esophageal and gastric cancers in Kashmir, Índia” – Cancer Lett; 64(2): 133-6, 1992 Jun 15

Entre 1984 e 1988, 2064 mulheres foram mantidas sob uma dieta de baixo teor de gordura, com cereais integrais, durante 20 meses, com boa aceitação.
Fonte: Urban N; et al – “Correlates of maintenance of a low-fat diet among women in the Women’s Health Trial” – Prev Med; 21 (3): 279-91, 1992 May

Elevado risco de Câncer, na maioria das localizações é relacionado com hábito de fumar, bebidas alcoólicas, com Câncer do trato digestivo alto e baixo, fígado e próstata: consumo de carne, com Câncer de pâncreas, cólon, pulmão e mama.O consumo de alho, de vegetais verdes e amarelos, reduzem o risco de Câncer de estômago, cólon, pulmão, colo de útero e próstata.Uma intensa campanha, para mudar os hábitos alimentares da população, resultou em uma notável mudança no comportamento do público, na maioria dos casos no Japão.
Fonte: Hirayama T – “Life – style and cancer: from epidemiological evidence to public behavior change to mortality reduction of target cancers” – J Natl Cancer Inst Monogr; (12): 65-74, 1992

Em Singapura, analisando 200 casos de Câncer de mama, comparados com 420 controles, fatores de baixo risco para o câncer, foram relacionados com o uso de legumes, verduras, produtos de soja, cereais; e alto risco de câncer foi relacionado com carne vermelha.
Fonte: Lee H P; et al – “Risk factors for breast cancer by age and menopausal status:a case-control study in Singapore” – Cancer Causes Control; 3(4): 313-22, 1992 Jul

Nos EUA, a proporção de mortalidade dor Câncer de pulmão é 72 por 100 mil; e no Japão, 38 mortes por 100 mil habitantes. O consumo de alimentos animais (gorduras) é mais alto nos EUA, desde 1950 (40% versus 8%) e em 1985, (43% versus 24%). Uma relação linear é observada entre mortalidade por Câncer de pulmão e ingestão de alimentos de origem animal (carnes e derivados lácteos). Esta pesquisa, reafirma o conceito que a alimentação, com excesso de gorduras, acentua os efeitos carcinogênicos do cigarro.
Fonte: Wynder E L; et al – “Ecologic study of lung cancer risk factors in the US and Japan, with special reference to smoking and diet – Jpn J Cancer Res; 83(5): 418-23, 1992 May

Na Espanha, a mais significativa correlação com os mais diferentes tipos de Câncer é o consumo de gorduras animais, peixe defumado e café. Os dois últimos, foram relacionados com Câncer de esôfago, em particular. O consumo de vegetais, especificamente cenouras, ofereceram diminuição de risco.
Fonte: Llopis A; et al – “Digestive cancer in relation to diet in Spain” – J Environ Pathol Toxicol Oncol; 11(3): 169-75, 1992 May-Jun

Em 91 pacientes com Câncer de mama, constatou-se que o consumo de cereais e vegetais, foi associado com características favoráveis evolutivas;o consumo de gorduras animais e vegetais, foi associado com características adversas de evolução.
Fonte: Ingram D M; et al – ‘Host factors and breast cancer growt characteristics” – Eur J Cancer; 28A (6-7): 1153-61, 1992

Em grande Milão, em 300 casos de Câncer de esôfago, comparados com 1203 controles, estima-se que eliminando-se o fumo, reduzindo o consumo de álcool, enriquecendo a dieta com legumes, verduras, cereais e frutas, o Câncer de esôfago seria uma rara doença em italianos, em ambos os sexos.
Fonte: Negri E; et al – “Attributable risks for esophageal cancer in northern Italy” – Eur J Cancer; 28A(6-7): 1167-71, 1992

Na Polônia, em Crakov, em 126 casos de Câncer de mama, comparados com 250 controles, concluiu-se que o hábito de beber vodka, por 20 anos, aumentou signitivamente o risco de Câncer de mama, em mulheres com menos de 50 anos.O freqüente consumo de vegetais cozidos, nos 20 anos anteriores, foi associado com reduzido risco de Câncer de mama.
Fonte: Pawlega J – “Breast cancer and smoking, vodka drinking and dietary habits.A case-control study” – Acta Oncol; 31(4): 387-92, 1992

Os autores interviram na alimentação de 121 mulheres, portadoras de Câncer de mama, recomendando uma dieta composta de cereais, feijões, verduras, frutas e peixe, evitando ovos, derivados lácteos e carne vermelha.
Fonte: Nordevang E; et al – “Dietary intervention in breast cancer patients: effects on food choice” – Eur J Cancer Nutr; 46(6): 387-96, 1992 Jun

Na Argentina, em um estudo caso controle, de 110 pacientes com Câncer de cólon, constatou-se que o consumo de cereais, feijões, legumes, verduras, peixe e frango, foi associado significativamente com menor risco.
Fonte: Iscovich J M; et al – “Colon cancer in Argentina” – Int J Cancer; 51(6): 851-7, 1992 Jul 30

Na provincial de Leon, Espanha, 109 pessoas com Câncer de estômago, comparadas com 123 controles, constatou-se estatísticas, significativa diminuição no risco, o consumo de frutas, legumes e verduras; e um aumento no risco, o consumo de salsichas e carnes em geral, principalmente carnes defumadas.
Fonte: Sanchez-Diez A; et al – “Study of the relation between diet and gastric cancer in a rural área of the Province of Leon, Spain” – Eur J Epidemiol; 8(2): 233-7, 1992 Mar

A mudança de uma dieta de alto teor de gorduras, para uma dieta em baixo teor em gorduras, decresce significativamente tumores de mama em animais. A mesma mudança deve ser feita em seres humanos, com câncer de mama.
Fonte: Noguchi M; et al – “Effects of switching from a hight-fat diet to a low-fat diet on tumor proliferation and cell kinetics of 7, 12 – dimethylbenz(a) anthracene-induced mammary carcinoma in rats” – Oncology; 49(3): 246-52, 1992

O uso freqüente de alimentação tradicional japonesa, com carnes fervidas e saladas preparadas com conservas, foi positivamente associado à mortalidade por câncer de estômago. O cigarro e bebidas alcoólicas, também foram fatores de risco.
Fonte: Kato I; et al – “A prospective study of stomach cancer among a rural Japanese population: a 6-year survey” – Jpn J Cancer Res; 83(6): 568-75, 1992 Jun

O fumo e álcool, estão relacionados com alta incidência de câncer de laringe e pulmão, em 90% dos casos. A dieta rica em legumes, verduras e frutas, tem efeito protetor para câncer de laringe e pulmão, em vários estudos realizados na Itália.
Fonte: Berrino F; et al – “Epidemiology of malignant tumors of the larynx and lung” – Ann Ist Super Sanita; 28(1): 107-20, 1992

Na Índia, o uso de pimenta, chá salgado e vegetais em conserva, foram relacionados com a incidência de câncer de esôfago e gástrico.
Fonte: Siddigi M; et al – “Increased exposure to dietary amines and nitrate in a population at high risk of esophageal and gastric cancer in Kashmir (India)” – Carcinogenesis; 13(8): 1331-5, 1992 Aug

Uma dieta balanceada, que contém quantidade adequada de proteínas é importante para boa resposta imunológica. Quantidades adequadas de vitamina A e E, ativam a função dos macrófagos, sendo importantes na prevenção das infecções e do câncer.
Fonte: Kishino Y; et al – “Nutritional factors and cellular immune responses” – Nutr Health; 8(2-3): 113-41, 1992

Em 154 pessoas com câncer de rim, comparadas com 157 controles em Shangai, na China, foi constatado risco elevado, com o uso de cigarro, consumo de carne, baixo consumo de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e uso de analgésicos contendo fenacetin.
Fonte: McLaughlin J K; et al – “Risk factors for renal-cell cancer in Shangai, China” – Int J Cancer; 52(4): 562-5, 1992 Oct 21

No Japão, os hábitos alimentares, são a principal causa de câncer. Os fatores de risco, são alimentos com excesso de sal, vegetais em conserva e baixo consumo de legumes e verduras. O uso de derivados lácteos, farinha de trigo refinada e carnes, aumentou a incidência de câncer de mama e cólon.
Fonte: Tominaga S; et al – “Diet, nutrition and cancer in Japan” – Nutr Health; 8(2-3): 125-32, 1992

Sessenta casos de câncer de cavidade nasal (nariz) e sinus, comparados com 414 controles, em Shangai, relacionaram-se com cigarros, exposição à sílica, produtos do petróleo, uso de madeira e carvão para cozinhar, aspirando a fumaça pelo nariz, inflamação crônica no nariz. Constatou-se efeito protetor, no consumo de alho, laranjas e tangerinas (50% de proteção). Grande aumento de risco foi constatado com o uso de carne, peixe e vegetais, preservados em sal, com relação dose resposta, nos consumidores regulares destes alimentos salgados. Os fatores alimentares, são importantes no desenvolvimento deste tipo de câncer.
Fonte: Zheng W; et al – “A population-based case-control study of cancers of the nasal cavity and paranasal sinuses in Shangai” – Int J Cancer; 52(4): 557-61, 1992 Oct 21

A alimentação de 746 pessoas com câncer de cólon, em Los Angeles Country, foi comparada com 746 pessoas, afastados outros fatores, concluindo-se que: carnes, frango, pão de farinha “branca” e doces, aumentaram o risco. Alimentos com fibras, como: cereais integrais, leguminosas, legumes e verduras, tiveram significativo efeito protetor nos Tumores de Cólon ascendente.
Fonte: Peters R K; et al – “Diet and colon cancer in Los Angeles County, California” – Cancer Causes Control; 3(5): 457-73, 1992 Sep

Em Saitama, Japão, 294 casos de Adenocarcinoma de estômago, comparados com 294 controles, foram analisados, concluindo-se que: o consumo de legumes tem efeito de diminuir o risco, havendo dose-resposta consistente, o fumo aumenta o risco, não havendo porém, dose-resposta.
Fonte: Hoshiyama Y; et al – “A case-control study of stomach cancer and its relation to diet, cigarettes, and alcohol consumption in Saitama Prefecture, Japan” – Cancer Causes Control; 3(5): 441-8, 1992 Sep

O risco da alimentação provocar o câncer, depende do tipo de alimentação ingerida nas refeições e não nos aditivos e pesticidas, os quais são controlados pelo Governo.
Fonte: Scheuplein – “Perspectives on toxicological risk – a example: foodborne carcinogenic risk” – Crit Rev Food Sci Nutr; 32(2): 105-21, 1992

O ácido fítico (inositol hexaphosphato), contido no farelo de arroz, do trigo, do milho e de outros cereais, portanto, presente no arroz integral e na farinha de trigo integral, tem efeito antitumoral em câncer de cólon experimental “in vivo”. Além disso, injetado em murinos, reduz o crescimento de fibrossarcoma transplantado, prolongando a vida dos animais e reduz o número de metástases pulmonares. Este quimiopreventivo é abundante nos cereais integrais, portanto, devemos usá-los em substituição aos grãos e farinhas refinadas, para a prevenção e terapia do câncer.
Fonte: Vucenik I; et al – “Antitumor activity of phytic acid (inositol hexaphosphate) in murine transplanted and metastic fibrosarcoma, a pilot study” – Cancer Lett; 65(1): 9-13, 1992 Jul 31

Na Turquia, adjacente ao Mar Cáspio, a alta incidência de câncer de esôfago é atribuída ao fumo (de mais de 1 maço ao dia) e baixa ingestão de legumes, verduras e frutas.
Fonte: Memik F; et al – “The etiological role of diet, smoking, and drinking habits of patients with esophageal carcinoma in Turkey” – J Environ Pathol Toxicol Oncol; 11(4): 197-200, 1992 Jul-Aug

Câncer de cólon , quimicamente induzidos em ratos, tem sua incidência aumentada nos animais alimentados com produtos animais de alta concentração em gorduras. Seu papel se faz sentir, após a iniciação.
Fonte: Reddy B S; et al – “Dietary fat and colon cancer: animal model studies” – Lipids; 27(10): 807-13, 1992 Oct

Foram analisados 200 estudos, relacionando a dieta ao câncer. Uma significativa proteção, estatisticamente demonstrada, entre o consumo de cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras e frutas e o baixo risco de câncer, foi encontrada em 128 dos 156 estudos. Para o câncer de pulmão, significativa proteção foi encontrada em 24 dos 25 estudos, após afastado o fumo; para o câncer de esôfago, cavidade oral e laringe, 28 dos 29 estudos; para o câncer de pâncreas e estômago, 23 dos 38 estudos; para o câncer de mama, um efeito protetor foi descoberto por ser forte e consistente em meta-análise. Portanto, enormes benefícios para a Saúde Pública, podem ser conseguidos, consumindo-se maior proporção destes alimentos, mudando-se de cereais e farinhas refinadas para integrais, evitando-se leites e derivados, restringindo ao mínimo e com pouca freqüência, a ingestão de carnes e ovos.
Fonte:Block G; et al – “Fruit, vegetables, and cancer prevention: a review of the epidemiological evidence” – Nutr Cancer; 18(1): 1-29, 1992

O alho tem propriedades anticarcinogênicas, as quais são maiores, se o alho é enriquecido com Selênio. Induzindo tumores mamários quimicamente, em ratos com DMBA e acrescentando-se alho à dieta, desde antes da administração do DMBA, ou alho enriquecido em Selênio, houve efetiva supressão dos tumores. A proteção se faz, desde a fase de iniciação. O alho enriquecido com Selênio é obtido do crescimento do alho, em meio fertilizado com Selênio, tendo eficiente ação preventiva contra o câncer.
Fonte: Ip C; et al – “Mammary cancer prevention by regular garlic and selenium-enriched garlic” – Nutr Cancer; 17(3): 279-86, 1992

Na Rússia, estima-se que deixar de fumar, salvariam 80.000 vidas por ano. Outra mudança muito importante seria aumentar o consumo de cereais, leguminosas, legumes, verduras, frutas e menos sal. Eliminação de carcinógenos ocupacionais, em áreas altamente industrializadas, diminuição à exposição aos carcinógenos do ar ambiente e proteção a exposição à radioatividade, completariam as medidas que salvariam um número grande de vidas e fortaleceria a NAÇÃO.
Fonte: Zaridze D G – “Incidence of malignant tumors in Rússia and their prevention” – Arkh Patol; 54(4): 5-12, 1992

Camundongos alimentados com dieta de baixo teor em gorduras (5% óleo de milho), tiveram desenvolvimento de câncer de mama implantado, mais lento, com metástases menores do que o grupo alimentado com dieta de alto teor em gorduras (23% óleo de milho).
Fonte: Rose D P; et al – “Influence of dietary fat intake on local recurrence and progression of metastases arising from MDA-MB-435 human breast cancer cells in nude mice after excision of the primary tumor” – 18(2): 113-22, 1992

Em Moscou e Khabarovsk, 217 casos de câncer cólon-retal, foram associados à alimentação dos últimos 10 anos, causando alto risco à substituição de cereais, feijões e legumes, por carne e derivados lácteos (gorduras). Significativa redução no risco, coincidiu com o consumo de vegetais e frutas.
Fonte: Zaridze D; et al – “Diet and colorectal cancer: results of two case-control studies in Rússia” – Eur J Cancer; 29ª(1): 112-5, 1992

Na China, constatou-se que 7 vegetais usados, comumente, têm a propriedade de inibir a mutagenicidade causada por Mitomycina C, Bleomicina, Fluorouracil, cis-Diaminodicloroplatinum, Arabinosylcytosin e Mustargem.Eles são: o alho, cebola, tomate, pepino, water-radish, gengibre e aspargo.Devem ser usado na dieta de pacientes com câncer, recebendo quimioterapia e em sua prevenção.
Fonte: Zhao Z Z; et al –“A SOS induction test screening study for vegetables inhibiting mutagenicity caused by antineoplasic drugs” – Chung Hua Yu Fang I Hsueh Tsa Chih; 26(2): 92-3, 1992 Mar

No Irã, o câncer de esôfago está associado: ao uso de bebidas alcoólicas e cigarro;a uma dieta pobre em legumes, verduras e frutas;a insuficiente mastigação;ao consumo de alimentos e bebidas, a temperaturas muito altas e ao uso de pimenta e sementes irritantes.
Fonte: Ghadirian P; et al – “Foods habits and esophageal cancer : na overview” – Cancer Detect Prev; 16(3): 163-8, 1992

De milhares de substâncias químicas, testadas, o único composto comprovadamente iniciador do Câncer de esôfago, são as N-nitrosaminas.É proveniente de nitritos, conservantes de alimentos, como: as carnes, salsicha, bacon, “frios”, cerveja e peixe.Os nitritos combinam-se com as aminas dos alimentos, formando nitrosaminas no estômago.No presente, a Nitrosamina é o único produto químico, comprovadamente iniciador do Câncer, depende de fatores secundários, notadamente o álcool na Europa e EUA;deficiências alimentares na China e Irã;micotoxinas contaminando o milho e amendoim na África do Sul.Quando vários fatores de risco coincidem em uma localidade, o resultado tem sido uma incidência muito alta de Câncer de esôfago.
Fonte: Craddock V M –“Aetiology of esophageal cancer: some operative factors “ – Eur J Cancer Prev; 1(2): 89-103, 1992 Feb

O álcool e o cigarro, são os maiores fatores de risco para o Câncer de esôfago, ao redor do mundo.A falta de grãos, legumes, verduras e frutas, na dieta é fator igualmente importante.A lesão térmica do chá ou chimarrão, bebidos a altas temperaturas, aumenta o risco independente.
Fonte: Muir C S ;et al – “Cancer of the oesophagus: a global overview” – Eur J Cancer Prev; 1(3): 259-64, 1992 Apr

O abuso ou o consumo freqüente de bebidas alcoólicas (ethanol), aumenta a incidência de infecções, assim como, certos tipos de câncer, por diminuir a imunidade.Neste estudo, em camundongos, a administração de ethanol na dieta, diminuiu consideravelmente a atividade dos linfócitos T, contra doses sub letais de Listeria monocytogenes.
Fonte: Jerrells T R; et al – “Effect of ethanol on parameters of cellular immunity and host defense mechanisms to infectious agents” – Alcohol; 9 (6): 459-63, 1992 Nov-Dec

O risco de Câncer de pele (Carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas) é estatisticamente e significativamente, menor com o alto e freqüente consumo de vegetais em geral, feijão, lentilhas, ervilhas, cenouras, abóbora, repolho, couve de Bruxelas, brócoli, peixe e alimentos que contém beta-caroteno. A incidência de Câncer de pele, foi inversamente proporcional ao nível de beta-caroteno no soro.
Fonte: Kune G A; et al – “Diet, alcohol, smoking, serum beta carotene, and vitamin A in male nonmelanocitytic skin cancer patients and controls” – Nutr Cancer; 18(3): 237-44, 1992

A dieta é importante para prevenção do Câncer de bexiga. Aumenta o risco de gorduras (carnes, derivados lácteos, frituras e excesso de sal). Decresce o risco: cereais, leguminosas, legumes, verduras e frutas.
Fonte: Vena J E; et al – “Diet in the epidemiology of bladder cancer in western New York” – Nutr Cancer; 18(3): 255-64, 1992

Em New York, no Western New York Diet Study (1975-1986), as incidências de Câncer de cólon relacionam-se positivamente, como teor de gorduras (carnes, derivados lácteos, ovos, frituras) na dieta.
Fonte: Randall E; et al – “Dietary patterns and colon cancer in western New York” – Nutr Cancer; 18(3): 265-76, 1992

Na Itália, em 217 casos de Câncer de próstata, comparados com 685 casos controle, o risco era alto para as pessoas que comiam, mais freqüentemente, carne, leite, peixe, fígado, presunto, salame e manteiga. Associando-se consumo freqüente desses alimentos, vegetais e frutas, não houve proteção.
Fonte: Talamini R; et al – “Diet and prostatic cancer: a case-control study in northern Italy” – Nutr Cancer; 18(3): 277-86, 1992

Pacientes com Câncer de mama, foram acompanhados por 3 anos após mastectomia e quimioterapia, mantidos com dieta com menos gorduras (30%). Foi estabelecido um efeito inibidor da dieta, na progressão da doença, com recorrência em 7% dos 56 casos e em 25% dos 52 controles.
Fonte: Sopotsinkaia E B; et al – “Experience with the use of a low-calorie diet in breast cancer patients to prevent metastasis” – Vopr Onkol; 38(5): 592-9, 1992

Em estudo epidemiológico, realizado em Moscou, ficou estabelecido maior risco de Câncer de bexiga, quanto mais proteínas consumia-se para fumantes.Um efeito protetor foi constatado, no consumo de legumes, verduras e frutas.
Fonte: Zaridze D G; et al – “Increased risk factors for the occurrence of bladder cancer” – Vopr Onkol; 38(9): 1066-73, 1992

Em Shangai, China, Câncer de faringe e cavidade oral foram relacionados com carne preservada em sal, peixe em excesso, cigarro, álcool, exposição a asbesto, fogões a querosene e frituras.O risco decresce, com o aumento na ingestão de frutas, laranjas, tangerinas, vegetais verdes e raízes (até 50% menos risco).
Fonte: Zheng W; et al – “Risk factors for oral and pharyngeal cancer in Shangai, with emphasis on diet” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 1 (6): 441-8, 1992 Sep-Oct

No Hawaí, em Oahu, entre 1975 e 1980, foram estudadas 272 mulheres Japonesas e Caucasianas, com Câncer de mama, em relação a 296 controles vizinhos, havendo dose-resposta positiva, entre o Câncer de mama e o consumo de salsichas, derivados do leite (queijo, manteiga) e todos os tipos de carne combinados.Concluiu-se que mulheres, com alto consumo de alimentos, ricos em gorduras e proteína animal, têm alto risco de apresentar Câncer de mama.
Fonte: Goodman M T; et al – “The association of diet, obesity, and breast cancer in Hawaii” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 1(4): 269-75, 1992 May-Jun

O Selênio é eficiente em anular a ação de vários compostos químicos cancerígenos, que são: 3-methyl-4-dimethyl-aminoazobenzene, 2-acethylamino-fluorene, diethylnitrosamine, aflatoxin, 7, 12-dimethylben (a) anthracene, benzopyrene and 3-methylcholantrene, usados para induzir Câncer de mama, pele e fígado, em animais.
Fonte: Whanger P D – “Selenium in the treatment of heavy metal poisoning and chemical carcinogenesis” – J Trace Elem Electrolytes Health Dis; 6(4): 209-21, 1992 Dec

Na Thailândia, o Câncer de naso-faringe, relaciona-se com o consumo de peixe em conserva de sal(mesmo 1 x semana).
Fonte: Sriamporn S; et al – ‘Environmental risk factors for nasopharyngeal carcinoma: a case-control study in northeastern Thailand” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 1(5): 345-8, 1992 Jul-Aug

Um estudo de casos-controle, dosou os níveis de folato na dieta, no soro e nos glóbulos vermelhos de mulheres com Câncer de colo de útero e mulheres normais.Investigação similar se fez com relação à vitamina C.As medidas de praxe foram tomadas, com semelhanças de idade, raça, condição social, etc.Um efeito protetor do folato, nos glóbulos vermelhos, foi evidente, mostrando uma relação inversa entre os casos de Câncer de útero e os níveis de folato, no soro e na dieta.O mesmo foi constatado com relação à vitamina C.Estas descobertas estão de acordo com a American Cancer Society e o National Cancer Institute, que recomenda adequado aporte na dieta de folato e vitamina C, através do uso nas refeições de frutas, legumes, verduras, leguminosas e cereais integrais sendo todos estes tipos de alimentos boas fontes de folato, para a prevenção do Câncer de colo de útero, além de, evidentemente, cuidados locais, esfregaços citológicos regulares, vida sexual regrada, etc.
Fonte: VanEenwyk J; et al – “Folate, vitamin C, and cervical intraepithelial neoplasia” – Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 1(2): 119-24, 1992 Jan-Feb

Os adenomas de cólon e reto, são precursores do Câncer. Gorduras saturadas (carnes vermelhas e derivados lácteos) foram positivamente associados com adenoma cólon-retal. Fontes de fibras (cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras e frutas) foram inversamente associados com Adenomas (baixo risco de adenomas). O uso de carne vermelha, mostrou maior risco em adenomas, do que frango e peixe. Recomenda-se o uso de fontes de fibras e substituir carne vermelha por peixe ou frango, em pequena quantidade, para prevenção dos adenomas e do Câncer de cólon e reto.
Fonte: Giovanucci E; et al – “Relationship of diet to risk of colorectal adenoma in men” – J Natl Cancer Inst; 84(2): 91-8, 1992 Jan 15

Na Escandinávia, em estudo caso-controle, de 15 anos, relacionou-se Câncer de cólon e reto, com baixo consumo de cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras e frutas; e alto consumo de gorduras e proteínas (carnes e derivados lácteos). O alto consumo de álcool, também aumentou o risco de câncer de cólon e reto.
Fonte: Arbman G; et al – “Cereal fiber, calcium, and colorectal cancer” – Cancer; 69(8): 2042-8, 1992 Apr 15

Mudar a dieta para cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras e frutas, evitando gorduras animais (carnes e derivados lácteos) é o que previne o Câncer, tendo pequeno ou nenhum efeito, os aditivos químicos, pesticidas, que são controlados.
Fonte: Doll R – “The lessons of life: Keynote adress to the nutrition and cancer conference” – Cancer Res; 52(7Suppl): 2024S-2029S, 1992 Apr 1

Setenta por cento das mortes por câncer nos EUA, podem ser evitados, mudando-se a dieta, evitando-se o cigarro e o álcool. Evita-se Câncer de mama, cólon, útero, próstata, cabeça, pescoço e pulmão.
Fonte: Heber D – “The role of nutrition in cancer prevention and control” – Oncology (Huntingt); 6(2Suppl) 9:14, 1992 Feb

A dieta afeta excreção de estrógenos. Alimentando-se ratos com dieta de fibras, aumentou a excreção de estrógenos com as fezes, após injeção endovenosa dos mesmos e diminui a excreção urinária dos estrógenos: diminuindo o ciclo entero-hepático dos estrógenos. Isto resulta em baixos níveis plasmático e tecidual de estrógenos, decrescendo à exposição a tecidos sensíveis aos estrógenos, o que pode decrescer o risco de Câncer de mama.
Fonte: Arts C J; et al – “Effect of wheat bran on excretion of radioactively labeled estradiol-17-beta and estrona-glucuronide injected intravenously in male rats” – J Steroid Biochem Mol Biol; 42(1): 103-11, 1992 Mar

As fibras dos cereais (trigo integral, aveia, milho) promovem, boa alimentação de sais biliares com as fezes, impedindo estase anormal e degradação pela flora intestinal dos sais biliares e colatos, que são cancerígenos.Portanto diminuem os colatos nas fezes.Evitam, também, desequilíbrios na flora intestinal, que origina bactérias que degradam os sais biliares a colatos.
Fonte: Reddy B S; et al – “Effect of dietary fiber on colonic basterial enzymes and bile acids in relation to colon cancer” – Gastroenterology; 102 (5): 1475-82, 1992 May

Nas populações da Polinésia, no Pacífico Sul, a incidência de Câncer de cólon é muito mais baixa do que na Europa pelo tipo de alimentação, baseada em grãos integrais, legumes, verduras e frutas.
Fonte: Ferguson L R; et al – “Adsorption of a hydrophobic mutagen to dietary fiber from taro (Colocasia esculenta, an important food plant of the South Pacific” – Nutr Cancer; 17(1): 85-95, 1992

Dieta suplementada por fibras, inibe o crescimento e incidência de tumores malignos de cólon, em ratos, induzidos quimicamente.
Fonte: Heitman D W; et al – “Dietary supplementation with pectin and guar gum on 1, 2-dimethylhydrazine-induced colon carcinogenesis in rats” – Carcinogenesis; 13(5): 815-8, 1992 May

O risco de Câncer de pâncreas, diminui com o uso de cereais integrais, leguminosas, legumes e verduras; e aumenta com o uso de carnes e derivados lácteos (Canadá, Austrália, Netherlands e Polônia).
Fonte: Howe G R; et al – “A collaborative case-control study of nutrient intake and pancreatic cancer within the search programme” – Int J Cancer; 51 (3): 365-72, 1992 May 28

Cereais integrais e restrição de gordura, retarda o início da puberdade e o desenvolvimento mamário em ratos, reduzindo o risco de futuro Câncer de mama, por menor estímulo estrogênico, para o tecido mamário.
Fonte: Arts C J; et al – “Effects of wheat bran and energy restrition on onset of puberty, cell proliferation and development of mammary tissue in female rats” – Acta Endocrinol (Copenh); 126 (5): 451-9, 1992 May

Uma dieta com menos de 10% de gorduras das calorias e com 40g de fibra por dia, às custas de grãos integrais, legumes, verduras e frutas, evitaria 35% das mortes por Câncer.
Fonte: Statland B E – “Nutrition and cancer” – Clin Chem; 38(8b PT 2): 1587-94, 1992 Aug

Vitamina D, inibe a proliferação de Câncer de mama ‘in vivo’.
Fonte: Colston K W; et al – “Effects of syntetic vitamin D analogues on breast cancer cell proliferation in vivo and in vitro” – Biochem Pharmacol; 44(4): 693-702, 1992 Aug 18

Noventa por cento, das mortes por Câncer de cólon, poderiam ser evitadas com a dieta.
Fonte: Vargas P A; et al – “Primary prevention of colorectal cancer through dietary modification” – Cancer; 70(5Suppl): 1229-35, 1992 Sep 1

O Câncer de mama, no Sul da França, está associado com o consumo de queijo, sobremesas, chocolate e carne de porco.
Fonte: Richarson S;et al – “The role of fat, animal protein and some vitamin consumption in breast cancer: a case-control study in southern France” – Int J Cancer; 48(1): 1-9, 1991 Apr 22

A Obesidade em case, relacionou-se com maior incidência de câncer de mama.
Fonte: Sonnenschein E G; et al – “Body conformation, diet, and risk of breast cancer in pet dogs: a case-control study” – Am J Epidemiol; 113(7): 694-703, 1991 Apr 1

O consumo de frutas, foi o principal fator de proteção contra Câncer de pulmão, em 34.198 adventistas, independente do fumo.
Fonte: Fraser G E; et al – “Diet and lung cancer in Califórnia Seventh-day Adventists” – Am J Epidemiol; 133(7): 683-93, 1991 Apr 1

A ingestão de vegetais e frutas, ricos em beta-caroteno, protegeu homens contra Câncer de pulmão.
Fonte: Harris R W; et al – “A case-control study of dietary carotene in men with lung cancer and in men with other epithelial cancers” – Nutr Cancer; 15(1): 63-8, 1991

Administrando cancerígeno a ratos (1, 2-dimethylhidrazina), 55% desenvolveram Câncer em dieta com carne, 33% em dieta com óleo de girassol, 18% em dieta com óleo de peixe.
Fonte: Lindner M A – “A fish oil inhibits colon cancer in mice” – Nutr Cancer; 15(1): 1-11, 1991

Compostos N-nitrosos, conservantes de certos alimentos, como: as carnes, bacon, cerveja, salsichas, formando nitrosaminas, são importantes fatores etiológicos para o Câncer.
Fonte: Tricker A R; et al – “Carcinogenic N-nitrosamines in the diet: occurrence, formation, mechanisms and carcinogenic potential” – Mutat Res; 259(3-4): 277-89, 1991 Mar-Apr

Dietas com alto teor em gorduras (carne, ovos , lácteos), aumentam a incidência de Câncer em ratos.
Fonte: Carroll K K – “Dietary fats and cancer” – Am J Clin Nutr; 53(4Suppl): 1064S-1067S, 1991 Apr

O uso de carne defumada e cerveja , na Alemanha, está associada com maior incidência de Câncer de estômago.Legumes, verduras e pão de trigo integral, estão associados com menor risco.
Fonte: Boeing H; et al – “Case-control study on stomach cancer in Germany” – Int J Cancer; 47(6): 858-64, 1991 Apr 1

A ingestão de brócolis e outros vegetais crucíferos, inibe a indução de Câncer por produtos químicos em ratos.
Fonte: Vang O; et al – “Induction of cytochrome P-450IA1, IA2, IIB1, IIB2 and IIE1 by broccoli in rat liver and colon” – Chem Biol Interact; 78(1):85-96, 1991

Assimilando a dieta Norte-americana, com carnes, derivados do leite, farinha de trigo e cereais refinados, fumo e álcool, no Japão, aumentou a incidência e mortalidade por Câncer de pulmão, orofaringe, mama, ovário, corpo do útero, próstata, pâncreas e cólon.
Fonte: Wynder E L; et al – “Comparative epidemiology of cancer between the United States and Japan.A second look” – Cancer; 67(3): 746-63, 1991 Feb 1

Dieta com excesso de proteínas (carne, ovos, lácteos), aumenta o risco de doença renal no diabético.
Fonte: Jones S L; et al – “Protein intake and blood glucose as modulators of GFR in hyperfiltering diabetic patients” – Kidney Int; 41(6): 1620-8, 1992 Jun

Dieta com alto teor em gorduras (carnes, derivados lácteos), piora a glicemia de diabete induzida quimicamente em ratos.
Fonte: Traianedes K; et al – “A high-fat diet worsens metabolic control in sptreptozotocin-treated rats by increasing hepatic glucose production” – Metabolism; 41(8): 846-50, 1992 Aug

As recomendações dietéticas, para prevenção do Câncer, Doença coronariana, diabetes e hipertensão são: evitar carnes e derivados lácteos, principais fontes de gordura;aumentar a ingestão de grãos integrais, legumes, verduras e fruutas.
Fonte: Nestlé M – “Dietary recommendations for cancer prevention: public policy implementation” – J Natl Cancer Inst Monogr; (12): 153-7, 1992

Utilizando no desjejum de diabéticos, cereais integrais (corn flakes ou musli) no lugar de cereais refinados, diminui a glicemia e a necessidade de insulina durante o dia, revelando melhora no metabolismo dos carboidratos pelos pacientes diabéticos.
Fonte: Golay A; et al – “The effect of muesli or cornflakes at breakfast on carbohydrate metabolism im type 2 diabetic patients” – Diabetes Res Clin Pract; 15(2): 135-41, 1992 Feb

A alimentação para o diabético deve ser igual à recomendada para as pessoas comuns: cereais integrais (50%), leguminosas (10%), legumes (15%), verduras (15%), frutas (5%), peixe ou frango (10%), 1 ou 2 x por semana (opcional), sementes (5%), sal não refinado em pequena quantidade.
Fonte: Silvius N; et al – “Nutritional recommendation of individuals with diabetes mellitus” – S Afr Med J; 81(3): 162-6, 1992 Feb 1

Infecções crônicas, aumentam o risco de Câncer de cólon e reto.
Fonte: Caygill D P; et al – “Bacterial infection and human cancer: association or causation” – Commun Dis Rep CDR Rev; 2(1): R7-9, 1992 Jan 3

Câncer de esôfago é comum na população chinesa e está associado ao consumo de chá, sopas muito quentes, uso infreqüente de vegetais verdes e frutas, ingestão de vegetais em pickles, cigarro e bebidas alcoólicas.
Fonte: Cheng K K; et al – “Pickled vegetables in the aetiology of oesophageal cancer in Hong Kong Chinese” – Lancet; 339(8805): 13-14, 1992 May 30

Excesso de carnes e queijo (alto teor em proteínas), deficiência de fibras (ausência de cereais integrais, feijões, legumes e verduras), induzem a formação de pólipos retais.
Fonte: Hoff G; et al – “Drinking water and the prevalence of colorectal adenomas na epidemiologic study in Telemark, Norway” – Eur J Cancer Prev; 1(6): 423-8, 1992 Oct

Camundongos alimentados com vitamina E, em sua dieta, mostraram melhora na função hepática, diminuição no tamanho e freqüência de tumores de esôfago.
Fonte: Odeleye O E ; et al – “Vitamin E protection against nitrosamine-induced esophageal tumor incidence in mice immunocompromised by retroviral infection” – Carcinogenesis; 13(10): 1811-6, 1992 Oct

Pão de centeio integral, diminui a quantidade de ácido deoxychólico e lithocólico nas fezes, em relação ao pão de trigo integral e muito mais em relação ao pão branco.Estes compostos são fatores causais para o câncer de cólon (Finlândia).
Fonte: Korpela J T; et al – “Fecal bile acid metabolic pattern after administration of different types of bread” – Gastroenterology; 103(4): 1246-53, 1992 Oct

Incidência de Cancêr de colon é 4 vezes maior nos americanos e nos chineses, que se mudaram para os EUA, do que nos chineses de Shangai. Cancêr de prostate é 26 vezes e de mama 10 vezes, maior.Portanto, o risco de câncer rapidamente com a mudança na dieta.
Fonte: Yu H; et al – “Comparative epidemiology of cânceres of the colon, rectum, female breast, and prostate in Shangai, China versus the United States” – Int J Epidemiol; 20(1): 76-81, 1991 Mar

Cancêr de estômago em escandinavos e alemães residentes nos EUA, foi relacionado a cigarros (30 cigarros / dia = 5 vezes mais risco), bacon e peixe em conserva de sal.
Fonte: Kneller R W; et al – “A cohort study of stomach cancer in a high-risk American population” – Cancer; 68(3): 672-8, 1991 Aug 1

Dieta rica em gorduras (carne, queijo, manteiga), produz alterações nos esteróides e disfunção ovarianas, que expõe a mama a protooncogens que se ativam, iniciam e promovem o Cancêr de mama.
Fonte: Kodama M; et al – “Nutrition and breast cancer risk in Japan” – Anticancer Res; 11(2): 745-54, 1991 Mar- Apr

Algas, inibem a progressão de tumores de mama em ratos, em parte, pela ralação antioxidante do beta-caroteno (Japão).
Fonte: Nagasawa H; et al – “Suppression by beta-carotene-rich algae Dunaliella bardawil of tumours in SHN virgin mice” – Anticancer Res; 11(2): 713-7, 1991 Mar-Apr

O Câncer é a segunda causa de morte nos EUA, correspondendo a 22% das mortes.A maioria destas mortes, são por Câncer de pulmão, intestino grosso, próstata, bexiga, útero e mama, sendo preveníveis: deixando-se de fumar e modificando a dieta.As pesquisas clínicas, experimentais e epidemiológicas, indicam que ¾ destas mortes poderiam ser evitadas.
Fonte: Williams G M – “Causes and prevention of cancer” – Stat Bull Metrop Insur Co; 72(2): 6-10, 1991 Apr-Jun

O conceito de nitrito, conservantes na cerveja que formam Nitrosaminas, traz à cerveja o ônus de isoladamente, relacionar-se com o câncer de reto (Marseiles).
Fonte: Riboli E; et al – “Cancer and polyps of the colorectum and lifetime consumption of beer and other alcoholic beverages” – Am J Epidemiol; 134 (2): 157-66, 1991 Jul 15

Na Austrália, Câncer de pâncreas, relaciona-se com omeletes, doces e gorduras.
Fonte: Baghurts P A; et al – “A case-control study of diet and cancer of the pâncreas” – Am J Epidemiol; 134(2): 167-79, 1991 Jul 15

Na Argentina, o risco de Câncer de mama, deve-se principalmente ao consumo de carne, mais de 3 ovos por semana e frituras.
Fonte: Matos P A; et al – “Breast cancer in Argentina: case-control study with special reference to meat eating habits” – Neoplasma; 38(3): 357-66, 1991

Para prevenção de Câncer gástrico, na China, recomenda-se aumentar o uso de vegetais, alho, frutas e evitar frituras e carnes.
Fonte: You W C; et al – “Etiological research on gastric cancer and its precursor lesions in Shandog China” – IARC Sci Publ;(105): 33-8, 1991

Câncer de estômago, relaciona-se com alimentos em conserva em sal, Helicobacter pylori.
Fonte: Forman – “The etiologic of gastric cancer” – IARC Sci Publ;(105): 22-32, 1991

Mortes por Câncer de esôfago e estômago na China, mostraram forte relação com gorduras animais e relação negativa com legumes, verduras e frutas.
Fonte: Chen J – “Dietary practices and cancer mortality in China” – IARC Sci Public; (105): 18-21, 1991

Vegetais cozidos, aumentam a nitrosação da prolina, gerando compostos N-nitrosos no estômago.Além disso, no cozimento é destruído o ascorbato.Por isto, para prevenção do Câncer é preferível os vegetais crus (Dinamarca).
Fonte: Moller H; et al – “Urinary excretion of N-nitrosoproline in relation to consumption of raw and cooked vegetables in a Danish rural population” – IARC Sci Publ; (105): 168-71, 1991

Em Linxian, China, há alta concentração nos alimentos de N-nitrosaminas, a qual induz Câncer de esôfago em animais e homens.Linxian tem maior a maior incidência, na China, de Câncer de esôfago.
Fonte: Lu S H; et al – “Relevance of N-nitrosamine to oesophageal cancer in China” – IARC Sci Publ; (105): 11-7, 1991

Mulheres que não têm Câncer de mama e Displasia mamária, mudaram sua dieta nos últimos 10 anos, deixando de usar açúcar, queijo, manteiga, leite e carne, passando a usar grãos integrais, legumes, verduras, frutas e peixe ou mango.As que têm Câncer de mama, não mudaram.
Fonte: Ingram D M; et al – “The role of diet in the development of breast cancer: a case- control study of patients with breast cancer, benign epithelial hyperplasia and fibrocystic disease of the breast” – Br J Cancer; 64(1): 187-91, 1991 Jul

As indústrias de alimentos, deverão seguir as diretrizes científicas, para prevenção do Câncer.
Fonte: Grundy S M – “Recent nutrition research implications for foods of the future” – Ann Med; 23(2): 187-93, 1991 Apr

Displasia mámaria e câncer de mama, relacionam-se com vários fatores secundários, sendo a dieta o principal, rica em gorduras animais (carne, queijo) e baixa em grãos integrais e vegetais (França).
Fonte: Gorins A; et al - “What is mastopathy at risk? Epidemiologic and clinical basis” – Rev Fr Gynecol Obstet; 86 (1): 4-8, 1991 Jan

Populações que seguem o vegetarianismo, reduzem os riscos de Diabetes, Doença coronariana, Hipertenção, Câncer de cólon, Doença diverticular, rins e cálculos.Porém, “crudivorismo” e “macrobianismo”, podem causar deficiência em crianças e gestantes, se não forem bem orientadas.
Fonte: Debry G – “Diet particularities.Vegetarianism, veganism, crudivorism, macrogiotism” – Rev Prat; 41(11): 967-72, 1991 Apr 11

Os Cânceres de mama, cólon e próstata, são suprimidos em populações vegetarianas e que não usam derivados lácteos.Isto deve-se a ausência de excesso de gorduras e à ação fortemente supressora de câncer, de inúmeros compostos químicos, presentes nos alimentos de origem vegetal.
Fonte: Troll W – “Prevention of cancer by agents that suppress oxygen radical formation “ – Free Radic Res Commun; 12-13 Pt 2: 751-7, 1991

Dieta rica em alimentos de origem animal (carnes, queijos, manteiga, etc.) e baixa em legumes, verduras, frutas, leguminosas e cereais integrais, ocasiona alta incidência de câncer de próstata (Madrid).
Fonte: Bravo M P ; et al – “Dietary factors and prostatic cancer” – Urol Int; 46(2): 163-6, 1991

O risco de câncer cólon-retal, além de fatores conhecidos como dieta e álcool, está relacionado com pessoas “infelizes”, “tristes” (Melbourne).
Fonte:Kune G A; et al – “Personality as a risk factors in large bowel cancer: data from the Melbourne Colorectal Cancer Study” – Psycol Med; 21(1): 29-41, 1991 Feb

Dietas altas em alimentos de origens vegetais, como: cereais integrais, feijões, legumes, verduras e frutas; e baixas em alimentos animais ricos em gorduras, como: carnes e derivados lácteos, diminui o risco de Câncer, Doenças cardiovasculares, Infecções e prolonga a vida.
Fonte: Leis H P Jr – “The relationship of diet to cancer, cardiovascular disease and longevity” – Int Surg; 76(1): 1-5, 1991

Alto consumo de Carnes, queijo, manteiga e baixo consumo de alimentos de origem vegetal, estão relacionados com o Câncer de mama.
Fonte: Zaridze D; et al – “Diet, alcohol consumption and reproductive factors in a case-control study of breast cancer in Moscow” – Int J Cancer; 48(4): 493-501, 1991 Jun 19

Alto risco para Câncer de corpo de útero, relaciona-se com o consumo de carne, açúcar, queijo e poucos alimentos de origem vegetal.
Fonte: Zemla B; et al – “Etiological factors in invasive corpus uteri carcinoma” – Neoplasma; 38(2): 157-63, 1991

Aumenta o risco de Câncer de tireóide, o consumo de queijo, carne, frango, salame, presunto, salsichas, manteiga, óleos (exceto de oliva), pão branco e arroz branco. Relação inversa foi encontrada para legumes, verduras, leguminosas, cereais integrais e frutas (Norte da Itália e Suíça).
Fonte: Franceschi S; et al – “Diet and thyroid cancer: a pooled analisys of four European case-control studies” – Int J Cancer; 48(3): 395-8, 1991 May 30

Para o Câncer de pâncreas, há forte relação com ingestão de alimentos, ricos em colesterol (carne, queijo e ovos). Inversa relação com legumes, verduras, frutas e cereais (Polônia).
Fonte: Zatonski W; et al – “Nutritional factors and pancreatic cancer: a case-control study from south-west Poland” – Int J Cancer; 48(3): 390-4, 1991 May 30

Câncer de estômago, na Itália está relacionado com carne, peixe seco ou conservado em sal, queijos condimentados e sopas tradicionais, tendo efeito protetor: vegetais e frutas.
Fonte: Buiatti E; et al – “A case-control study of gastric cancer and diet in Italy” – Int J Cancer; 48(3): 369-74, 1991 May 30

Freqüente consumo de legumes, verduras e frutas, são associados com substancial diminuição, no risco de câncer de esôfago, fígado, laringe, mama, pâncreas, próstata e trato urinário.
Fonte: Negri E; et al – “Vegetable and fruit consumption and cancer risk” – Int J Cancer; 48(3): 350-4, 1991 May 30

O consumo de vegetais, principalmente cenouras, diminui o risco de Câncer de ovário, em um estudo de 71 mulheres com Câncer de ovário e 141 controles.Existe um efeito protetor, com a ingestão de beta-caroteno.
Fonte: Engle A; et al – “Nutritional risk factors and ovarian cancer” – Nutr Cancer; 15(3-4) : 239-47, 1991

Na Polônia, foram estudados 249 casos novos de câncer de laringe, em homens com menos de 65 anos, entre 1986 e 1987, comparados com 965 controles. A relação com o fumo e o álcool é muito alta.A nutrição, também é fator de risco independente importante, mas o cigarro é o principal fator de risco.
Fonte: Zatonski W; et al – “Tobacco, alcohol, and diet in the etiology of laryngeal cancer: a population-based case-control study” – Cancer Causes Control; 2(1): 3-10, 1991 Jan

A alimentação com gorduras em excesso (carnes, queijo, manteiga) contribui para o risco de intolerância à glicose e Diabetes não insulino dependente. Alimentos como: cereais integrais, feijões, legumes, verduras e peixe têm efeito protetor.
Fonte: Feskens E J; et al – “Dietary factors determining diabetes and impaired glucose tolerance.A 20-year follow-up of the Finnish and Dutch cohorts of the Seven Countries Study” – Diabetes Care; 18(8): 1104-12, 1995 Aug

Exercícios físicos regulares, têm efeito benéfico como fator coadjuvante na prevenção na Diabetes não insulino dependente, na prevenção das Doenças cardiovasculares, do Câncer de mama, cólon e pulmão.
Fonte: J P – “The role of physical activity in the prevention of certain internal diseases” – Orv Hetil; 136(44): 2379-83, 1995 Oct 29

Dieta apropriada para normalizar a colesterolemia retarda a progressão da nefropatia do diabético.
Fonte: Lam K S; et al – “Cholesterol-lowering therapy may retard the progression of diabetic nephopathy” – Diabetologia; 38(5): 604-9, 1995 May

A mesma dieta recomendada para os adultos, também deve ser usada para as crianças, promovendo ótima função gastrointestinal e irá prevenir o Câncer e Doenças cardiovasculares no futuro.
Fonte: Saldanha L G – “Fiber in the diet of US children: results of national surveys” – Pediatrics; 96 (5 Pt 2): 994-7, 1995 Nov

Diabetes não insulino dependente é a forma mais comum de Diabetes e pode levar a conseqüências graves.A dieta recomendada é a melhor maneira de prevení-la associada a exercícios físicos.
Fonte: Horton E S – “NIDDM – the devastating disease” – Diabetes Res Clin Pract; 28Suppl: S3-11, 1995 Aug

A diabetes, causando hiperglicemia, acelera a ateroesclerose.
Fonte: Kunjathoor V V; et al – “Increased atheroscleroses in streptozotocin-induced diabetic mice” – J Clin Invest; 97(7): 1767-73, 1996 Apr 1

Em 5 estudos, de Doença renal não diabética, uma dieta de baixo teor em proteínas, reduz a incidência de insuficiência renal ou morte.Em 5 estudos de Diabetes mellitus insulino dependente, uma dieta de baixo teor protéico, significativamente diminui o risco de declínio da função renal, portanto, dietas sem excesso de proteínas, evitam a progressão da lesão renal de diabéticos.
Fonte: Pedrini M T – “The effect of dietary protein restriction on the progression of diabetic and nondiabetic diseases: a meta-analisys” – Ann Intern Med; 124(7): 627-32, 1996 Apr 1

Uma alimentação com proteínas vegetais, tem efeitos renais, significativamente diferentes do que uma alimentação com proteínas animais, com o mesmo teor de proteínas, em diabéticos tipo I (normotensos).Isto pode ser explicado, parcialmente, pelas diferenças de concentrações plasmática de aminoácidos.Uma dieta com proteínas vegetais, protege a função renal, em relação a uma dieta com proteínas animais com o mesmo teor de proteínas.
Fonte: Kontessis P A; et al – “Renal metabolic, and hormonal responses to protein of different origin in normotensive, nonproteinuric type I patients” – Diabetes Care; 18(9): 1233, 1995 Sepe

Um aporte abundante de selênio e vitamina E, foi associado com proteção dos rins de ratos diabéticos, corrigindo significativamente a hiperfiltração e diminuindo o número e a severidade das lesões glomerulares.
Fonte:Douillet C; et al – “A selenium supplement associated or not with vitamin E delays renal lesions in experimental diabetes in rats” – Proc Soc Exp Biol Med; 211(4): 323-31, 1996 Apr

Em um estudo, envolvendo 43.757 americanos, analisando as 3 principais fontes de fibras, verduras e legumes, frutas e cereais, as fibras cereais (cereais integrais) foram as mais fortemente associadas com redução no risco de Infarto do miocárdio, fatal e não fatal.Existe uma associação com redução inversa entre a ingestão de fibras e o Infarto do miocárdio.As fibras alimentares associadas, provenientes das verduras, legumes, leguminosas e cereais, mas principalmente, as originadas dos cereais integrais, independentemente da ingestão de gorduras, são importantes na prevenção do Infarto do miocárdio, fatal e não fatal.
Fonte: Rimm E B; et al – “Vegetable, fruit, and cereal fiber intake and risk of coronary heart disease among men” – JAMA; 275(6): 447-51, 1996 Feb 14

As gorduras ômega-3, encontradas no peixe, nos legumes e verduras reduzem os riscos de Trombose vascular, devendo ser usados ao invés de outros tipos de gorduras, para a prevenção de Infarto.As estratégias nutricionais preventivas para o Infarto, devem consistir em modificações alimentares e não suplementação de nutrientes individuais.
Fonte: Hrboticky N; et al – “Nutrition in prevention of coronary heart disease” – Z Arzt Fortblid (Jena);90(1): 11-8, 1996 Feb

Lentilhas e cereais integrais, são adequados para portadores de Diabetes mellitus, entre outros motivos, por sua moderada influência nos níveis de glicose sanguíneo.
Fonte: Kurbanov S K; et al – “Effects of various food products on blood sugar levels in patients with diabetes mellitus and obesity” – Vopr Pitan (1): 35-8, 1991 Jan-Feb

Um estudo realizado no Norte da Itália, entre 1985 e 1990, em 53 homens e 35 mulheres portadores de Sarcoma de partes moles, comparados com 610 controles, com média de 54 anos de idade, revelou uma associação significativamente positiva, com o aumento na freqüência e consumo de leite, queijo, manteiga e iogurte; e uma associação negativa diminuindo significativamente o risco, com a ingestão de pão de cereais integrais e massas de cereais integrais.
Fonte: Serraino D; et al – “Non-occupational risk factors for adult soft-tissue sarcoma in northern Italy” – Cancer Causes Control; 2(3): 157-64 May

Cinqüenta e cinco artigos internacionais e da Austrália, revelam que o estilo de vida tradicional dos aborígenes australiano, caracteriza-se por alta atividade física, alimentação de baixo teor em gorduras e alto teor em fibras, com mínima resistência à insulina.Adotando o estilo de vida moderno, com reduzida atividade física, uso de carboidrato refinados (arroz branco, farinha de trigo branca e açúcar) e gorduras, surge a Obesidade e a Resistência à insulina, desenvolvendo Diabete não insulino dependente, tolerância a glicose prejudicada, aumento nos triglicérides, hipertensão e hiperinsulinemia.Os aborígenes, diabéticos e não diabéticos, voltando ao seu estilo de vida tradicional, de caçadores, com alimentação integral, não refinada, revertem as alterações no metabolismo das gorduras e dos carboidratos.
Fonte: O’ Dea K; et al – “Westernisation, insulin resistance and diabetes in Australian aborígines” – Med J Aust; 155(4): 258-64, 1991 Aug

Grandes quantidades de fructose (suco de frutas), devem ser evitados em portadores de Gota, por causarem aumento de ácido úrico.Sucos de fruta (excesso de frutose), causam aumento dramático nos níveis de insulina e triglicérides, sendo prejudiciais nos portadores de Diabetes mellitus, não insulino dependentes, que têm aumento dos triglicérides.
Fonte: Henry R R; et al – “Current issues in fructose metabolism” – Annu Ver Nutr; 11: 21-39, 1991

Ácidos gordurosos ômega-3, deficientes na dieta moderna, presentes na maioria dos tipos de peixe e no reino vegetal, aumenta fisiologicamente o tempo de sangramento, diminui a agregação plaquetária, a viscosidade do sangue e o fibrinogênico, diminuindo a tendência à Trombose.Não existe um relato de hemorragia secundária ao uso de ômega-3.Ômega-3 diminui os níveis de colesterol de triglicérides.Usados em conjunto com drogas antireumáticas, melhoram as dores articulares, em pacientes com Artrite reumatóide; têm efeito benéfico em paciente com retocolite ulcerativa; em combinação com medicações melhora as lesões de pele, abaixa as gorduras do sangue, diminui a toxicidade da ciclosporina, em pacientes com Psoríase.Em vários modelos animais, ômega-3 diminui o número e o tamanho de tumores e aumenta o tempo para aparecimentos de tumores.Estudo em seres humanos e primatas não-humanos, revelam que ômega-3 é essencial para o desenvolvimento da retina e do cérebro, particularmente em crianças prematuras, sendo importante componentes das membranas celulares.
Fonte: Simopoulos A P – “Omega-3 fatty acids in health and disease and in growth and development” – Am J Clin Nutr; 54(3): 438-63, 1991 Sep

Dietas sem excesso de proteínas, demonstraram diminuir as perdas função renal em seres humanos com Glomeruloesclerose progressiva, devido à Glomerulonefrite e Diabetes mellitus.Os efeitos terapêuticos são rápidos, em adotar-se uma dieta sem excesso de proteínas, na Doença renal do diabético.
Fonte: Fatemi S; et al – “Effect of experimental human magnesium depletion on parathyreoid hormone secretion and 1, 25-dihydroxyvitamin D metabolism” – J Clin Endocrinol Metab; 73(5): 1067-72, 1991 Nov

Dietas com excesso de gorduras (alimentos de origem animal, carnes e derivados lácteos), aumentam a resistência à insulina.Estudando 1317 pessoas, em um período de 4 anos, em 2 países, comprovou-se que a dieta com excesso de gorduras e restrições em carboidratos, associam-se com o início de Diabetes não insulino dependente em seres humanos.
Fonte: Marshall J A; et al – “High-fat, low-carbohydrate dieta and the etiology of non-insulin dependent diabetes mellitus: the San Luis Valley Diabetes Study” – Am J Epidemiol; 134(6): 590-603, 1991 Sep 15

O tratamento alimentar dos indivíduos com Diabetes, nos anos recentes, comprovou-se ser benéfico com restrição de alimentos de origem animal (carnes e derivados lácteos), o que inclusive previne Doenças cardiovasculares e Câncer, associado a carboidratos complexos com fibras (cereais integrais e legumes).
Fonte: Hollenbeck C B; et al – “dietary carbohydrate and fat intake on glucose and lipoprotein metabolism in individuals with diabetes mellitus” – Diabetes Care; 14 (9): 774-85, 1991 Sep

Nas mulheres pós-menopausa, existe um maior risco de doença cardiovasculares, pelo menor consumo de colesterol para a produção de hormônios femininos sendo importante a correção dos hábitos alimentares, para a prevenção do Infarto.
Fonte: Philosophe R; et al – “Menopause and cardiovasecular disease” – NAACOGS Clin Issu Perinat Womens Health Nurs;2(4):441-51, 1991

Em pessoas que comem peixe em pequena quantidade, diariamente a incidência a intolerância à glicose foi significativamente menor, comparada com os controles que não comeram peixe.Estes resultados sugerem que o consumo de pequenas quantidades de peixe, são benéficos para anormalidades na curva de tolerância à glicose e portadores de Diabetes.
Fonte: Feskens E J; et al – “Inverse association between fish intake and risk of glucose intolerance in normoglycemic eldery men and women” – Diabetes Care; 14(11): 935-41, 1991 Nov

Dietas sem excesso de proteínas, beneficiam diabéticos não insulino dependentes com nefropatia. Os níveis de perdas protéicas diminuíram de 3.1 para 1.9 grs por dia e a albumina no sangue, aumentou de 3.3 para 3.7 g/dl.
Fontes: Sugimoto T; et al – “Effect of dietary protein restriction on proteinuria in non-insulin-dependent diabetic patients with nephropathy” – J Nutr Sci Vitaminol (Tokyo); (37Suppl): S87-92, 1991 Dec

Foi realizado um estudo, com dieta predominantemente vegetariana, em portadores de Diabetes mellitus insulino dependentes e uma média de excreção de albumina em excesso de 30mg/min. A dieta era suplementada com mínimas quantidades de proteínas. A média de clearence de albumina de estudo, de um valor normal de 188 caiu para 87. Voltando à dieta usual, a média de excreção de albumina voltou aos valores anteriores. Portanto, uma dieta predominantemente vegetariana, com cereais integrais, confere bastante benefícios em pacientes diabéticos com doença renal, sem necessidade de pesadas restrições protéicas.
Fontes: Jibani M M; et al – “Predominantly vegetarian diet in patients with incipient and early clinical diabetic nephropathy: effects on albumin excretion rate and nutritional status” – Diabet Med; 8(10): 949-53, 1991 Dec

Diabéticos insulino dependentes e não insulino dependentes, devem utilizar um plano alimentar com cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras, frutas, sementes e restrição de alimentos de origem animal (carnes e derivados lácteos).
Fonte: Franz M J; et al – “Diabetes and nutrition recommendations: a pratical perspective”. – Nurse Pract Fórum; 2(3): 157-62, 1991 Sep

Em Porto Rico, a incidência de Doenças cardiovasculares, Diabetes e Hipertensão, eram baixas em relação aos EUA, quando praticavam seus hábitos alimentares tradicionais.Hoje, assimilando a alimentação moderna, aumentou muito os níveis de Doenças cardiovasculares, Diabetes e Hipertensão, em Porto Rico.
Fonte: Ramírez E A; et al – “Cardiovascular health in Puerto Ricans compared to other population groups in the United States” – Ethn Dis; 1 (2): 188-99, 1991 Spring

As recomendações de restrição de carboidratos na dieta dos diabéticos não são mais recomendadas. A dieta recomendada hoje, com cereais integrais, legumes, leguminosas, frutas, verduras, poucos produtos animais, utilizando peixe no lugar da carne é recomendada não só para diabéticos, mas também para a população em geral.
Fonte: Irsy G; et al – “New possibilities in the diabetic diet” – Ther Hung; 39(2): 55-62, 1991

Comparando a dieta com cereais integrais, legumes, verduras, frutas e restrição de alimentos animais, com a dieta antigamente recomendada a diabéticos, com restrição de carboidratos e cereais refinados, constatou-se no primeiro caso redução nos requerimentos de insulina, das gorduras totais, do colesterol, melhorando a disponibilidade periférica da glicose, diminuindo a necessidade de insulina.
Fonte: Anderson J W; et al – “Metabolic effects of high-carbohydrate, high-fiber diets for insulin dependent diabetic individual” – Am J Clin Nutr; 54 (5): 936-43, 1991 Nov

Recomendava-se para diabéticos, dieta baixa em Carboidratos e alta em gordura e proteínas.As gorduras, embora não saturadas, em dieta com poucas fibras, ocasionava Doenças cardiovasculares.Hoje, recomenda-se dieta alta em carboidratos, porém, contidos em alimentos integrais, com fibras e baixa em gorduras.Sem as fibras dos cereais a dieta alta em carboidrato aumentaria a insulina, os triglicérides e dificultaria o controle da glicemia pós-prandial.Sendo os cereais integrais, portanto, com fibras, há melhora significativa do controle da glicemia e redução do colesterol, nesta dieta com fibras e baixa em gorduras.Não há aumento da insulina e dos triglicérides a despeito de ser alta em carboidratos.A habilidade das fibras alimentares em retardar a digestão e a absorção, influencia fisiologicamente o metabolismo dos carboidratos e das gorduras.
Fonte: Riccardi G; et al – “ Effects of dietary fiber and carbohydrate ou glucose and lipoprotein metabolism in diabetic patients” – Diabetes Care; 14(12): 1115-25, 1991 Dec

A dieta que recomendamos para diabéticos (Anderson), tem 60% de carboidratos complexo (cereais integrais, feijões, legumes), menos de 30% de gorduras normoprotéica, 40g/fibra por dia, melhora o controle da glicemia, reduz os níveis de gordura no sangue, normaliza a Hipertensão arterial e o excesso de peso. Reduz a necessidade de insulina, a insulina terapêutica e pode promover a suspensão desta medicação nos diabéticos não insulino dependentes. Se a dieta é alta em carboidratos, mas também alta em fibras e carboidratos complexos (alimentos integrais), não há risco de aumento nos triglicerídeos.
Fonte: Anderson J W; et al – “Dietary fiber – na overview” – Diabetes Care; 14(12): 1126-31, 1991 Dec

Quando os Aborígenes Australianos passam a viver nas cidades e mudam a alimentação, passam a ter alta prevalência de Obesidade, Diabetes não insulino dependente, curva de tolerância à glicose anormal, triglicérides e insulina elevados, Hipertensão, aumento na resistência à insulina e Doença cardiovascular.
Em suas formas de vida tradicionais, como caçadores, tinham alto nível de atividade física e uma dieta integral, baixa em gorduras e com teor normal de fibras, sem Obesidade, resistência à insulina. Diabetes II, triglicérides altos, Hipertensão, Doenças cardiovasculares. Nas cidades, com baixo nível de atividade física, dieta moderna com carboidratos refinados (farinha branca, cereais refinados, açúcar) e gorduras (leite e derivados lácteos), adquire as doenças da civilização.
Fonte: O’ Dea K; et al – “Westernization and non-insulin-dependet diabets in Australian Aborígines” – Ethn Dis; 1(2): 171-87, 1991 Spring

A etiologia da Diabete insulino dependente ou infantil é a destruição das células produtoras de insulina do pâncreas (células beta), resultante de um processo auto imune em indivíduos geneticamente predispostos, em resposta a um fator desencadeante, que pode ser infecção a vírus ou à proteína do leite de vaca. A eliminação da proteína do leite de vaca, da dieta de ratos, reduz significativamente a incidência de Diabetes insulino dependente. Também nas crianças e animais com Diabetes I, há aumento nos anticorpos contra as proteínas do leite de vaca, beta-lactoglobulina e albumina bovina, peptídeos estes que lesam as células do pâncreas.
Fonte: Martin J M; et al – “Milk proteins in the etiology of insulin-dependent diabetes mellitus (IDDM)” – Ann Med; 23(4): 447-52, 1991 Oct

Os Aborígenes australianos, ao deixar sua alimentação e estilo de vida, assimilando a alimentação com cereais refinados, têm alta incidência de Diabetes não insulino dependente.Voltando a seu estilo de vida original, saindo das cidades e voltando a seus locais de origem, os Aborígenes australianos diabéticos e não diabéticos, voltam a alimentar-se com legumes, verduras, cereais integrais, leguminosas e produtos de caça ocasional, normalizando o metabolismo dos carboidratos e das gorduras, revertem os efeitos da alimentação anterior, deixando de serem diabéticos, normalizando a tolerância à glicose, a sensibilidade à insulina, às gorduras no sangue, hipertensão e tendência ao Infarto.
Fonte: O’ Dea K; et al – “Westernisation, insulin resistancer and diabetes in Australian aborigines” – Med J Aust; 155(4): 258-64, 1991 Aug 19

A dieta tradicional grega, proporciona baixa mortalidade por Doenças cardiovasculares, na Ilha de Creta.Este estudo relata a prevalência de Doença coronariana, em 387 funcionários de bancos.Sua dieta mudou, passando a consumir carne, peixe e queijo e diminuindo o consumo de pão, frutas e batatas.O colesterol subiu 36% e aumentou as mortes por Doenças cardíaca coronariana.
Fonte: Kafatos A; et al – ‘Coronary-heart-disease risk-factor of the Cretan urban population in the 1980’s” – Am J Clin Nutr; 54(3): 591-8, 1991 Sep

A população do Sul da Europa, das áreas do Mediterrâneo, com sua alimentação composta de peixe, óleo de oliva, legumes, verduras, cereais, baixa em carne e laticíneos (queijo, manteiga) , açúcar, álcool, sem excesso de proteínas e gorduras e com alto teor de fibras, tinham baixa mortalidade por Doenças coronariana.Porém, nos últimos 20 anos, aumentaram o consumo de carne, queijo e manteiga, aumentando a mortalidade por Doenças cardíaca coronariana.
Fonte: Buzina R; et al – “Diet patterns and health problems: diet in southern Europe” – Ann Nutr Metabolism; 35 Suppl 1: 32-40, 1991

Na população rural negra da África, Doença cardíaca coronariana não existe e os tipos de Câncer relacionados com a alimentação, são raros.
Fonte: Walker A R; et al – “Serum albumin levels in eldery rural Africans” – Int J Vitamin Nutr Res; 61(4): 339-45, 1991

Em Adelaide, Sul da Austrália, em 104 casos de Câncer de pâncreas, comparados com 253 controles, o denominador comum de consumo nos casos bem mais que nos controles, foram ovos cozidos e omeletes, doces e gorduras.Os controles consumiam mais vegetais e frutas.Muitos alimentos de origem vegetal, foram associados com baixo risco.O consumo de álcool, foi bem mais baixo entre os controles.Fumantes tiveram maior risco que os não fumantes.Neste estudo, não houve associação com o café.
Fonte: Baghurst P A; et al - “A case-control study of diet and cancer of the pâncreas” – Am J Epidemiol; 134(2): 167-79, 1991 ul 15

Para o Câncer de prostata, em Utah, EUA, houve associação muito forte com gorduras (carne, queijo, manteiga, ovos) e excesso de proteínas.
Fonte: West D W; et al – “ Adult dietary intake and prostate cancer risk in Utah: a case-control study with special emphasis on aggressive tumors” – Cancer Causes Control; 2(2): 85-94, 1991 Mar

No Hawaí, a população japonesa tem mais que o dobro dos casos de Câncer de mama entre mulheres, que no Japão, 51 casos por 100.000 pessoas e metade do que as japonesas que vivem nos EUA, 100 casos por 100.000 pessoas. Isto reflete a mudança parcial da alimentação japonesa para o ocidental, no Hawaí e total, nos EUA.
Fonte: Goodman M J – “Breast cancer in multi-ethnic populations the Hawaí perspective” – Breast Cancer Res Treat; 18 Suppl: S5-9, 1991 May

Estudos experimentais e pesquisas epidemiológicas, sugerem que dieta de alto teor em gorduras (carne, queijo, manteiga, ovos e frituras), aumentam o risco de Câncer de mama em animais e em seres humanos.
Fonte: Kumar K; et al – “Studies on the changes in plasma lipids and lipoproteins in pacients with benign and malignant breast cancer” – Biochem Int; 23(3): 581-9, 1991 Feb

O Câncer pode ser atribuído a inadequada nutrição (35%), cigarro (30%), distúrbios hormonais (7%), exposições profissionais (4%), álcool (3%), radioatividade (1, 5%) e medicamentos (1%). O Câncer causado po acidentes nucleares, com em Chernobyl, não é detectado por métodos epidemiológicos, dado a sua mínima proporção. O Câncer em seres humanos, portanto, é em sua maioria prevenível.
Fonte: Henschler D – “Genetic injuries caused by radiation and other barmful environmental pollutants” – Aktuelle Radiol; 1(3); 116-9, 1991 May

Na Espanha, a incidência de Câncer de bexiga, foi fortemente relacionada com maior consumo de gorduras saturadas, isto é, carne, manteiga, queijo e ovos.
Fonte: Riboli E; et al – “Diet and bladder cancer in Spain: a multicentre case-control study” – Int J Cancer; 49(2): 214-9, 1991 Sep 9

Alimentos que contêm beta-caroteno, vitamina E e vitamina C, exercem proteção contra Câncer de pulmão, em não fumantes.
Fonte: Knekt P; et al – “Dietary antioxidantes and the risk of lung cancer” – Am Epidemiol; 134(5): 471-9, 1991 Sep 1

Nas províncias de Tianjin, China, o consumo de gorduras saturadas ( alimentos animais) das calorias totais ingeridas é 7% e as mortes por Infarto do miocárdio são: de 99 casos por 100.000 pessoas. Em North Karelia, Finlândia, a proporção de calorias provenientes de gorduras saturadas é 20% e as mortes por Infarto do miocárdio são : de 730 casos por 100.000 habitantes.
Fonte:Vartiainen E; et al – “Mortality, cardiovascular risk factors, and diet in China, Finland and the United States” – Public Health Rep; 106 (1): 41-6, 1991 Jan-Feb

A incidência de Câncer de pâncreas, em 29 países, foi fortemente associada com o uso de ovos, leite e carne, enquanto o consumo de alimentos de origem vegetal, foi relacionado com menor mortabilidade.
Fonte: Ghadirian P; et al – “International comparisons of nutrition and mortality from pancreatic cancer” – Cancer Detect Prev; 15(5): 357-62, 1991

O risco de Câncer invasivo de cólo de útero, ocorre em pessoas com altos níveis sanguíneos de beta-caroteno (América Latina).
Fonte: Potischman N; et al – “A case-control study of nutrients status and invasive cervical cancer – II” – Am J Epidemiol; 134 (11): 1347-55, 1991 Dec 1

Alimentos com ácido ascórbico, protegem os espermatozóides humanos contra lesões oxidativas do DNA, que aumentam o risco de defeitos genéticos, particularmente, em populações com baixo nível de Ácido ascórbico, como nos fumantes.
Fonte:Fraga C G; et al – “Ascorbic acid protects against endogenous oxidative DNA damage in human sperm” – Proc Natl Acad Sci USA; 88(24): 11003-6, 1991 Dec 15

O consumo de alimentos de origem vegetal (cereais integral, leguminosas, legumes, verduras, sementes e frutas), está associado consistentemente com reduzido risco de Câncer.Isto deve-se ao baixo teor de gorduras desta dieta e a grande quantidade de inibidores da carcinogênese, entre os quais: os carotenóides, vitamina C, vitamina E, selênio, componentes da fibra alimentar, ditioltiones, glucosinolatos, indóis, isotiocianatos, flavonóides, fenóis, inibidores da protease, esteróides vegetais e compostos do alho. Estes compostos inibem a formação de nitrosaminas, formam agentes antineoplásicos, diluem e aderem anulando carninógenos, normalizando o metabolismo hormonal, têm efeitos antioxidantes.
Fonte: Steimmetz K A; et al – “Vegetables, fruit, and cancer – II” – Cancer Causes Control; 2(6): 427-42, 1991 Nov

O fumo diminui o nível de vitamina C e beta-caroteno no plasma. Cádmio, encontrado no fumo, diminui a viabilidade do selênio é antagonista do Zinco, reduz o níveis de complexo B. Fumantes têm tendência a não usar frutas e vegetais, particularmente, as ricas em vitamina C e caroteno.
Fonte: Preston A M – “ Cigarette smoking-nutritional implications” – Prog Food Nutr Sci; 183-217, 1991

Dieta com excesso de gorduras (carne, derivados do leite), promovem o câncer de mama.
Fonte: Carroll K K; et al – “ A proposed mechanisn for effects of diet on mammary cancer” – Nutr Cancer; 16(2): 79-83, 1991

Existe associação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o riscode câncer de mama.
Fonte: Ferraroni M; et al – “Alcohol and breast cancer risk: a casecontrolstudy from northern Italy” – Int J Epidemiol; 20(4): 859-64, 1991 Dec

Em local de alta incidência de Câncer de figado, na China (Guangxi Zhuang), constatou-se que o risco era baixo, nas pessoas que consumiam diariamente arroz, frutas, legumes, verduras e fibras; sendo alto nas pessoas que tinham baixo consumo destes alimentos. Porém, quanto mais comia-se milho, amendoim e óleo de amendoim, maior a incidência de Câncer de figado.A concentração de aflatoxina no milho, amendoim e óleo de amendoim, era maior que no arroz, explicando o fato pela relação entre aflatoxina e Câncer de fígado.
Fonte: Guo H W; et al – “The study of the relationship between diet nad primary liver cancer” – Chung Hua Yu Fang I Hsueh Tsa Chih; 25(6): 342-4, 1991 Nov

É possível melhorar o prognóstico dos pacientes com câncer cólon retal, evitando os aliementos gordurosos (carnes e derivados do leite) e usando cereais integrais, feijões, legumes, verduras e sementes.
Fonte: Larraín C; et al – “Present status of cancer treatment” – Ver Med Chil; 119 (10): 1181-93, 1991 Oct

Câncer de cólo de útero é comum na China.Relaciona-se com infecção, por papilomavirus.Boa higiene pessoal e genital, diminui o risco.
Fonte: Peng H Q; et al – “Human papillomavirus types 16 and 33, herpes simplex type 2 and other risk factors for cervical cancer in Sichuan Province, China” – Int J Cancer; 47(5): 711-6, 1991 Mar 12

Utilizando dieta com cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras, sementes e frutas, evitando-se derivados do leite e com baixo e esporádico consumo de carne, de preferência peixe, existe baixo risco de Câncer de mama, cólon, esôfago, boca, faringe, estômago, reto, endométrio e ovário. Para efetiva prevenção é importante o padrão alimentar e não o uso isolado de complementos de fibras.
Fonte: Shankar S; et al – “Dietary fiber and cancer prevention” – Hematol Oncol North Am; 5(1): 25-41, 1991 Feb

Câncer de pâncreas em Netherlands, tem menor incidência com maior consumo de legumes e verduras, cozidos e crus.Aumenta o risco o consumo de ovos e de peixe, diariamente.Diminui o risco: a associação com cereais integrais.
Fonte: Bueno de Mesquita H B; et al – “Intake of foods and nutrients and cancer of the exocrine pancreas: a population-based case-control study in The Netherlands” – Int J Cancer; 48(4): 540-9, 1991 Jun 19

Fatores de proteção contra o câncer de cólon e reto, estão contidos nas algas, legumes, cereais integrais, leguminosos, verduras, frutas e sementes.
Fonte: Thompson L U; et al – “Mammalian lignan production from various foods” – Nutr Cancer; 16(1): 43-52, 1991

Ligninas têm ação protetora contra o câncer de mama, em animais de experimentação, sendo a fonte mais abundante de ligninas as sementes de linhaça, as quais podem ser usadas sob aforma de farinha.
Fontes: Serraino M; - “The effect of flaxseed supplementation on early risk markers for mammary carcinogenesis” – Cancer lett; 60(2): 135-42, 1991 Nov

Dieta com alto teor em gorduras, estimula o crescimento de câncer de cólon humano, implantado em comundongos. Dieta de alto teor em fibras e baixo em gorduras, diminui estes tumores.
Fonte: Mc Garrity T J; et al – “Effects of fat and fiber on human colon cancer xenografted to athymic nude mice” – Dig Dis Sci; 36(11): 1606-10, 1991 Nov

Evidências experimentais sugerem que a dieta integral, com fibras, tem efeitos protetor contra o câncer de cólon e que a dieta refinada, sem fibras, tem efeito promotor.
Fonte: Lewin M R; et al – “ Is there a fibre-depleted aetiology for colorectal cancer? Experimental evidence”- Rev Environ Health; 9(1): 17-30, 1991

A mortalidade po Câncer de figado, em 65 províncias da China, foi significativamente associada à infecção crônica por Hepatite B, consumo de alimentos animais (colesterol), alto consumo de bebidas alcoólicas, óleo reutilizado em frituras e milho mofado.
Fonte: Hsing A W; et al – “Correlates of liver cancer mortality in China” – Int J Epidemiol; 20(1): 54-9, 1991 Mar

Nota do autor: A infecção prolongada por Hepatite B deve estar relacionada com baixa imunidade”crônica”, devido ao excesso de colesterol na dieta e uso diário de bebidas alcoólicas.
A mortalidade por câncer de mama, no sul da Itália, é de 19 mortes por 100.000 habitantes. Nos EUA, é de 27 por 100.000 habitantes. A ingestão de carne é duas vezes maior nos EUA, do que no sul da Itália. O consumo de pão, massas e frutas é duas vezes maior na Itália, do que nos EUA.
Fonte: Taioli E; et al – “Dietary habits and breast cancer; a comparative study of United States and Italian Data” – Nutr Cancer 16(3-4): 259-65, 1991

Fatores de risco para o câncer de esôfogo são: bebidas alcoólicas e cigarro. Dieta pobre em legumes, verduras e frutas, também representa fator de risco.
Fonte: Van Cutsem E; et al – “Epidemiology and clinical aspects of esophageal cancer” – J Belge Radiol; 74(5): 365-8, 1991

Em 200 mulheres chinesas, de Singapura, com Câncer de mama, comparadas com 420 controles, constatou-se que altas ingestões de proteínas animais e carnes vermelhas, associaram-se com elevado risco da doença.Baixo risco da doença foi associado com legumes, verduras, frutas, proteínas da soja e produtos derivados da soja.Concluiu-se, que os produtos da soja protegem contra o câncer de mama, provavelmente pela sua concentração em fitoestrógenos.
Fonte: Lee H P; et al – “Dietary effects on breast-cancer risk in Singapore” - Lancet; 337(8751): 1197-200, 1991 May 18

Existe uma associação positiva entre lesões do DNA das células e a ingestão de carne e porco.Existe uma menor lesão do DNA celular, com a maior ingestão de legumes e verduras.
Fonte: Djuric Z; et al – “Oxidative DNA damage levels in blood from women at high risk for breast câncer are associated with dietary intakes of meats, vegetables, and fruits” – J Am Diet Assoc; 98(5): 524-81, 1998 May

O uso de óleos vegetais, como o óleo de oliva, girassol e soja, em pequena quantidade, parecem não aumentar o risco de Câncer cólon retal.
Fonte: Braga C; et al – “Olive oil, other seasoning fats, and the risk of colorectal carcinoma” – Câncer; 82(3): 448-53, 1998 Feb

Linfoma (câncer de órgãos linfáticos) em murinos, tiveram seu desenvolvimento inibido com restrição calórica e inclusão de soja na dieta, aumentando a atividade citolítica dos macrófagos, os níveis de imunoglobulina IgG e IgH; e os níveis de vitamina A e E.
Fonte: Mukhopadhyay P; et al – “Influence of dietary restriction and soyabean supplementation on the growth of a murine lymphoma and host immune function” – Câncer Lett; 78(1-3): 151-7, 1994 Apr 1

Vinte e quatro pacientes, com câncer de células escamosas de esôfago, que fizeram quimioterapia, sobreviveram 69%, após 6 meses e 31%, em 3 anos. O grupo controle, que não ez quimioerapia, sobreviveu 89%, após 6 meses e 36%, após 3 anos.
Fonte: Maipang T – “Induction chemoterapy in threatment of patients with carcinoma of the esophagus” – J Surg Oncol; 56 (3): 191-7, 1994 Jul

As mortes por Câncer de pâncreas, na Espanha, em diversas províncias, durante 20 anos, foram constantemente e positivamente, associadas com o consumo de leite, queijo, carne e ovos. Os cereais, feijões, legumes, verduras e frutas, tiveram associação negativa.
Fonte: Corella PD – “Nutritional factors and geographic differences in pancreatic câncer mortality in Spain” – Ver Sanid Hig Publ (Madri); 68(3): 361-76, 1994 May-Jun

A dieta com cereais integrais, feijões, legumes, verduras e frutas, evitando carnes, leite, queijo e ovos, está associada com menor risco de Doenças vascular periférica.
Fonte: Donnan PT; et al – “Diet as a risk factor for peripheral arterial disease on the generic populational: the Edinburg artery study” – Am J Clin Nutr; 57(6):917-921 Jan 1993

As principais fontes de carotenóides que protegem contra o câncer de pulmão, são: as cenouras, melão, brócolis, frutas, tomates, couves, mostarda, folhas de nabo e espinafre.
Fonte: Mangels AR; et al – “Carotenoid contento f fruits, and vegetables: na evaluation of analytic data” – J Am Diet Assoc; 93(3): 284-296, 1993 Mar

O uso de anti-inflamatórios, pode ocasionar graves lesões renais.Foram realizadas biópsias de rim, em 2 grupos de pacientes com lesões renais, causadas por anti-inflamatórios.No primeiro grupo (9 pacientes), a doença surgiu em pacientes de várias idades, após o uso a curto prazo de anti-inflamatórios, manifestada clinicamente por insuficiência renal aguda, com sintomas alérgicos, como urticárias, pruridos na pele e eosinofilia.Nos rins, identificou-se nefrite túbulo intersticial aguda, sem lesão glomerular.No segundo grupo (23 pacientes), a doença surgiu após longo uso dos anti-inflamatórios, em pacientes mais velhos, manifestando-se como insuficiência renal, com as mesmas lesões histológicas do primeiro grupo.
Fonte: Postishil IuA – “Pathomorphology of kidney lesions induced by non-steroidal anti-inflammatory drugs” – Arkh Patol; 57 (5):70-4, 1995 Sep-Oct

A degeneração macular da retina idosa é causa mais comum de cegueira, afetando 30% da população de mais de 65 anos, nos EUA.Foram estudados 421 pacientes com esta doença e 615 controles da mesma idade.Os indivíduos com níveis baixos de carotenóides (pró-vitamina A), tinham signitivamente maior risco de degeneração macular neovascular, associada à cegueira da idade.Portanto, é indicado para a prevenção desta doença, farto consumo de legumes, verduras e frutas, crus de preferência, ou pouco cozidos, diariamente.
Fonte: EYE disease case-control group – “Antioxidant status and neovascular age related macular degeneration” – Arch Ophtamol; 111: 104-109, 1993 Jan

Estima-se que o consumo médio diário de cálcio, na pré história, era de 1600mg, apesar de não se usar leite após o desmame.Nos dias de hoje, com o consumo de leite, queijo e manteiga, o consumo de cálcio não passa de 1200mg diários, sendo que na maior parte da população é de 700mg diários.Portanto, fica nítido que a melhor maneira de obter-se uma ótima ingestão de cálcio é através de uma alimentação prevalentemente vegetariana, não refinada, diversificada e sem leite, queijo e manteiga.Além do cálcio, esta alimentação é farta nos outros sais minerais, vitaminas, proteínas e demais nutrientes.Os refrigerantes não têm cálcio e roubam cálcio dos alimentos para serem metabolizados, como ocorre com os doces, açúcar e farinha de trigo refinada.
Fonte: Jaffé WG; et al – “Nutricion ayir y hoy” – Arch Latinoamer Nutr; 38: 429-444, 1998

Foram identificados, genes supressores e genes indutores para o câncer de reto.Fatores nutricionais, atuam diminuindo o risco de câncer de reto, em indivíduos geneticamente predispostos.
Fonte: Zinbalist EH; et al – “Genetic and envoronmental factors in rectal carcinogenesis” – Deg Dis; 13(6): 365-68, 1995 Nov-Dec

Uma revisão de 15 publicações americanas e européias, de caso-controle e prospectivos, estabelecem uma relação muito consistente entre o consumo de cereais integrais e risco reduzido de câncer de estômago, cólon e reto, em pessoas de meia idade e mais velhas.O risco reduzido não é associado com cereais refinados.
Fonte: Jacobs DR; et al – “Whole-grain intake and cancer: a review of the literature” – Nutr Cancer; 24(3): 221-9, 1995

Quanto maior o consumo de carne, maior a incidência de câncer de cólon.
Fonte: Silvéster KR; et al – “Does digestibility of meat protein help explain Large bowel cancer risk?” – Nutr Cancer; 21(3): 279-88, 1995

Um estudo em 35.156 mulheres, em Iowa, com idades entre 65 e 69 anos, demonstrou maior incidência de Linfoma (câncer linfático), quanto maior o consumo de carne, queijo, manteiga e leite. O grande consumo de proteína animal, mas não de proteína vegetal, foi associado com elevado risco de Linfoma particularmente, com o consumo de hambúrguer.
Fonte: Chui BC – “Diet and risk of non-Hodgkin linphoma in older women” – JAMA; 275(17): 315-21, 1996 May

O consumo de carne vermelha, pizza, tortas, doces, leite, queijo e manteiga, aumenta o risco de Câncer de mama r Doença fibrocística de mama(Displasia mamária). O consumo de legumes, verduras, frutas e peixe, foi benéfico.
Fonte: Ingram, DM; et al – “The role of diet in the development of breast cancer: a case-control study of patients with breast cancer, benign epithelial byperplasia and fibrocystic disease of the breast” – Br J Cancer; 64(1): 187-91, 1991 Jul

Crianças com deficiência de Alfa¹ antitripsina, com grande risco de lesões hepáticas, com dieta adequada, têm menor risco de lesões hepáticas, em estudo em Bolzano, Norte da Itália.
Fonte: Pittschieler K – “Vitamin E and liver damage in MZ Heterozgous infants with alpha 1 antitrypsin deficiency” – Acta Paediatr; 82(3):228-232, 1993 Mar

Pacientes transplantados de rim beneficiam-se com dieta, como ficou demonstrado em níveis melhores de creatinina pós transplante, em pacientes que receberam suplementos de vitamina A, C e complexo B, pós transplante de rim.
Fonte: Ralel H; et al –“Multivitamin infusion prevents lipid peroxidation and improves transplantation performance” – Kidney Ind; 43(4): 912-917, 1993

Várias pesquisasdemonstraram que fibras reduzem o colesterol total e o LDL.Vários grandes estudos em populações em diferentes países relataram que a limentação com cereais integrais diminuiu o risco de doença cardíaca coronariana.Pág. 84.
Ácido miristico e ácido palmítico, componentes das gorduras saturadas, tem grande efeito em aumentar o colesterol total e o LDL, e são abundantes nos produtos lácteos (queijos, manteiga, cremes) e nas carnes.Pág. 82..
Com a limitação dos produtos lácteos, um ótimo substituto é o “tofu” (queijo de soja), para passar no pão, pois possui gorduras polinãosaturadas, ácido liloneico e alfa linoléico que reduzem o colesterol total e o LDL, proteínas vegetais que também abaixam o colesterol e não causam perda de cálcio pela urina ao contrário das proteínas animais, que tem esse efeito adverso, causando osteoporose.Além disso, possuem fitonutrientes que protegem contra o câncer.Pag. 131.
FONTE: World Health Organization “Diet, Nutrition and the prevention of Chronic Diseases” Geneva, Switzerland, 2003.
Obs: as paginas acima referem-se a este relatótio da W.H.O.